sexta-feira, 30 de abril de 2010

Eduardo Guimarães: Eles têm mais é que aplaudir

Como é patética a direita brasileira, não? Foi questão de minutos, desde o momento em que saiu a notícia de que o presidente Lula encabeça a lista da revista Time das cem pessoas mais influentes do mundo, para que o portal G1 tentasse minimizar o fato com uma versão idiota de que não era bem assim, de que o presidente não tinha sido considerado a pessoa mais influente do mundo, mas, “apenas”, tinha sido colocado no topo de uma lista contendo 25 dos cem nomes. 

Detalhe: a lista não foi feita em ordem alfabética.

A versão burra da Globo para “explicar” por que o político que ela não pára de tentar ridicularizar, insultar e acusar mereceu tamanha honraria justamente dos EUA foi a de que, “Segundo o setor de Relações Públicas da revista [Time], a decisão de colocar Lula como ‘número um’ se deu meramente por ‘razões editoriais’. ‘Os editores da revista consideraram que seria mais interessante colocar o texto de Michael Moore sobre Lula como o primeiro, o que não significa que exista um ranqueamento’ ”.

Ora, pode até não existir “ranqueamento” – supondo-se que realmente tenha existido essa declaração do “setor de relações públicas” –, mas isso só torna mais importante os editores da revista Time terem achado que Lula é que deveria encabeçar uma lista que não foi feita em ordem alfabética, pois, assim, a única posição de relevo naquela lista é a de quem foi escolhido para encabeçá-la. 

E o mais espantoso foi a matéria ter dito que não foi Lula o escolhido para encabeçar a lista, mas o texto de Michael Moore.

Também tentaram desqualificar o fato de o presidente brasileiro ter sido colocado no primeiro lugar da lista da publicação americana insinuando, de forma ainda mais burra, que tal fato se deveu ao texto homenageando Lula ter sido escrito pelo cineasta Michael Moore, tido como esquerdista. Burros. Ele não escolheu nosso presidente, apenas escreveu o texto de homenagem. Quem escolheu Lula foi a revista.
Foi ridículo ver todos os outros portais de internet correrem atrás dessa babaquice do G1 para como que exclamarem “Ufa! Graças a Deus! Pelo menos Lula ‘apenas’ figura entre as 25 pessoas mais influentes em um planeta habitado por 6 bilhões de pessoas”. 

Mas, assim mesmo, a direita ficou desesperada. Os cães dos barões da mídia apressaram-se em buscar algum osso para levarem para os donos. O Esgoto da Veja se pôs a insultar Lula e a repercutir a teoria insólita do G1, e o principal blogueiro da Globo tentou fazer piada dizendo que José Serra, inimigo político de Lula, o cumprimentou “primeiro” pela honraria e que Dilma, aliada do presidente, não cumprimentou.

Mas Serra teve que aplaudir Lula. E não foi só ele. Sergio Guerra, presidente do PSDB, também foi obrigado a fazer o mesmo. Só que o verdadeiro sentimento da oposição não era esse e ficou bem expresso nas palavras dos aliados desses dois tucanos que tiveram que se render à dimensão do presidente da República, líder reconhecido e amado por cerca de oitenta por cento de seu povo e pela comunidade internacional. 

Segundo a Folha Online, a oposição criticou a revista Time por ter escolhido Lula para encabeçar sua lista das cem personalidades mais influentes do mundo enquanto ficava dizendo para si mesma que a honraria não iria ajudar o presidente a influir ainda mais na própria sucessão do que já influi graças ao apoio esmagador que tem de seu povo e da comunidade internacional. 

Para um bagrinho pefelê do clã Bornhausen, por exemplo, a Time teria “ficado louca” porque o presidente “não fez nada para merecer” a homenagem. Provavelmente, deve achar que subornou a revista. Mas não teve jeito. Tiveram que viver para serem obrigados a ficar de pé para aplaudir o estadista Luis Inácio Lula da Silva por ter tirado do chão o país que essa gente afundou.

Fonte: Blog Cidadania.com

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quinta-feira, 29 de abril de 2010

A melhor política externa brasileira

Por Emir Sader

Celso Amorim foi chamado por um órgão da grande imprensa norteamericana como “o melhor ministro de Relações Exteriores do mundo”. O que podemos certamente dizer que é o ministro de Relações Exteriores da melhor política externa que o Brasil já teve.

Tudo o que o governo Lula mudou da herança recebida, foi bom, foi para melhor, a começar pela política externa subserviente – aquela de tirar o sapato no aeroporto do império, do Celso Lafer. FHC levava o Brasil pelo caminho em que está o México hoje: o do Tratado de Livre Comércio com os EUA, intensificando ainda mais o comércio exterior com aquele que se tornou o epicentro da crise econômica internacional. O México tem mais de 90% do seu comércio com os EUA, ao invés da diversificação que o Brasil implementou e que faz com que hoje a China seja nosso primeiro parceiro comercial e tenhamos uma diversificação do comércio com a Ásia, a África, a América Latina, a Europa e os EUA.

Alckmin, em plena campanha eleitoral de 2006 – vejam o primeiro texto do blog, que abordava esse tema – saudava a vitória eleitoral (fraudulenta) do Calderón, no México, dizendo que esse era o caminho que deveríamos seguir. Isto é, os tucanos mantiveram essa orientação de ser aliados subservientes do império, cuja economia decadente leva a que a crise atual fizesse com que o México fosse de novo ao FMI – o que FHC fez três vezes no seu mandato.

Na reunião em que os EUA apresentaram a Alca, Hugo Chavez foi o único presidente americano a votar contra. FHC fez belo discurso – segundo o próprio Chavez -, mas votou com os EUA. Não fosse a vitória de Lula e a virada da política externa, o Brasil e todo o continente estariam na situação penosa do México, pelas mãos dos tucanos.

O Serra - que não foi convidado para o aniversario da Conceição, ligou e se auto convidou, chegou com flores, recebido com toda a frieza, ao contrário da Dilma, convidada de honra, recebida com aplausos, de pé – quis tirar banca de progressista, dizendo que estaria “mais à esquerda de Dilma”, porque ela não domaria o PMDB. (O problema é que ele não doma, nem quer domar, o PSDB.) Mas critica o Brasil em Honduras, no Irã, diz que vai tirar o país do Mercosul, só podendo colocar no lugar a relação privilegiada com os EUA, que os tucanos sempre tiveram e ainda pregam. Serra queria que tivéssemos a posição que teve o governo deles diante do golpe do Fujimori, de conivência e apoio?

A política externa brasileira faz do nosso país um país soberano e isso é insuportável para as elites tradicionais que se acostumaram à subserviência com as potências do centro do capitalismo, que consideram ter relações diversificadas no mundo uma desobediência com as orientações do Império.

Quando o antecessor dos tucanos no Ministério de Relações Exteriores do Brasil, Juracy Magalhães, afirmou “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil” (sic), nenhum órgão da imprensa brasileira – esses mesmos que se transformaram em partidos do bloco tucano, diante da fraqueza dos partidos tradicionais da direita conforme confissão da executiva da FSP – divergiu, até aplaudiram. Não podem assim estar de acordo com uma política que afirma orgulhosamente nossa soberania inclusive diante do maior império da história da humanidade.

Serra disse que disse, que não disse, que não teria dito, mas que disse que quer bombardear o Mercosul, reduzi-lo às suas mínimas proporções, que era a situação no governo FHC de que ele participou durante todos os dois mandatos. O que colocar no lugar? O livre comércio com os EUA, certamente, o caminho do Chile – que o Serra sempre tomou como exemplo -, do México, do Peru, da Colômbia, os países com futuro mais comprometido no continente.

A política exterior do governo Lula promoveu a integração regional, privilegiou as alianças com o sul do mundo, diversificou nosso comércio exterior. Afirmou o nome do Brasil no mundo, em uma condição de prestígio e de respeito, como nunca tínhamos tido.

O que é bom para os tucanos, não é bom para o Brasil. A política externa soberana é condição para a política interna democrática e popular. O Brasil decide este ano se quer consolidar nossa posição no mundo e aprofundar a construção de um país justo ou se voltam os subservientes ao Império.

Fonte: Agência Carta Maior

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Lula eleito O Político mais Influente do Mundo

 Por Nélio Azevedo

A Revista Time (EUA) elegeu o Presidente Luís Ignácio Lula da Silva como o político mais influente do mundo, desbancando todos os seus concorrentes, Obama ficou com um modesto 4º lugar. O presidente do Brasil recebeu largos elogios do jornalista Michael Moore que afirma que o Lula fez no Brasil o que os norte-americanos esperam que o governo de lá faça por eles.

Só falta agora alguns brasileiros entenderem esse fato, talvez, não sejam muitos, até o anão de jardim, José Neumani Pinto teceu elogios despudorados ao Lula no Jornal do SBT, nessa mesma manhã. Agora precisamos transformar esse fato em votos à candidata do partido à Presidência da República, o que falta entender é que por mais que a Dilma possa parecer antipática a alguns eleitores, isso não é concurso para glamour-girl, é a eleição do sucessor do Lula, é a continuidade dos programas sociais que fizeram a diferença na hora de escolher a personalidade do ano. Programas de transferência de renda que a ONU recomenda como solução para os problemas de distribuição de renda para todos os países que tem o mesmo problema.

No mesmo dia em que o Brasil comemora recordes na industria, na produção agrícola, no emprego com carteira assinada; no dia em que se bate o recorde de financiamento de casas pelo SFH; ao mesmo tempo em que o governo (do analfabeto) inaugura 11 escolas Técnicas e está construindo mais 8.

Nós, brasileiros, que historicamente sempre tivemos a autoestima no pé, assistimos agora a esse fenômeno. Parabéns ao povo brasileiro que merece e acolhe essa eleição e é realmente representado pelo Lula, governo com a cara do povo.

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Charge da Semana


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PHA: Safatle e a anistia: STF se prepara para produzir uma catástrofe


Paulo Henrique Amorim entrevistou Vladimir Safatle, que na companhia de Edson Teles publicou, pela editora Boitempo, o livro “O que resta da ditadura”. Neste livro, Safatle publica o ensaio “Do uso da violência contra o Estado ilegal”.

Safatle disse que o Supremo provavelmente vai rejeitar a ação de Fabio Comparato. É o que se deduz do voto do procurador, da AGU e do relator. Se isso de fato acontecer, será uma catástrofe por três motivos:
1- O Brasil tem processo pendente na corte interamericana de justiça devido a esses casos de tortura e, muito provavelmente o país vai ser julgado culpado porque não tem condições de responder aos tratados internacionais contra a tortura. Isso bloqueia as aspirações brasileiras de participar de fóruns internacionais, como o Conselho de Segurança da ONU.

2- Um país que é incapaz de compreender que não se constrói uma democracia dando guarida a torturadores, demonstra que esse tipo de prática não é vista como abominável.

3- Isso demonstra como nós não temos condição de estabelecer uma referencia mínima a respeito da História e a respeito do que não queremos que aconteça novamente.

Clique aqui para ouvir a entrevista.

Relator Eros Grau vota pela improcedência da ação ajuizada no Supremo pela OAB. Placar até agora é de 1 x 0 pela manutenção da lei de anistia. Sessão foi suspensa e será retomada amanha.

Clique aqui para acompanhar a votação no STF
Clique aqui para ler: Ministros do Supremo, lembrem-se de Antígona
Clique aqui para ler: Vista-se de luto, o Supremo deve perdoar os torturadores

Artigos Relacionados

Fonte: Conversa Afiada / Paulo Henrique Amorim

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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Só quem acabou com o PCC poderá acabar com a violência em todo país

Quem publicar inverdades estará na mira de Serra














José Serra, grande líder varonil, já tem os planos para remir a nação da violência sem fim que os anos petistas fizeram crescer no país.  Com a experiência de quem fez com que nunca mais se ouvisse falar do PCC em São Paulo, da mesma maneira como fez diminuir todos os índices importantes de violência no estado, ele acabará com a onda de crimes que vemos nos telejornais todos os dias.

Só Serra tem o perfil necessário para fazer frente ao crime organizado no Brasil, inclusive na internet, pois ele tem  experiência na valorização dos profissionais de segurança, pagando altos salários aos soldados e policiais, criando uma Força Pública incorruptível.  É claro que ainda não foi possível chegar ao nível da Suíça, mas graças a José Serra São Paulo já pode ser comparado à países como Bélgica e Alemanha, em se tratando de segurança, e em breve, com a criação do Ministério da Segurança Pública o estado poderá mais.

Oportunamente, nós do Comitê Hariovaldiano de Apoio a Serra – C.H.A.S, estamos convocando uma reunião de campanha para debatermos os avanços do governo Serra na área da segurança e como trabalhar com esses dados em prol de sua candidatura a presidente. A reunião ocorrerá no próximo final de semana no Guarujá e todos os homens bons que freqüentam este sítio estão convocados. Infelizmente eu, Professor Hariovaldo, não poderei comparecer pois já tinha agendado uma tradicional partida de golfe com o consul americano e não seria de bom grado quebrar essa tradição. Au revoir.

Obs. Não deixem de ler os comentários postados no blog do professor Hariovaldo, pois também são utilíssimos. São uma arma a mais para enfrentar o poderio destruidor do bolchevista-dilma-lulista, em pról da candidatura do ilibado D. Serra, para que volte a reinar a paz no seio dos homens bons deste país. Clique aqui para ler

Fonte: Blog do Professor Hariovaldo Almeida Prado

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Máquina Mortífera

Uma política de extermínio levada a cabo pela polícia carioca, com apoio de setores da mídia e a omissão do Ministério Público e do Judiciário, vem provocando um verdadeiro genocídio no Rio de Janeiro. Nesta década já foram eliminadas quase 10 mil pessoas, a maioria delas nas favelas da capital.

Para ser exato, 9.179 óbitos registrados como “auto de resistência” – quando a polícia mata um opositor em legítima defesa – entre 2000 e 2009 (até maio), de acordo com o Instituto de Segurança Pública, órgão vinculado ao Executivo Estadual. Uma média de 2,67 mortes por dia. É como se em dez anos toda a população do bairro da Glória sumisse do mapa. Por outro lado, foram registrados 59.949 homicídios dolosos, no mesmo período; crimes que o Estado não foi capaz de evitar.

O número de autos de resistência dá a polícia do Rio o título de campeã de letalidade. Entre todas as outras corporações similares no mundo, é a que mais mata – e também a que mais morre (dado que por si só, evidencia uma política de segurança equivocada). Até o relator da ONU para execuções sumárias e extrajudiciais, Philip Alston, declarou, após recente visita ao Rio de Janeiro: “no Brasil os policiais matam tanto em serviço como fora de serviço e nenhuma investigação é feita já que todos os índices se justificam a partir de ‘autos de resistência’ ou ‘mortes em confronto’”.

A origem desta ferramenta jurídica “auto de resistência” está na Ordem de Serviço “N”, n 803, de 2/10/1969, da superintendência da Polícia Judiciária, do antigo estado da Guanabara. O dispositivo afirma que “em caso de resistência, [os policiais] poderão usar dos meios necessários para defender-se e/ou vencê-la” e dispensa a lavratura do auto de prisão em flagrante ou a instauração de inquérito policial nesses casos.

Lembre-se que durante a passagem de Antony Garotinho pela secretária de segurança na gestão de Rosinha Garotinho, ficou instituído o prêmio para o policial que matasse mais bandidos.

Essa situação é sempre justificada pelo fato de os policiais serem recebidos a tiro e, que, contra essas ações hostis, eles tenham que empregar a força, como explica o delegado Marcus Nunes, coordenador do CORE, unidade de elite da Polícia civil: “Somos muitas vezes recebidos a tiros. Geralmente o policial entra na comunidade em tese hostil porque é controlada por um grupo fortemente armado querendo fazer de tudo para não ser peso, usando os esforços necessários, às vezes com equipamentos de primeira geração, munição em fartura e, até mesmo granadas” Uma situação de extrema pressão que, aliada a outros fatores, pode levar a execuções registradas como autos de resistência.

“QUEM MATA É A POLÍCIA, MAS QUEM ENTERRA É O JUDICIÁRIO”
Quando se registra uma ocorrência como auto de resistência, o delegado tem trinta dias para investigar e, então, deve enviar suas conclusões para o Ministério Público Estadual.
O MP é o titular da ação Penal e, diante do relatório, o promotor deve decidir se retorna o material para a delegacia solicitando novas apurações, se oferece denúncia contra o policial ou se encaminha o processo com o pedido de arquivamento para o juiz.

Outro indicativo de descaso do Poder Judiciário é que em muitas sentenças o magistrado abre mão do despacho fundamentado e passa a usar uma mera etiqueta adesiva, tipo essas da marca Pimaco, para determinar o encerramento do processo investigatório. “Na forma de promoção do MP de folhas retro, determino o arquivamento do presente feito. Dê-se baixa e arquive-se”.

O pioneiro a analisar os pareceres do MP sobre os autos de resistência foi o desembargador Sergio Verani, no livro “Assassinatos em nome da lei”. O jurista Evandro de Lins e Silva anota: “Examinando dezenas de inquéritos, alguns deles, pôde identificar uma uniformidade ideológica que conduziu ao arquivamento ou à absolvição, em todos eles, dos policiais acusados do assassinato de 42 pessoas”. Nesta cesta ideológica encontra-se o pedido de arquivamento, assinado por um promotor, que classifica a vítima da ação policial como “micróbio social”. O caso é de 1982 e vinte e dois anos depois, a Promotoria de Investigação Penal de Bangu acusou os bandidos que teriam enfrentado a polícia de “verdadeiros soldados do mal”.

No ano passado o coronel Marcos Jardim dizia que a PM é o melhor inseticida social. Já oi juiz do caso Elias Maluco –assassino do jornalista Tim Lopes – o denominou de” lixo genético” revelando um desprezo com a vida onde uns devem morrer outros não. O que vai determinar os rumos dos autos ou o processo dos policiais que matam é se a vítima está ou não definida como ‘inimigo’, traficante, gerando uma ‘legitimidade’ na ação policial.

No caso dos “autos de resistência”, a mídia opera para desumanizar determinados segmentos da população. Desse modo, as pessoas passam a acreditar que os pobres são perigosos, que precisam ser isolados e, se necessário, até mortos.

Os autos não precisam ser forjados, forjadas são as justificativas para tanta execução. É uma política de extermínio que vem sobrevivendo aos vários governantes que passaram nas últimas décadas onde o aval é dado pelo sistema político baseado no capital. O Estado não aparece e, quando aparece é somente na forma da repressão. E o extermínio faz parte, tem que matar pessoas. É a lógica do capital, desse Estado ausente e sem proposta de políticas públicas onde ninguém mais se escandaliza se dez traficantes foram mortos, afinal, eram só dez traficantes. O elemento humano não conta nem para nós nem para eles, o que nos torna muito parecidos.

Sobre o texto de Marcelo Salles – Revista Caros Amigos – Out/2009

Colaboração de Nélio Azevedo

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terça-feira, 27 de abril de 2010

Jornal argentino questiona posição de Serra sobre Mercosul

Ao qualificar o Mercosul como uma farsa, Serra parece desconhecer, diz o Clarín, que o grosso das exportações industriais do país tem como destinatários países da América Latina. “Segundo estatísticas oficiais, 90% das vendas de produtos manufaturados de Brasil no mundo ocorrem no Mercosul e em mercados latinoamericanos”, lembra o jornal. As declarações do ex-governador de São Paulo surpreenderam negativamente várias lideranças latinoamericanas pelo desprezo revelado em relação aos demais países da região.

Marco Aurélio Weissheimer


O jornal argentino Clarín questionou as declarações de José Serra, pré-candidato tucano à presidência da República, que classificou o Mercosul como uma “farsa” e “um obstáculo para que o Brasil faça seus próprios acordos individuais em comércio”. As declarações foram feitas durante encontro de Serra com empresários na Federação de Indústrias de Minas Gerais (FIEMG). Serra disse ainda que “não tem sentido
carregar o Mercosul” e que “a união aduaneira é uma farsa exceto quando serve para impor barreiras” ao Brasil.

As declarações do ex-governador de São Paulo surpreenderam negativamente várias lideranças latinoamericanas pelo desprezo que revelaram em relação ao processo de integração na América Latina. A sinalização de Serra foi clara: caso seja eleito, é o fim da integração.

As declarações do tucano, assinalou o Clarín, retomam teses já defendidas por ele quando foi derrotado por Lula em 2002. Essa visão, diz o jornal argentino, “supõe que o Brasil deva se afastar de Argentina, Paraguai e Uruguai, porque é a única maneira para seu país formar áreas de livre comércio com Estados Unidos e Europa, sem
necessidade de “rastejar” diante de seus sócios”. Uma resolução do Mercosul, lembrou o jornal, estabelece que nenhum dos países do bloco pode realizar acordos comerciais separadamente sem discutir com os demais.

O Clarín também ironizou algumas afirmações do tucano. Serra disse que, sob um eventual governo seu, o mais importante será aumentar as exportações. “O certo”, diz o jornal”, “é que essa foi uma conquista obtida por Lula: desde que iniciou seu governo, no dia 1° de janeiro de 2003, o presidente conseguiu passar de 50 bilhões de vendas ao exterior para 250 bilhões. Ou seja, quintuplicou a presença brasileira nos mercados mundiais”.

Ao qualificar o Mercosul como uma farsa, Serra parece desconhecer, diz ainda o jornal, que o grosso das exportações industriais do país tem como destinatários países da América Latina. “Segundo estatísticas oficiais, 90% das vendas de produtos manufaturados de Brasil no mundo ocorrem no Mercosul e em mercados latinoamericanos”, diz ainda a publicação Argentina, que conclui:

“O candidato socialdemocrata evitou dizer como pretende reformular a posição do Brasil. Mas ignora que não é simples passar, como pretende, de um mercado comum definido por uma unia aduaneira a uma simples zona de livre comércio como a que existe no NAFTA. Ele pode desde já conquistar o desprestígio regional, além de submeter-se a severas punições por conta da ruptura de contratos internacionais”.

Fonte: Grupo Cidadania Brasil

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FRACASSOMANÍACOS

A invenção se deve às ironias de FHC. Mas os tucanos se tornaram os arautos da fracassomania, porque o governo Lula não poderia dar certo. Senão, seria a prova da incompetência dos que se julgavam os mais competentes.

Lula fracassaria porque não contaria com a expertise de Pedro Malan, Celso Lafer, Paulo Renato, José Serra, os irmãos Mendonça de Barros, entre tantos. Lula não poderia dar certo, senão a pessoa mais qualificada para dirigir o Brasil na ótica tucana, FHC, se mostraria muito menos capaz que um operário nordestino.

Por isso o governo Lula teria que fracassar economicamente, com a inflação descontrolada, a fuga de capitais, o “risco Brasil” despencando, a estagnação herdada de FHC prolongada e aprofundada, o descontentamento social se alastrando, as divergências internas do PT dividindo profundamente o partido, o governo se isolando social e politicamente no plano interno, assim como no plano internacional.

A imprensa se encarregou de propagar o fracasso do governo Lula. Ricardo Noblat, apresentando o livro de uma jornalista global, afirmava expressamente, de forma coerente com o livreco de ocasião, que “o governo Lula acabou” (sic). A crise de 2005 do governo era o seu funeral, os urubus da mídia privada salivaram na expectativa de voltarem a eleger um dos seus para se reapropriarem do Estado brasileiro.

FHC gritava, no último comício do candidato do seu partido, que havia renegado seu governo com a camisa para fora da calça, o ex-presidente suado, desesperado, gritava: “Lula, você morreu”, refletindo seus desejos, em contraposição com a realidade, que viu Lula se reeleger, sobre o cadáver político e moral de FHC. Um jornalista da empresa da Avenida Barão de Limeira relatava o desespero do seu patrão, golpeando a mesa, enquanto dava voltas em torno dela, dizendo: “Onde foi que erramos, onde foi que erramos?”, depois de acreditar que a gigantesca operação de mídia montada a partir da entrevista dada por um escroque que o jornal tinha publicado, havia derrubado Lula.

Tem que conviver com o sucesso popular, econômico, social e internacional do governo Lula é insuportável para os fracassomaníacos. Usam todo o tempo de rádio, televisão e internet, todo o espaço de jornal para atacar o governo, e só conseguem 5% de rejeição ao governo, com 80% de apoio. Um resultado penoso. Qualquer gerente eficiente mandaria todos os empregados das empresas midiáticas embora.

Como disse, desesperadamente, FHC ao Aécio, tentando culpa-lo por uma nova derrota no ano que vem: “Se perdermos, são dezesseis anos fora do governo...”
 
Emir Sader (Revista Caros Amigos)

Colaboração de Nélio Azevedo

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domingo, 25 de abril de 2010

Lula é a 33ª pessoa mais poderosa do mundo, diz ranking da 'Forbes'


BBC

Lula governa maior produtor de alimentos do mundo, diz a revista

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a 33ª pessoa mais poderosa do mundo, segundo um ranking preparado pela revista americana Forbes e divulgado nesta quinta-feira.

O ranking completo, com 67 nomes, traz ainda o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, que é o maior produtor mundial de soja, na 62ª posição.

A lista é encabeçada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, seguido pelos presidente da China, Hu Jintao, e pelo premiê e ex-presidente russo Vladimir Putin.

O presidente do Fed, o Banco Central dos Estados Unidos, Ben Bernanke, é considerado pela revista o 4º homem mais poderoso do mundo.

Segundo a revista, a compilação da lista tentou responder a questões como que influência as pessoas têm sobre outras, o controle que elas têm de grandes recursos financeiros e o poder que elas têm em múltiplas esferas.

Perfis

A revista justifica a escolha de Lula como 33º de sua lista dizendo que ele “governa o maior produtor de alimentos do mundo, o maior exportador de açúcar, de suco de laranja, de café, de carne e de frango”.

A Forbes comenta que seu “projeto de estimação” é a exploração dos vastos campos de petróleo na costa brasileira, “tornando o país o número 1 no mercado de carbono projetado em US$ 125 bilhões”.

No perfil que faz de Blairo Maggi, por sua vez, observa que ele ajudou a fazer da soja o principal produto de exportação brasileiro, mas que foi acusado de desmatar a floresta amazônica, pelo que recebeu o prêmio “Motosserra de Ouro”, da ONG Greenpeace, em 2005.

Apesar disso, a revista observa que ele mudou sua imagem com os ambientalistas ao conseguir reduzir dramaticamente o desmatamento no Estado e ao defender uma compensação financeira para que os agricultores não desmatem a floresta.

Lula aparece no ranking pouco acima de figuras como os premiês do Japão, Yukio Hatoyama, e da Índia, Manmohan Singh, e do saudita Osama bin Laden, líder da Al Qaeda, em 35º, 36º e 37º lugares na lista, respectivamente.

Mas fica atrás de outras figuras políticas como os primeiro-ministros da Itália, Silvio Berlusconi (12º lugar), da Alemanha, Angela Merkel (15º), e da Grã-Bretanha, Gordon Brown (29º), ou do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Il (24ª posição na lista), e até mesmo do ex-presidente americano Bill Clinton (31ª) ou do prefeito de Nova York, o milionário Michael Bloomberg, que aparece no 20º lugar.

Nos primeiros lugares da lista estão também empresários, como os fundadores do Google, Sergey Brin e Larry Page, em 5º lugar, o mexicano Carlos Slim Helu, em 6º, o magnata da mídia Rupert Murdoch, em 7º, Michael T. Duke, presidente da Wal-Mart, em 8º, e Bill Gates, fundador da Microsoft e homem mais rico do mundo, em 10º.

A Forbes observa que a lista tem um nome para cada 100 milhões de habitantes da Terra.

Os mais poderosos do mundo

1. Barack Obama, presidente dos Estados Unidos

2. Hu Jintao, presidente da China

3. Vladimir Putin, premiê e ex-presidente da Rússia

4. Ben Bernanke, presidente do Fed

5. Sergey Brin e Larry Page, fundadores do Google

6. Carlos Slim Helu, empresário mexicano

7. Rupert Murdoch, magnata da mídia

8. Michael T. Duke, presidente da Wal-Mart

9. Abdullah bin Abdul Aziz al Saud, rei da Arábia Saudita

10. Bill Gates, fundador da Microsoft

11. papa Bento 16

33. Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil

62. Blairo Maggi, governador do Mato Grosso

67. Hugo Chávez, presidente da Venezuela

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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Encantados com o charme e a simpatia de Serra, milhares de pessoas aderiram a sua candidatura com grande entusiasmo

Apoiadores de Serra
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Após ter aparecido no Datena, sair na capa do semanário dos homens bons aumentou ainda mais o entusiasmo da população com a candidatura do cândido candidato dos homens bons, isso está fazendo com que  as pessoas cada vez mais passem a apoiar  com grande ânimo e alegria nosso líder varonil encantados com a sua simpatia e meiguice na foto da revista. Alvíssaras!!!  Não tem pra ninguém, José Serra é 45.

Fonte: Blog do Professor Hariovaldo Almeida Prado

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

PHA: Por que o Serra é contra o Mercosul. Porque isso é bom para os EUA



O Pai e o Grande Planejador
 
Na mesma solenidade na federação das indústrias de Minas em que anunciou que vai rever todos os contratos com a União (se fosse Presidente – clique aqui para ler -  Zé Inacabado falou mal do MERCOSUL.

Por que ele é contra o MERCOSUL ?

Porque ele foi o Grande Planejador do Governo do Farol de Alexandria, que, como se sabe, faz parte do conjunto fracassado de  experiências neoliberais na América Latina, ou seja, pró-americanas.

Fernando Henrique integra a honrosa galeria dos presidentes neoliberais Carlos Andrés Perez, Carlos Salinas de Gortari, Alberto Fujimori, Carlos Menem.

Todos que, como se sabe, de uma forma ou de outra, mantiveram relações de relativa hostilidade com a Lei, as Cortes de Justiça,  e o código de execução penal.

Por que o Serra é contra o Mercosul ?

Porque isso é bom para os Estados Unidos:

“A construção paciente, persistente e gradual da união política da América do Sul e a firme e serena rejeição de políticas que submetem a região aos interesses estratégicos dos Estados Unidos devem constituir o cerne dessa estratégia.”

“Para que o Brasil e a América do Sul, região que tem o dobro do território norte-americano e população superior à dos Estados Unidos, possam ser capazes de defender efetivamente seus interesses de longo prazo em um mundo instável, violente e arbitrário, é indispensável trabalhar de forma consistente e persistente em favor da emergência de um sistema mundial multipolar, no qual a América do Sul venha a constituir um dos pólos e não ser apenas uma sub-região de qualquer outro pólo econômico ou político”.

De Samuel Guimarães, na página 275 do livro “Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes”, da Editora Contraponto.

Ou seja, o Serra é o filhote do Fernando Henrique.

Paulo Henrique Amorim

Em tempo: no Governo do Farol de Alexandria, o Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães foi tratado a pão e água.
Em tempo2: O Conversa Afiada considera que o Brasil deva ter tantas bombas atômicas quanto Israel.

Fonte: Conversa Afiada / Paulo Henrique Amorim

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FT faz o balanço da diplomacia brasileira

Por rafaelborges

“Todos podem ver as táticas de minhas conquistas, mas ninguém consegue discernir a estratégia que gerou as vitórias” (A Arte da Guerra – Sun Tzu)

“O Brasil tornou-se importante na comédias das nações, quase sem ninguém perceber” (Financial Times -abril de 2010)

O Brasil inegavelmente se tornou um ator mais relevante no cenário internacional. Muitos creditam isto ao carisma do presidente Lula, à força de nossa economia ou tradição de nossa diplomacia. Os críticos do governo, diriam que o país ganhou relevância apesar das decisões do Itamaraty, ao qual atribuem viés ideológico de esquerda na atualidade.

Nos últimos anos o país se viu envolvido em uma série de delicados episódios e em temas de grandeza absoluta.

O país atuou em conflitos como as greves na Venezuela (o governo brasileiro abasteceu o vizinho de petróleo enfraquecendo a posição dos que exigiam a renúncia de Chavez) a crise em Honduras, a tentativa de divisão da Bolívia e a invasão de tropas colombianas ao território equatoriano. Enfrentou duras disputas comerciais na questão do gás da Bolívia, da energia de Itaipu comprada do Paraguai e das tarifas de importação da Argentina. Notadamente nas disputas com vizinhos o país adotou retórica moderada e negociação “solidária”, recebendo críticas internas de fraqueza nestas situações.

O Brasil também procurou ser ouvido em questões de interesses globais. O combate à pobreza e ao aquecimento global, a promoção da paz no oriente médio e a exaustão do uso da diplomacia com países como o Irã, Cuba e Síria foram bandeiras de nossa diplomacia.

As táticas verde-amarelas na conquista de maior voz são visíveis como pregava Sun Tzu. O país utilizou o prestígio de Lula e a curiosidade internacional sobre o ex-metalúrgico. Adotou discursos supranacionais e inquestionáveis como combate à pobreza e a paz. Posicionou-se como porta-voz não só de nações sulamericanas, mas como de todo mundo em desenvolvimento. Aliou às viagens de comissões diplomáticas comissões empresariais que ajudaram na diversificação dos parceiros comerciais.

Em análises simplificadas, o objetivo brasileiro não está oculto e é quase um fetiche: assumir uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU. Vejo ambições mais complexas e sutilezas no discurso do ministro das relações exteriores, Celso Amorim. Em síntese, enxergo detalhes táticos, mas fico animado ao não discernir a estratégia.

A diplomacia brasileira se move para direita e esquerda como na ginga de um capoeirista. Critica as base americanas na Colômbia, mas fecha um acordo militar com os EUA. Amplia cooperação com o Irã ao tempo em que o faz com a França. Dialogou com Chavez e Bush com igual desenvoltura. A política externa chegou a ser definida como do “arco-íris” pelo Financial Times. Na base desta suposta ambiguidade está, paradoxalmente, a coerência.

A autoridade moral foi o maior cacife do Itamaraty. Para pleitear espaço na ONU o país disponibilizou tropas à entidade no Haiti. Ao buscar anistia de dívidas a países africanos abdicou de crédito que tinha com alguns deles. Recuou em algumas posições para tentar fechar a rodada Doha. Não só abriu mão de ajuda financeira como se dispôs a contribuir com um fundo de ajuda a países em desenvolvimento na tentativa de salvar o encontro ecológico de Copenhagen. Na questão de Honduras, ao trombar com a administração Obama, o Brasil estava alinhado à posição da ONU e OEA. Até mesmo na questão nuclear o país tem um discurso coerente alertando para os erros cometidos no Iraque, defendendo que o desarmamento deve alcançar efetivamente grandes potências e, por fim, fazendo sempre a ressalva que a palavra final da ONU será respeitada pelo Brasil.

É a palavra final da ONU o grande castelo que o Brasil pretende assentar em outros alicerces. Em recente sabatina no Senado, o ministro Celso Amorim, em meio a resposta sobre supostos erros de sua atuação destacou duas alianças brasileiras. Fora do contexto, o diplomata deixou escapar que os grupos denominados BASIC (Brasil, África do Sul e Índia e China) e BRIC (este sem África do Sul e com a Rússia) são os grandes saltos estratégicos do país.

O país não conseguirá um papel à altura dos membros permanentes do Conselho de Segurança como gesto de boa vontade dos membros existentes. O mero assento permanente como concessão dos países desenvolvidos traria apenas uma igualdade formal. Sebe também que pouco importa fazer parte de um Conselho se os EUA o ignorar sempre que desejar como fez na guerra do Iraque.

O Brasil trabalha de forma articulada para que a nova ordem econômica se converta em nova ordem política. Os BRIC´s terão cada vez mais peso, mas não adianta medir forças com as potências estabelecidas. Por isso a simpatia da França é importante, assim como é relevante reformar a ONU por dentro. Discurso firme com os EUA é necessário, mas radicalização bolivariana é contraproducente.

O país avança em seus objetivos com acertos e erros táticos. Entretanto, segundo Sun Tzu, suas vitórias são geradas porque sua estratégia não é visível, como atesta a declaração do Financial Times.

Fonte: Portal Luís Nassif

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Datafolha “explica” e se complica


Por Brizola Neto

O diretor do Datafolha, Marcos Paulino, tentou explicar, hoje, ao Terra Magazine, a desproporção regional das entrevistas que vários blogs – e o tijolaco.com – apontaram na pesquisa de março, aquela em que Serra “abriu” vantagem para Dilma.

-”Sempre que nós colhemos as amostras para ter um resultado também por Estado, há aumento no número de entrevistas”, afirmou. “Mas isso não significa que o resultado final não seja ponderado para que represente cada Estado”.

Então a explicação é essa? Falta, então, explicar:

1- Se o Datafolha registrou resultados por Estado, porque não os divulgou? São para consumo interno seu ou para o de alguma candidatura?
2- Porque não resistrou no TSE que estava fazendo uma pesquisa estadual?
3- Ponderação do resultado final? Amostra da amostra? Quando, numa pesquisa, você tem uma pequena discrepância no número de entrevistas, até vá lá, embora não seja o método correto quando você tem todo o tempo que quiser para pesquisar o número de questionários desejado. E a Folha não explicou nem aos leitores, como a Datafolha não registrou no TSE que as amostras regionais sofreriam esta “extrapolação”.

Onde está o Ministério Público Eleitoral? Há uma fraude confessada. A abrangência da pesquisa, segundo o registro no TSE, é nacional, não estadual. Onde estão os dados estaduais, que jamais foram publicados?

Se havia um dupla abrangência – estado ou estados – porque a pesquisa foi registrada no TSE apenas como de abrangência regional? A lei é só uma brincadeirinha?

Este escândalo não vai ter repercussão na mídia. Há um silêncio completo nos grandes jornais.

Depende de nós, da nossa mobilização evitar uma fraude contra o processo de formação de consciência do povo brasileiro.

Vocês acham que a Justiça Eleitoral ia tirar do ar o clipe pró-Serra da Globo. Foi mais fácil ela própria tirar, com a nossa pressão, que algum juiz ver o óbvio e tomar as providências. O PT não vai à Justiça com medo de parecer perdedor. O PSDB, por 1%, disso foi, contra a Sensus.

Estamos diante de um caso confesso de, no mínimo, irregularidades numa pesquisa. Vamos ficar parados?

Fonte: Tijolaço.com

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Comparação entre Lula e FHC é inevitável

Por FERNANDO FERRO*

Não há como José Serra escapar de ser o anti-Lula: a eleição deste ano será plebiscitária e marcada pela confrontação entre os pólos

De maneira pretensiosa, a oposição decidiu que vai fugir às comparações entre os governos Lula e Fernando Henrique Cardoso, como se as eleições deste ano fossem realizadas em outro planeta. O debate é inevitável, com ou sem a participação da oposição e de seus porta-vozes na mídia.

Os demo-tucanos querem, na prática, esconder que fizeram parte do fracassado governo FHC (1995-2002), que quebrou o país três vezes, levou ao apagão de 2001 e rastejou perante o FMI.

Em 2002, no plano federal, o povo queria mudanças e eles prometiam continuidade; agora, a grande maioria da população quer manter o ritmo mudancista, com crescimento econômico, geração de empregos e inclusão social, e eles querem retroceder.

A tática é tentar desconstruir os êxitos alcançados a partir de 2003.

Certamente o PT e seus aliados não terão dificuldades para remover as densas camadas de mistificação montadas para embelezar o retumbante malogro dos governos de FHC.

Já em 2006, independentemente da histeria da maior parte da mídia, o povo separou o joio do trigo.

Insiste-se que o governo Lula seria simples continuação do de FHC, mas a maioria da população sabe que não é. Exemplo: em oito anos, FHC criou 780 mil empregos, registrados no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) para celetistas, enquanto em sete anos e meio o governo Lula gerou 12 milhões.

Esse dado é estarrecedor e tanto mais grave quando se considera que há quem pense que não é necessariamente um símbolo do fracasso de FHC, porque entre suas prioridades não estava a geração de empregos.

Com Lula, o salário mínimo teve aumento real de 53%, desmentindo a cantilena neoliberal de que esse aumento quebraria a previdência e os pequenos municípios.

A dívida externa foi eliminada, e a interna, reduzida em mais de 20 pontos percentuais. A dívida com o FMI foi quitada e o país se tornou credor da instituição, além de construir uma reserva cambial de US$ 240 bilhões.

O Brasil de Lula, com políticas heterodoxas, firmeza e em defesa do interesse nacional, conseguiu superar os graves reflexos da crise mundial iniciada em 2008, a qual teria levado o país à UTI se ocorrida no ortodoxo governo de Fernando Henrique.

Este, diante das crises periféricas que enfrentava, recorria ao FMI para pedir um empréstimo, aumentava impostos e as taxas de juros e arrochava os salários. Em 2008, Lula apostou no consumo e, em vez de aumentar os impostos, aplicou uma desoneração gigantesca. Foi dessa maneira que o Brasil superou a crise.

O povo percebe em seu dia a dia as alterações que vão se processando e que se expressam nas taxas mais baixas de inflação da história, no sucesso dos programas sociais e na maior oferta de oportunidades em muitos aspectos da vida.

Com políticas públicas e desatrelados do elitismo, fortalecemos a economia interna, com a inclusão de 30 milhões de pessoas à classe média.

A vitória frente a FHC não se deu apenas nos números da economia, nos indicadores sociais e na política externa. O avanço na consolidação dos espaços da democracia é igualmente importante: o conjunto de conferências realizadas (saúde, idosos, comunicação etc.) revela a participação popular na construção de políticas públicas.

Até o PAC foi também elaborado a partir de contribuições de lideranças populares e empresariais, inovando na forma de governar e consolidando instrumentos de democracia direta.

A oposição busca desqualificar e negar a realidade, guiando-se, sem respeitabilidade democrática, pela memória de Carlos Lacerda. Qual é o presente de uma oposição que hoje usa discurso moralista hipócrita, fingindo ignorar inúmeros comprometimentos com diferentes e repetidos casos de corrupção, onde a crise de Brasília é apenas a mais visível?

Não há como José Serra escapar de ser o anti-Lula: a eleição será plebiscitária e marcada pela confrontação entre os dois pólos. As comparações podem ir além de Lula e FHC, envolvendo também os governos estaduais e municipais e temas como ética, gestão, soberania nacional etc.

A comparação é tão importante e necessária que o candidato tucano usa discurso defensivo e matreiro do pós-Lula. Quer pegar carona na popularidade de Lula, a quem não consegue atacar, e revela que não houve nem haverá pós-FHC.

Essa é a síntese de um confronto de projeto que nos é amplamente favorável. A história nos diz que não há futuro sem presente e passado. Mas os tucanos tentam desesperadamente esconder o seu.

*FERNANDO FERRO, 58, engenheiro eletricista, é deputado federal pelo PT-PE, líder do partido na Câmara dos Deputados e vice-presidente da Comissão de Energia e Minas do Parlamento Latino-Americano (Parlatino).

Fonte: Grupo Cidadania Brasil

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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Autores de blogs poderão ser responsabilizados por comentários

Autores e editores de blogs passarão a ter mais cuidado com a liberdade dos comentários publicados. Projeto de lei apresentado essa semana na Câmara dos Deputados, os responsabiliza por comentários que envovam difamação, calúnia e injúria feitos em comentários anônimos ou de identidade não confirmada. Pelo projeto, todos os blogs, fóruns e demais sítios de Internet com funcionalidades semelhantes serão obrigados a instituir mecanismo de moderação de comentários.

A proposta é rigorosa e estabelece multa de R$ 2 mil a R$ 10 mil, caso o responsável pela página eletrônica de opinião não cumpra o que está estabelecido na lei. Se houver reincidência, o valor da punição ainda será dobrado. Os recursos das multas, segundo o projeto, serão revertidos ao Fundo Nacional de Segurança Pública.

Na avaliação do autor da proposta, deputado Gerson Peres (PP-PA), essa lacuna legal permite que esses mecanismos de internet, com todo o seu poder de difusão associado, sejam usados, em muitos casos, de forma fraudulenta, para a prática de crimes contra a honra das pessoas, sem que os autores de tais crimes possam ser responsabilizados.

Crimes

"Além disso, as áreas de comentários de muitos desses sítios permitem que os usuários publiquem comentários de forma anônima, ou não que sejam passíveis de identificação, o que faz com que essa funcionalidade seja usada também com finalidade fraudulenta e para a consecução de crimes contra a honra. A solução para essa situação passa necessariamente pela transferência da responsabilidade dos comentários anônimos para o proprietário do blog, e a instituição da obrigação de que tais mecanismos tenham a área de comentários moderada, para permitir a análise prévia das mensagens antes da publicação", diz o projeto.

O deputado reforça que o projeto de lei tem o objetivo de estabelecer as normas básicas de responsabilização civil e penal dos autores, proprietários e editores de tais sítios no caso de publicação de mensagens anônimas. "É evidente que todo o conteúdo publicado em um sítio, blog ou sítio de internet com finalidade similar é de responsabilidade de seu proprietário, autor ou editor, para efeito de responsabilização quanto à ocorrência de crimes contra a honra, pois estes são os mantenedores dos recursos, assim como os beneficiários de suas receitas publicitárias".

O projeto introduz ainda a obrigação para que os blogs e demais sítios com finalidades similares sejam cadastrados no sítio governamental registro .BR, de forma não onerosa, permitindo, assim, um mecanismo eficiente de identificação dos proprietários.

Fonte: Vermelho, com informações do Jornal O Liberal - PA

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domingo, 18 de abril de 2010

Pesquisas eleitorais: Alguém está errando

Eleição vira novela com narradores contraditórios

José Roberto Toledo – O Estado de S.Paulo, via Nassif

Esqueça os números e se concentre na história que eles contam. Mesmo assim, as versões contadas pelos institutos são irreconciliáveis. As tendências apontadas pelo Datafolha não batem com as traçadas pelo Sensus, que não são iguais às apontadas por Vox Populi e Ibope. A cada semana muda o narrador e, com ele, os rumos da novela eleitoral.

Segundo o Datafolha, a intenção de voto estimulada em José Serra (PSDB) caiu no começo do ano e voltou a subir, retornando aos patamares de dezembro. Já de acordo com o Sensus, Serra nunca saiu do lugar e continua no mesmo patamar que tinha em novembro.

Vox Populi e Ibope contam, até agora, uma história parecida entre si, mas divergente das duas anteriores. Como o Datafolha, os institutos detectaram uma tendência declinante de Serra no começo do ano, mas não viram, até agora, nenhum sinal de recuperação.

Sobre Dilma Rousseff (PT) os institutos tampouco concordam. Pelo Datafolha, ela cresceu rápido, mas bateu em um teto que a deixa distante de Serra. Para Sensus e Vox Populi, a tendência de crescimento de Dilma persiste e ela se aproxima cada vez mais do rival, se é que já não empatou com o tucano.

O único ponto em comum entre os institutos é a pesquisa espontânea: Serra e Dilma estão empatados tecnicamente. Mas muitos eleitores respondem ”Lula” ou ”candidato de Lula”. Sinal de que a petista tende a crescer.

Na ausência de fatos que chamem a atenção da maioria do eleitorado para a sucessão, os narradores tomaram para si o protagonismo da novela eleitoral. Paralela à dos candidatos, disputam uma corrida dos institutos.

Fonte: Vi o Mundo / Luiz Carlos Azenha

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sábado, 17 de abril de 2010

Tudo ou nada


Por Eduardo Guimarães

A antecipação da pesquisa Datafolha pelo site da Veja revela um plano sincronizado da mídia oposicionista que consiste em ela apostar tudo nessa estratégia da guerra de pesquisas para virar o jogo, ou seja, para interromper a ascensão de Dilma Rousseff.

Enquanto o Datafolha era “vazado” para a Veja, que divulgou o resultado da sondagem antes do seu autor, o Ibope já registrava a sua pesquisa no TSE, a qual irá a campo na semana que vem. O resultado? Há poucas dúvidas sobre qual será.

Diante disso, configura-se a seguinte situação: Vox Populi e Sensus poderão aceitar o prejuízo e ficarem quietos, passando a se “comportar” daqui para frente, ou poderão recusar a intimidação das matérias acusatórias.

De uma coisa não se pode ter mais dúvida: finalmente a mídia saiu com uma estratégia realmente nova. Não me lembro de situação semelhante, de uma guerra aberta entre institutos de pesquisa na qual um acusa o outro de fraude.

Trata-se de uma situação inédita no pós-redemocratização do país, que eu me lembre.

Fala-se, também, em “judicialização da campanha eleitoral”. Além da intimidação dos institutos de pesquisa por via judicial ou por difamação, o PSDB está processando a Apeoesp. Está sendo previsto, também, que blogueiros serão o próximo alvo.

Não achei que apostariam tanto, tão cedo. Nunca duvidei de que “engrossariam”... Mas por que agora? Por que consideram tão importante apostar tão alto neste momento, ainda tão distante da eleição? E quando ela estiver mais perto, a que ponto chegarão?

E o PT fingindo-se de morto...

E não vamos nos esquecer do ataque de hackers ao site petista. A Polícia Federal já foi acionada, como inclusive sugeriu o PSDB?  Ou ficará por isso mesmo?

A situação é muito grave. Se tiver havido falsificação de pesquisa por parte do Datafolha, de um lado, ou do Vox Populi e do Sensus, do outro – e não há mais dúvida de que algum deles está mentindo –, o caso tem que ser investigado e o culpado, punido.

Essa é a solução para as pesquisas conflitantes, mas que solução se encontrará para essa intimidação de apoiadores do governo que já se insinua via a tal de “judicialização”. Em uma campanha eleitoral de um país democrático, progride uma situação análoga à de uma ditadura.

Só sei de uma coisa: se o PT, o presidente Lula e a pré-candidata Dilma pretendem vencer mesmo a eleição presidencial, não podem confiar apenas no discernimento da sociedade – pessoas são engabeladas todos os dias. É hora de reagir, e com força.

Finalmente, vamos nos aproximando da venezuelização do cenário político. Ao ir para o confronto com uma pesquisa ainda mais estranha que a anterior e com a preparação de outra que promete ser ainda pior para o PT, mídia e oposição sinalizam que vão para o tudo ou nada.

Falo de venezuelização há muito tempo. Na Venezuela de 2004, até cerca de 60 dias antes do referendo revogatório contra Chávez, as pesquisas davam que não tinha apoio maior do que de 1/3 do eleitorado e ele venceu o pleito com quase 60% dos votos válidos.

Nas ruas de São Paulo, o governo do Estado partiu para a violência contra manifestantes, seja na manifestação dos alagados da periferia ou na dos professores. Até o componente violência ajuda a compor o quadro “venezuelanizado” da situação política no país.

O PT só tem duas opções: ou se entrega, ou luta. Eu já fiz a minha escolha, mas só irei mantê-la se aqueles que apóio se mostrarem dispostos a fazer a parte deles nessa guerra que acaba de ser declarada com essa aparente farsa da Folha, do Datafolha e da Veja.

Fonte: Blog Cidadania.com

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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Por que a Folha mente (mente, mente, mente, desesperadamente)

Por Emir Sader

As elites de um país, por definição, consideram que representam os interesses gerais do mesmo. A imprensa, com muito mais razão, porque está selecionando o que considera essencial para fazer passar aos leitores, porque opina diariamente em editoriais - e em matérias editorializadas, que não separam informação de opinião, cada vez mais constantes - sobre temas do país e do mundo.

A FSP, como exemplo típico da elite paulistana, é um jornal que passou a MENTIR abertamente, em particular desde o começo do governo Lula. Tendo se casado com o governo FHC - expressão mais acabada da elite paulistana -, a empresa viveu mal o seu fracasso e a vitória de Lula. Jogou-se inteiramente na operação "mensalão", desatada por uma entrevista de uma jornalista tucana do jornal, que eles consideravam a causa mortis do governo Lula, da mesma forma que Carlos Lacerda, na Tribuna da Imprensa, se considerava o responsável pela queda do Getúlio.

Só que a história se repetiria como farsa. Conta-se que, numa reunião do comitê de redação da empresa, Otavio Frias Filho - herdeiro da empresa dirigida pelo pai -, assim que Lula ganhou de novo em 2006, dava voltas, histérico, em torno da mesa, gritando "Onde é que nós erramos, onde é que nós erramos", quando o candidato apoiado pela empresa, Alckmin, foi derrotado.

O jornal entrou, ao longo da década atual, numa profunda crise de identidade, forjada na década anterior, quando FHC apareceu como o representante mor da direita brasileira, foi se isolando e terminou penosamente como o político mais rejeitado do país, substituído pelo sucesso de Lula. Um presidente nordestino, proveniente dos imigrantes, discriminados em São Paulo, apesar de construir grande parte da riqueza do estado de que se apropria a burguesia.

Derrotou àquele que, junto com FHC, é o político mais ligado à empresa - Serra -, que sempre que está sem mandato reassume sua coluna no jornal, fala regularmente com a direção da empresa, aponta jornalistas para cargos de direção - como a bem cheirosa jornalista brasiliense, entre outros - e exige que mandem embora outros, que ele considera que não atuam com todo o empenho a seu favor.

O desespero se apoderou da direção do jornal quando constatou não apenas que Lula sobrevivia à crise manipulada pelo jornal, como saía mais forte e se consolidava como o mais importante estadista brasileiro das últimas décadas, relegando a FHC a um lugar de mandatário fracassado.

O jornal perdeu o rumo e passou a atuar de forma cada vez mais partidária, perdendo credibilidade e tiragem ano a ano, até chegar à assunção, por parte de uma executiva da empresa, de que são um partido, confissão que não requer comprovações posteriores.

Os empregados do jornal, incluídos todos os jornalistas, ficam assim catalogados como militantes de um partido (tucano, óbvio) político, perdendo a eventual inocência que podiam ainda ter. Cada edição do jornal, cada coluna, cada notícia, cada pesquisa cada editorial, ganharam um sentido novo: orientação política para a (debilitada, conforme confissão da executiva) oposição.

Assim, o jornal menos ainda poderia dizer a verdade. Já nunca confessou a verdade sobre a conclamação aberta à ditadura e o apoio ao golpe militar em 1964 - o regime mais antidemocrático que o país já teve -, do que nunca fez uma autocrítica. Menos ainda da empresa ter emprestado seus carros para operações dos órgãos repressivos do regime de terror que a ditadura tinha imposto, para atuar contra opositores. Foi assim acumulando um passado nebuloso, a que acrescentou um presente vergonhoso.

Episódios como o da "ditabranda", da ficha falsa da Dilma, da acusação de que o governo teria "matado" (sic) os passageiros do avião da TAM, o vergonhoso artigo de mais um ex-esquerdista que o jornal se utiliza contra a esquerda, com baixezas típicas de um renegado, contra o Lula, a manipulação de pesquisas, o silêncio sobre pesquisas que contrariam as suas (os leitores não conhecem até hoje, a pesquisa da Vox Populi,
que contraria a da FSP que, como disse um colunista da própria empresa, era o oxigênio que o candidato do jornal precisava, caso contrário o lançamento da sua candidatura seria "um funeral" (sic).

Tudo mostra o rabo preso do jornal com as elites decadentes do país, com o epicentro em São Paulo, que lutam desesperadamente para tentar reaver a apropriação do governo e do Estado brasileiros.

Esse desespero e as mentiras do jornal são tanto maiores, quanto mais se aprofunda a diminuição de tiragem e a crise econômica do jornal, que precisa de um presidente que tenha laços carnais com a empresa e teria dificuldades para obter apoios de um governo cuja candidata é a atacada frontalmente todos os dias pelo jornal.

Por isso a FOLHA MENTE, MENTE, MENTE, DESESPERADAMENTE. Mentirá no fim de semana com nova pesquisa, em que tratará de rebater, com cifras anipuladas - por exemplo, como sempre faz, dando um peso desproporcional a São Paulo em relação aos outros estados -, a irresistível ascensão de Dilma, que tratará de esconder até onde possa e demonstrar que o pífio lançamento de Serra o teria catapultado às alturas. Ou bastaria manter a seu candidato na frente, para fortalecer as posições do partido que dirigem.

Mas quem acredita na isenção de uma pesquisa da Databranda, depois de tudo o que jornal fez, faz e fará, disse, diz e dirá, como partido assumido de oposição? Ninguem mais crê na empresa da família Frias, só mesmo os jornalistas-militantes que vivem dos seus salários e os membros da oposição, com a água pelo pescoço, tentando passar a idéia de que ainda poderiam ganhar a eleição.

Alertemos a todos, sobre essa próxima e as próximas mentiras da Folha, partido da oposição, partido das elites paulistas, partido da reação conservadora que quer voltar ao poder no Brasil, para mantê-lo como um país injusto, desigual, que exclui à maioria da sua população e foi governado para um terço e não para os 190 milhoes de habitante.

Por isso a FOLHA MENTE, MENTE, MENTE, DESESPERADAMENTE.

Fonte: Grupo Cidadania Brasil

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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Identificada conexão biológica entre estresse, ansiedade e depressão

Divulgação Científica
Interações ansiosas


Agência FAPESP – Uma conexão biológica entre estresse, ansiedade e depressão foi identificada pela primeira vez por um grupo de cientistas da Universidade de Ontario Ocidental, no Canadá. A descoberta foi publicada neste domingo (11/4) no site da revista Nature Neuroscience.

Ao identificar o mecanismo no cérebro responsável pela ligação, o grupo liderado por Stephen Ferguson conseguiu mostrar como o estresse e a ansiedade podem levar à depressão.

O estudo também resultou no desenvolvimento de um inibidor molecular que poderá, de acordo com os autores, levar a um novo caminho para o tratamento da ansiedade, da depressão e de outros distúrbios relacionados.

Em experimentos em camundongos, os pesquisadores identificaram o caminho da conexão e puderam testar o inibidor. “Os resultados do estudo indicam que poderemos ter uma nova geração de drogas e de alvos dessas drogas que possam ser usadas para identificar a depressão e tratá-la com mais eficiência do que os métodos atuais”, disse Ferguson.

Segundo o cientista, o próximo passo da pesquisa será verificar se o inibidor desenvolvido poderá resultar em um agente farmacológico.

“De acordo com a Organização Mundial da Saúde, depressão, ansiedade e outros distúrbios de comportamento estão entre as causas mais prevalentes de doenças crônicas. Ao explorar o potencial da biologia molecular, Ferguson e colegas mostraram novos caminhos que poderão se mostrar importantes para a melhoria das vidas de muitas pessoas que sofrem com esses problemas”, disse Anthony Phillips, diretor dos Institutos Canadenses de Pesquisa em Saúde, que financiou a pesquisa.

O mecanismo de conexão descoberto envolve a interação entre o receptor de fator de liberação de corticotropina 1 (CRFR1) e tipos específicos de receptores do neutrotransmissor serotonina (5-HTR).

O estudo revelou que o CRFR1 atua no aumento do número de 5-HTR em superfícies de células no cérebro, o que pode causar uma sinalização anormal.

Como a ativação do CRFR1 leva à ansiedade em resposta ao estresse, e como o 5-HTRs induz ao estado depressivo, a pesquisa verificou como os caminhos do estresse, da ansiedade e da depressão se conectam por meio de processos distintos no cérebro.

O fator inibidor desenvolvido pelos pesquisadores bloqueou, em camundongos, os caminhos, reduzindo os comportamentos de ansiedade e de depressão potencial, disseram os autores.

O artigo CRF receptor 1 regulates anxiety behavior via sensitization of 5-HT2 receptor signaling (doi:10.1038/nn.2529), de Stephen Ferguson e outros, pode ser lido por assinantes da Nature Neuroscience em www.nature.com/neuro.

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sábado, 10 de abril de 2010

Serra, finalmente

Serra: "a greve dos professores não pegou, graças a Deus" / Goldman: "Não existe greve"

Chega ao fim a carreira de um governante artificial que há 30 anos fabrica-se nas oficinas da mídia paulista. Na despedida, o mergulho na última aventura eleitoreira, já em andamento. Um mercenário, acima de tudo a serviço de si próprio, sem idéias nem ideais, que supera de longe FHC – presidente-sociólogo também fabricado às pressas  em 1994 e recheado, ainda crú, dos créditos do Plano Real, subtraídos de Itamar Franco. Ambos desovados por um PSDB que se vendia como partido social e de centro até 1994, e que terminou o segundo mandato, em 2002, fracassado em todos os aspectos: governou para a elite paulista desprezando o restante do país e empilhou equívocos que lançaram o Brasil a uma recessão econômica e decadência moral sem precedentes em nossa história recente.

Serra, que jogou para o alto ética e escrúpulos atropelando todos seus parceiros de partido para chegar a este momento de “glória”, deverá usar novamente o mesmo exército de argumentos fraudulentos que sempre usou em suas campanhas: “Ministro dos Genéricos”, “da Aids”, “grande realizador” da mais  inútil e faraônica obra que o seu partido constrói há 15 anos, sangrando verbas incalculáveis do erário paulista: o Rodoanel. Mostrará fantasiosas realizações de claquete que enganarão os mesmos paulistas de sempre. Tentará ainda – com a ajuda preciosa da mídia aliada confessa – desconstruir a capacidade de sua adversária, roubando-lhe a competência em dar continuidade ao projeto petista, “sem ser petista” e, como num passe de mágica, pretenderá ser o real representante dos 150 milhões de brasileiros que aprovam Lula e seu governo. Justo ele, comprovadamente alérgico ao Zé-povinho e suas crianças com cheiro de goiabada-cascão!

Conhecido na blogosfera como Zé Pedágio ou Zé Alagão, o quixotesco candidato de papel, esconderá que nada fez e muito desfez em suas passagens na prefeitura e no governo paulistas. Levará o pleito na lábia ao segundo turno, sorvendo até a última gota a esperança de vitória, quando finalmente e certamente, as urnas o chutarão para o esquecimento merecido dos que construíram uma carreira inteira baseada em histórias de pescador. Processo positivo para o país inteiro mostrar às 4 famílias midiáticas golpistas que fora do seu eixo paulista cada vez menor poder terão, nacionalmente, a partir de 2011.

Em seus últimos meses, quis o destino desmascar Serra através das enchentes e da crise dos professores da rede pública estadual. E ele, mal e porcamente, conseguiu esconder sua face vampiresca especialmente nestes dois episódios que deverão ser expostos com toda a precisão que merecem durante a campanha.

Ao manter os bairros pobres da periferia mergulhados no esgoto proveniente de sua própria administração fétida, esbofeteou-nos durante dois meses com a visão desta tragédia, suas 78 mortes e as milhares de famílias desabrigadas vítimas de seu descaso administrativo quando optou por proteger as obras das marginais a salvar a população pobre da zona leste. Ficarão por muito tempo em nossa memória as imagens de homens, mulheres e crianças mergulhados até a cintura na lama e no esgoto que a mídia não teve como esconder, sequer maquiar.

Afogou neste mesmo esgoto a educação pública paulista. Fato que vai refletir diretamente no crescente estado de sítio em que continuaremos a viver sabe-se lá até quando. Pois, certamente, os assaltantes, traficantes, sequestradores, viciados em crack, prostitutas e moradores de rua de amanhã são os alunos das escolas públicas paulistas de hoje. E, direta ou indiretamente, irão afetar nossas vidas já que somos um só organismo social, pobres ou ricos; seja em qual bairro vivermos, sejam quantos forem os sistemas de alarme de nossas casas e os vidros blindados de nossos automóveis.

O sistema “progressão continuada” – que premia aos alunos desinteressados do aprendizado com a garantia da não repetência – contagiou a todos dentro das super-lotadas salas de aula, fazendo seu aproveitamento escolar medido ficar próximo de zero em toda a rede estadual de ensino. E o salário miserável acrescido do vale-refeição apelidado de “vale-coxinha”, pagos àqueles que deveriam ser os mais prestigiados dos servidores públicos, quase extingue o educador, se não, no mínimo, desencoraja os melhores a abraçarem profissão tão ingrata e sem futuro no estado de São Paulo.

Haverão de ser muito perseverantes e duplamente dedicados aqueles poucos alunos que se propuserem a superar o vácuo desta falência educacional. E os que conseguirem, serão heróis de uma geração que Serra e os seus condenaram ao fracasso irremediável.

Ainda a violência, plantada ao longo destes anos através das diversas ações de exclusão social, limpeza étnica e repressão a cacetadas de sua polícia, voltará, também, como um bofete na cara da elite paulistana, cúmplice silenciosa de um estado de terror que a mídia ameniza, mas não cura. Pois não irão simplesmente desaparecer os excluídos. Estarão lá, na periferia crescente, buscando sobrevivência na ilha do centro-financeiro. E por mais que governo e prefeitura não admitam, São Paulo será sempre a mesma cidade, cada vez mais inchada, cercada por sua mesma e indivisível metade pobre. Assim como o Brasil será sempre maior que o estado de São Paulo contido nele.

Nada salvará Serra, que esteve à frente de tudo isso nos últimos 8 anos e por trás disso nos últimos 30, de ser destaque – ao lado de Kassab, Alckmin, Fleury, Quércia, Maluf e Pitta – na galeria do que existiu de mais nefasto no cenário político paulista desde os anos de chumbo do regime militar.

Fonte: Blog O que será que me dá?

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terça-feira, 6 de abril de 2010

A dimensão de Lula


Por Eduardo Guimarães

Apesar de ser fã de carteirinha do presidente Lula, fiquei surpreso com o seu desempenho na entrevista que concedeu ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, apresentado a partir das 23 horas do último domingo. Isso porque, sob pressão extrema, ele sempre se saiu pior do que poderia mesmo sendo esse comunicador prodigioso que até seus adversários reconhecem. 

E o presidente esteve sob forte pressão naquele programa. Jornalistas tarimbados e especializados nesse tipo de debate, que se apresentam e são pagos como portentos de inteligência e de conhecimentos gerais – e não estou dizendo que sejam o que pensam que são, é bom esclarecer –, tentaram, por todas as formas, encurralá-lo ou fazê-lo se perder em sua argumentação. Mas fracassaram, pois nunca o vi tão afiado.

Contudo, que não pensem que estou reclamando de Lula ter sido inquirido daquela forma porque esse é o papel do jornalista. Imaginem se, num programa de mais de hora, os entrevistadores se limitassem a discutir amenidades e a elogiar o entrevistado. Seria aborrecido demais. Aliás, as perguntas incômodas foram boas até para o presidente ter como responder às críticas-padrão a seu governo e a ele mesmo.

É aí, então, que a porca torce o rabo – nas críticas-padrão. Os inquiridores de Lula, do alto de suas, digamos, propaladas “sapiências”, foram de uma mediocridade a toda prova. Nenhum, absolutamente nenhum dos questionamentos e críticas que fizeram saiu de suas cabeças. Estavam todos seguindo um roteiro que se vê à exaustão nessa imprensa anti-Lula e anti-PT, dia após dia, há quase oito anos.

Como apreciador incondicional do bom jornalismo, apoiaria se tivessem feito questionamentos realmente relevantes. Poderiam ter perguntado por que se permite que os bancos continuem praticando o maior “spread” (taxa de risco nos empréstimos) do mundo em um país que hoje tem um dos menores riscos médios - em vários países ricos, hoje, esse risco é muito maior do que no Brasil, e o spread desses países, infinitamente menor. 

Isso eles não perguntam. Vai que desencadeiam alguma ação deste governo no sentido de coibir essa barbaridade... Seria divertidíssimo ver a mídia tentando defender os interesses de sua turma sem dar pinta.
O que me impressionou, assim, foi a evolução de Lula. Acompanho seus debates desde 1982, quando, ao lado de Franco Montoro, Reinaldo de Barros, Rogê Ferreira e outras feras deu um show no debate entre os então candidatos a governador de São Paulo. Nunca me esquecerei da resposta que deu quando lhe perguntaram se era socialista, trotskista ou sei lá mais o que e ele respondeu, de forma genial, que era torneiro mecânico. 

Era, então, um Lula em estado bruto, mas já deixando a ver os predicados que o levariam aonde o levaram.
Ele conta aos jornalistas, durante essa entrevista ao Canal Livre, o que eles meramente supõem sobre os grandes líderes mundiais. Revela bastidores dos encontros com eles, explica como funciona o Estado, desmonta versões pernetas sobre o que pensa e pretende... Teria que escrever vários posts para reproduzir fidedignamente a aula dada por esse que julgo ser o único verdadeiro estadista que conheci.

E se pudesse escolher as melhores respostas que o presidente deu, escolheria só duas. E nem são aquelas em que deixou seus inquiridores com a brocha na mão. Foram suas declarações finais sobre dois assuntos que revelaram toda pequenez e burrice de quem os abordou. Refiro-me às pretensões que tentaram lhe atribuir de se tornar secretário-geral da ONU depois de encerrar seu governo e de se candidatar de novo à Presidência em 2014. 

O estadista Luiz Inácio Lula da Silva disse que o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas não deve ser de um líder político forte e, sim, de um burocrata, porque, do contrário, esse super-secretário poderia querer se impor sobre as nações. E fiquei emocionado com a sua resposta sobre tentar se eleger presidente de novo daqui a quatro anos, quando disse que já tinha feito a sua parte e que merecia descanso.

Lula se tornou maior que Lula. Ele não é mais apenas um político e governante ultra-popular e bem sucedido. Sua dimensão vai se tornando uma lenda que julgo que fará registrar seu nome na história. É assim que o vi na entrevista que concedeu no último domingo. Sem o menor exagero, certo de que cada palavra que escrevi é mais do que merecida.

Fonte: Blog Cidadania.com

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sábado, 3 de abril de 2010

NÃO É DIFERENTE DE NENHUM DELES – TEM APEGO AO PODER E VAIDADE DE SER O PAPA

Laerte Braga

A imprensa alemã dispõe de depoimentos envolvendo diretamente o cardeal Joseph Ratzinger em casos de pedofilia ao tempo em que era apenas um sacerdote. São acusações graves e os jornais e revistas que receberam as denúncias (envolvem também o irmão do papa) decidiram apurá-las in totum e ter o mínimo de segurança para divulgá-las. Têm consciência do significado desse fato. Da sua gravidade.

Ratzinger foi ordenado sacerdote em 1951 e sua participação na Juventude Hitlerista é apontada como tendo sido “obrigatória”. Os jovens alemães àquela época dentre eles os alunos de seminários teriam sido obrigados a ingressar já Juventude Hitlerista. O registro feito após a sua escolha para suceder João Paulo II dá conta que Bento XVI não era um participante “entusiasmado” do grupo.

Já o documento secreto do Vaticano que instrui bispos sobre como tratar a pedofilia na Igreja deixa claro que o então cardeal Ratzinger determinava que os casos fossem apurados, mas mantidos em sigilo. As punições ocorreriam no âmbito da própria Igreja e não implicariam em afastar os responsáveis do exercício do sacerdócio. No máximo suspensão por um determinado período.

O cerne do problema não está necessariamente aí. O caráter conservador de Bento XVI dá seqüência às revisões feitas em importantes decisões tomadas por João XXIII e Paulo VI.

A eleição do cardeal polonês Karol Wojtyla foi produto de um acordo da Igreja norte-americana através do cardeal Marcinkus com boa parte do Colégio Cardinalício diante da crise financeira que o Vaticano enfrentava e da necessidade de abortar a Teologia da Libertação em franco progresso numa América Latina de maioria católica e vivendo um período de efervescência política.

Padres e bispos envolvidos em processos políticos de transformações sociais não interessavam aos norte-americanos e um papa polonês (país então comunista) cairia como uma luva na ofensiva que acabou resultando no fim da União Soviética.

Os cardeais hoje celebram missas para golpistas que derrubam governos constitucionais, caso de Honduras, ou sorriem como aconteceu na fracassada tentativa de golpe contra o presidente Chávez na Venezuela, em 2002.

O favorito àquela época, a eleição de João Paulo II, era o brasileiro Lorscheider. Os progressistas entendiam que o Concílio Vaticano II abria as portas para um papa latino-americano.

João Paulo II iniciou um trabalho de desmonte da maior parte das reformas que ensejavam aberturas para a Teologia da Libertação na América Latina, juntou-se aos norte-americanos em ações coordenadas por Marcinkus para ataques frontais a União Soviética e uma inquisição comandada por Ratzinger afastou sacerdotes como por exemplo o brasileiro Leonardo Boff.

A imagem de “santo homem” de João Paulo II foi construída por um extraordinário trabalho de marketing.

Marcinkus terminou seus dias na condição de foragido. A justiça italiana decretara sua prisão por fraudes financeiras com o Banco do Vaticano e associação com as máfias italianas.

Joseph Ratzinger, em seguida à morte de João Paulo II, no discurso nas exéquias do papa, se impôs como seu sucessor e não deixou qualquer outra perspectiva para os cardeais. Foi o concílio mais rápido da história das eleições de papas.

O resultado disso é uma Igreja limitada a uma ortodoxia que dia a dia estreita seus caminhos e faz com que perca fiéis em todas as partes do mundo, mesmo porque os norte-americanos perceberam que é mais barato comprar pastores neopentecostais como o brasileiro Edir Macedo. Isso para a América Latina e países africanos. Macedo hoje é ponta de lança de uma ofensiva religiosa para tentar chegar a países árabes e diminuir o poder e a maioria dos muçulmanos.

A Igreja Católica Romana, pouco a pouco, vai se encolhendo e sendo acuada em escândalos que servem muito mais a interesses políticos que propriamente aos repugnantes casos de pedofilia ou abusos sexuais de qualquer natureza, levando em conta que uma ampla investigação sobre esse assunto terminaria em boa parte do atual Colégio de Cardeais, implicaria arcebispos e bispos, muito além de padres, sem falar nas denúncias feitas à imprensa alemã sobre o papa.

É bom comprar organizações semelhantes à de Edir Macedo, mas ter um contrapeso para evitar que o “bispo” se transforme em alguém com tal poder que fique difícil controlá-lo no futuro.

É interessante notar que a ofensiva contra a Igreja a partir da pedofilia partiu dos Estados Unidos.

O Vaticano não é mais um aliado importante e o papa é apenas uma lamentável figura tentando segurar um império em franca decadência.

O que era um instrumento de transformação política, econômica e social está tomando ares de seita, pois permanecem as perseguições a sacerdotes que se opõem ao nazi/fascismo da cúpula atual em Roma.

No Brasil, por exemplo, maior país católico do mundo, a criação de um grupo chamado Renovação Carismática é uma volta aos tempos da fé cega e sem sentido, desprovida de consciência, mas provida da alienação semelhante à imposta pelos neopentecostais.

No fundo uma tentativa de sobrevivência.

Bento XVI não vai renunciar, exceto diante de um fato de suma gravidade, mas certamente, vai viver dias de amargura e decepção. Não será reconhecido como um grande papa, apenas um desastre total e absoluto para a Igreja.

É simples entender isso. A mão direita escapa todas as vezes que o papa distrai e à semelhança do cientista no filme de Kulbrick, proclama Heil Hitler.

Se quisermos entender Bento XVI fazendo um paralelo com alguém no Brasil, podemos compará-lo a Fernando Henrique Cardoso. Uma figura montada em vaidade extrema, cheia de diplomas, mas pronto a qualquer negócio desde que renda poder e lucro. E principalmente capas de revistas como alguém que salva alguma coisa. Um enterra a Igreja Católica, outro enterrou o Brasil em seus oito anos de “papado”.

As acusações contra o papa à época que era um sacerdote na Alemanha devem terminar num grande acordo, caríssimo, uma cortina de silêncio em torno do assunto e o papa refém dos grandes grupos políticos e econômicos que controlam o mundo capitalista.

No fundo a máxima mafiosa, “nada pessoal, apenas negócios”.

Fonte: Grupo Cidadania Brasil

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sexta-feira, 2 de abril de 2010

Infiltração e repressão: Serra repete práticas de Yeda


A prática de infiltrar policiais em manifestações e atos políticos, aplicada várias vezes contra sem terras, professores e servidores públicos no Rio Grande do Sul, é repetida agora em São Paulo pelo governo José Serra. Do mesmo modo se repetem as acusações de que os professores em greve seriam “baderneiros” e responsáveis pelos conflitos com a polícia. A decisão do PSDB de São Paulo de entrar na Justiça contra o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo também segue a mesma cartilha utilizada pelo governo Yeda no RS, onde ativistas, jornalistas e dirigentes sindicais são alvo de vários processos.

O governo José Serra (PSDB) adotou as mesmas táticas policiais utilizadas pela também tucana Yeda Crusius no Rio Grande do Sul. Integram essas táticas, entre outras, duas medidas básicas: reprimir violentamente protestos e manifestações de ruas e infiltrar policiais a paisana nestes protestos e manifestações. O episódio da foto onde um homem carrega uma PM ferida nos protestos de 26 de março expôs, involuntariamente, esse tipo de prática.

Inicialmente, um texto do jornalista Leandro Fortes reproduziu a versão difundida pela Agência Estado dando conta de que o homem era um manifestante que participava do ato dos professores. Diante da repercussão causada pela foto, dois dias depois, o comando da PM de São Paulo divulgou uma nota garantindo que se tratava de um policial à paisana “que estava passando por ali por acaso”. A PM negou tratar-se de um “infiltrado”, mas negou-se a divulgar o nome do mesmo o que só reforça a tese de que se tratava de um homem do chamado “serviço de inteligência” da polícia.

Uma das regras básicas do trabalho desse “serviço de inteligência” é não ser identificado publicamente. Vale tudo para assegurar o anonimato, desde disfarçar-se de manifestante ou mesmo de jornalista. No dia 30 de abril de 2009, um homem, apontado por manifestantes como sendo agente da PM2, o serviço secreto da Brigada Militar (a PM gaúcha), usou indevidamente o nome da Carta Maior ao infiltrar-se em uma manifestação de servidores públicos contra o governo Yeda Crusius, em Porto Alegre, e fazer fotos dos manifestantes. (Ver: Homem usa crachá falso da Carta Maior para espionar manifestação)

Não foi a primeira vez que servidores de órgãos de segurança disfarçaram-se de fotógrafos no Rio Grande do Sul, identificando-se como profissionais de imprensa para espionar manifestações de sindicatos e movimentos sociais. Em geral, essa prática conta com a cumplicidade (pelo silêncio) da imprensa local, que tem conhecimento da mesma, mas não fala no assunto.

O papel dos infiltrados é duplo: recolher informações e fazer fotos de manifestantes, por um lado; e, eventualmente, dar início a provocações que levem a distúrbios e conflitos que, posteriormente, serão atribuídos aos manifestantes. Essa prática, aplicada várias vezes contra sem terras, professores e servidores públicos no Rio Grande do Sul, é repetida agora em São Paulo com as acusações de que os professores em greve seriam “baderneiros” e responsáveis pelos conflitos com a polícia.

A decisão do PSDB de São Paulo de entrar na Justiça contra o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo também segue a mesma cartilha utilizada pelo governo Yeda no RS. Segundo a representação encaminhada em conjunto pelo PSDB e pelo DEM, “o movimento se organiza em torno de palavras de ordem e outras manifestações que tendem a interferir no âmbito eleitoral, partidarizando o movimento”.

No Rio Grande do Sul, dirigentes sindicais, jornalistas e lideranças de movimentos sociais já perderam a conta do número de processos, no âmbito civil e criminal, movidos pela governadora Yeda Crusius. O Ministério Público do Rio Grande do Sul chegou a determinar, em 2009, a retirada de cartazes e outdoors que faziam parte de uma campanha de sindicatos de servidores públicos e movimentos sociais denunciando casos de corrupção envolvendo o governo Yeda. A atual presidente do Centro de Professores do Estado do RS (CPERS/Sindicato), Rejane Rodrigues, está sofrendo vários processos, um deles por ter participado de uma manifestação em frente à casa da governadora.

O fato é que os governos tucanos apresentam uma uniformidade no trato com manifestações sociais: o que domina é a lógica da repressão, a ausência do diálogo e a aversão ao contraditório. O uso de policiais infiltrados nas manifestações é típico de tempos autoritários, onde a “interlocução” de governos com a oposição é feita nos subterrâneos, com práticas nada transparentes. Não é por acaso, portanto, que cenas e práticas similares vêm sendo vistas nas ruas de São Paulo e do Rio Grande do Sul.

Fonte: Agência Carta Maior

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