sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Folha.com abala a Tradicional Família Mineira


Moacir Japiassu (*)


Se saiu na Folha é claro que também pode sair aqui nesta coluna, lida por adultos inteligentes.
Refiro-me ao susto pelo qual passou o considerado Camilo Viana, diretor da sucursal da Folha de São Paulo em BH, homem sério e temente a Deus, que lia a Folha.com e descobriu o seguinte destaque na página de esportes, algo capaz de causar revolta no seio da Tradicional Família Mineira:

Espanha tem jogadora chamada Ana Buceta


Se no futebol masculino a Espanha é referência após a conquista da Copa do Mundo na África do Sul, no feminino a seleção se destaca apenas na categoria sub-19. E em razão de um nome em particular: Ana Buceta.

A meio-campista de 17 anos, considerada uma das grandes revelações de seu clube, El Olivo, disputou o último Campeonato Europeu de seleções sub-19, em junho. A Espanha foi eliminada ainda na primeira fase, após derrotas para França (1 a 0) e Holanda (2 a 0). Na vitória sobre a Macedônia (6 a 0), no entanto, Ana Buceta fez um gol.

Segundo a imprensa local, Ana Buceta tem propostas para se profissionalizar, mas, antes, quer terminar os estudos na Galícia, região onde mora. Ela já havia disputado o Campeonato Europeu sub-17 pela Espanha.

(Se ainda estiver no ar, confira aqui.)

Fonte: Portal Comunique-se

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

O passado e o presente da imprensa brasileira

A revista Época fez o que se espera da Globo, um dos pilares de sustentação da ditadura militar: resgatou a agenda da Guerra Fria e destacou na capa o “passado de Dilma”. O ovo da serpente permanece presente na sociedade brasileira. O que deveria ser tema de orgulho para uma sociedade democrática é apresentado por uma das principais revistas do país com ares de suspeita. Os editores de Época honram assim o passado autoritário e anti-democrático de sua empresa e nos mostram que ele está vivo e atuante. No RS, jornal Zero Hora aplaude suspensão de indenizações às vítimas da ditadura e fala do risco de instituir uma "bolsa anistia".
As empresas de comunicação têm o hábito de se apresentarem como porta-vozes do interesse público. Em que medida uma empresa privada, cujo objetivo central é o lucro, pode ser porta-voz do interesse público? Essas empresas participam ativamente da vida política, econômica e cultural do país, assumindo posições, fazendo escolhas, pretendendo dizer à população como ela deve ver o mundo. No caso do Brasil, a história recente de muitas dessas empresas é marcada pelo apoio a violações constitucionais, à deposição de governantes eleitos pelo voto e pela cumplicidade com crimes cometidos pela ditadura militar (cumplicidade ativa muitas vezes, como no caso do uso de veículos da ão Paulo durante a Operação Bandeirantes). Até hoje nenhuma dessas empresas julgou necessário justificar seu posicionamento durante a ditadura. Muitas delas sequer usam hoje a expressão “ditadura militar” ao se referir aquele triste período da história brasileira, preferindo falar em “regime de exceção”. Agem como se suas escolhas (de apoiar a ditadura) e os benefícios obtidos com elas fossem também expressões do “interesse público”.

Apoiar o golpe militar que derrubou o governo Jango foi uma expressão do interesse público? Ser cúmplice de uma ditadura que pisoteou a Constituição brasileira, torturou e matou é credencial para se apresentar como defensor da liberdade? O silêncio dessas empresas diante dessas perguntas já é uma resposta. O que é importante destacar é que a semente do autoritarismo, da perversidade e da violência prossegue ativa, conforme se viu neste final de semana (e se vê praticamente todos os dias).

A revista Época fez o que se espera da Globo, maior empresa midiática do país e um dos pilares de sustentação da ditadura militar: resgatou a agenda da Guerra Fria e destacou na capa o “passado de Dilma”. O ovo da serpente permanece presente na sociedade brasileira. O que deveria ser tema de orgulho para uma sociedade democrática é apresentado por uma das principais revistas do país como motivo de suspeita. Os editores de Época honram assim o passado autoritário e anti-democrático de sua empresa e nos mostram que ele está vivo e atuante.

Indenizações às vítimas da ditadura

De maneira similar, aqui no Rio Grande do Sul, o jornal Zero Hora publicou um editorial apoiando a decisão do TCU de questionar às indenizações que estão sendo pagas às vítimas de perseguição e maus tratos durante a ditadura, ou “regime de exceção”, como prefere a publicação. Trata-se, segundo a RBS, de defender um “princípio da razoabilidade”. “Ninguém tem direito a indenizações perdulárias ou a aposentadorias e pensões que extrapolam critérios de prudência, ponderação e equilíbrio”, diz o texto. Prudência, ponderação, equilíbrio e razoabilidade: foram esses os valores que levaram o jornal e sua empresa a cerrarem fileiras ao lado dos militares que rasgaram a Constituição brasileira? Quanto dinheiro os proprietários da RBS ganharam com esse apoio? Não seria razoável e ponderado defender que indenizassem a sociedade brasileira pelo desserviço que prestaram à democracia?

É cansativo, mas necessário relembrar. Sempre. Como a maioria da grande mídia brasileira, a empresa gaúcha apoiou o golpe que derrubou João Goulart. O jornal Zero Hora ocupou o lugar da Última Hora, fechado pelos militares por apoiar Jango. Esse foi o batismo de nascimento de ZH: a violência contra o Estado Democrático de Direito. Três dias depois da publicação do Ato Institucional n° 5 (13 de dezembro de 1968), ZH publicou matéria sobre o assunto afirmando que “o governo federal vem recebendo a solidariedade e o apoio dos diversos setores da vida nacional”. No dia 1° de setembro de 1969, o jornal publica um editorial intitulado “A preservação dos ideais”, exaltando a “autoridade e a irreversibilidade da Revolução”. A última frase editorial fala por si:

“Os interesses nacionais devem ser preservados a qualquer preço e acima de tudo”.

Interesses nacionais?

A expansão da empresa se consolidou em 1970, com a criação da RBS. A partir das boas relações estabelecidas com os governos da ditadura militar e da ação articulada com a Rede Globo, a RBS foi conseguindo novas concessões e diversificando seus negócios.

Como a revista Época, Zero Hora é fiel ao seu passado e exercita um de seus esportes favoritos: pisotear a memória do país e ofender a inteligência alheia. O editorial tenta ser ardiloso e defende, no início, as indenizações como decisão correta e justa. Mas logo os senões começam a desfilar: os exageros nas indenizações de Ziraldo, Lula, Jaguar e Carlos Lamarca, “outro caso aberrante segundo o procurador”. A pressão exercida por setores militares junto ao governo e ao Judiciário é convenientemente omitida pelo editorial que fala do “risco” de as indenizações se transformarem em algo como “uma bolsa-anistia”.

O presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão Pires Junior, divulgou uma esclarecedora nota a respeito da decisão do TCU e das pressões que vem sendo exercidas contra o processo das indenizações. A capa da revista Época e o editorial de Zero Hora mostram que as empresas responsáveis por essas publicações permanecem impregnadas do autoritarismo que alimentou seu nascimento e expansão. É triste ver jornalistas emprestando sua pena para inimigos da democracia e da liberdade. Pois é exatamente disso que se trata. Esse é o conteúdo que habita a caixa preta de boa parte da imprensa brasileira.

Fonte: Agência Carta Maior

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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Mensagem do Presidente Lula a todos os internautas brasileiros

Mensagem do Presidente Lula, dirigida a todos os internautas brasileiros

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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Eu Não Falei?

Por Nélio Azevedo

Há poucas semanas eu escrevi um texto sobre a vantagem da Dilma nas pesquisas e afirmei que uma das conseqüências disso seria o endurecimento dos ataques que o PSDB faria à candidata Dilma Russef.

É só uma repetição de outros fatos semelhantes que ocorreram em outras eleições passadas, vocês se lembram do seqüestro do Abílio Diniz? Como esse episódio foi explorado pela candidatura do Fernando Collor?

Essa história de que o PT tem ligações com as FARC é o exemplo da baixaria que sempre toma conta dos candidatos que lançam mãos de argumentos como estes para sair de situações desfavoráveis apontadas por pesquisas.

Geralmente o fazem por saber que não lhes acontecerá nada, passadas as eleições, ninguém se lembrará desses tristes episódios que povoam nossas eleições.

Infelizmente, não são somente os candidatos que abaixam o nível, alguns jornais e revistas usam todo tipo de coisa para enaltecer ou denegrir a imagem dos candidatos, alguns são da preferência dos periódicos, outros são persona non grata.

As coisas mais comuns que encontramos são fotografias coloridas de uns e em preto e branco de outros, o tamanho das fotos e a ordem de aparecimento delas nas páginas; as manchetes ou títulos das matérias, ora benéficas, ora maléficas.

Quando determinado candidato se encontra na frente nas pesquisas, se não for o candidato da preferência do editor, ele só falta dizer que o número maior vale menos do que os números menores, tamanho o descaramento dos artifícios que se usa para deturpar e desinformar ao leitor-eleitor.

 Não raro escutamos candidato atrás nas pesquisas afirmar que pesquisa não ganha eleição e que só acredita na pesquisa das urnas, pouco tempo depois, se ele melhora nas pesquisas, afirma categoricamente que as pesquisas apontam que estão no rumo certo, que a vitória lhe sorrirá.

Os nossos jornais e revistas deveriam ter um papel mais informativo perante a população, não essa mania de serem veículos de formação de opinião; sabem, com certeza, que o brasileiro tem preguiça de pensar e prefere pegar um prato mastigado de notícias e engolir sem questionar o que se lhes apresentam, tornando mais danosa a prática quando essa revista ou jornal representa o pensamento de uma determinada classe ou simplesmente a do dono do jornal.

Outra coisa que já está mais do que gasto é essa mania que alguns candidatos têm de repetir os passos de outros. Fulano de tal venceu a eleição porque comeu buchada de bode na feira de caruaru, seus seguidores todos repetem o ato numa repetição idiota, numa tentativa de ser popular e, os cafezinhos no Café Nice, o pedaço de abacaxi no Mercado Central, o almoço no Restaurante Popular e o cumprimento aos garis, serviçais de restaurantes, transeuntes e a beijação de crianças, uma prática que já está mais prá lá de ultrapassada; a população está querendo é outra coisa; está querendo é solução para os problemas de trânsito, de segurança, de falta de escolas, de trabalho e emprego, da falta de atendimento nos postos de saúde e outras coisas que fazem parte do dia-a-dia do brasileiro comum, que os nossos políticos não percebem ou já se esqueceram.

Vocês já repararam como menor de rua não dá mais votos? Não vejo ninguém se referir a esse problema, parece que não existem mais meninos de rua no Brasil.

Nessa semana a candidata Dilma aparece novamente na frente do Serra, podem esperar que irá chover baixaria na campanha, imaginem o que virá nos programas eleitorais; e, com a falta de dinheiro na campanha do Serra, (mais baixa 3,6 milhões) ele terá que sair para o ataque frontal e direto, expondo sua fraca defesa.

Eleitores, fiquem atentos aos programas, quando você vir um candidato que fala mais do seu adversário do que dele próprio, é porque não tem muito a dizer de si mesmo.   

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