quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ofertório eleitoral (Editorial da Folha de São Paulo)

Como está sendo distribuído em várias cidades um folheto com propaganda política do candidato do PSDB José Serra, onde ele faz promessas mirabolantes, tais como Salário Mínimo de 600 reais; 10% de aumento para aposentados; moradia para favelados; ampliar o Bolsa Família e economia forte com mais emprego, achamos oportuno publicar o editorial de hoje da Folha, também repercurtido no Blog do Noblat, ambos declaradamente favoráveis a Serra mas, nem por isso, deixaram de negar o óbvio.

“O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, nunca comungou com os tucanos ortodoxos que conduziam a economia no governo FHC. 

Na campanha de 2002, porém, jurou sobre o cânone de responsabilidade fiscal do cardinalato do Plano Real, em nome da continuidade. Agora, pela mesma razão, mostra-se pronto a abjurar o credo com ímpetos de iconoclasta. 


Multiplicam-se as promessas de aspecto populista na campanha tucana. O Bolsa Família se estenderia a mais 15 milhões de famílias (hoje são 13 milhões) e contemplaria idosos e mais vulneráveis com um 13º benefício mensal. 


O salário mínimo subirá para R$ 600 já no ano que vem. Pensões e aposentadorias do INSS terão aumento de 10%. 


A motivação eleitoral parece óbvia. Serra enfrenta o desafio de concorrer com a candidata petista, Dilma Rousseff, ungida pela popularidade inédita de um presidente que, em oito anos, de fato logrou transferir renda para as camadas mais pobres e incluir milhões no mercado. Além disso, a candidata não faz por menos: promete simplesmente erradicar a miséria do país. 


O tucano optou por apresentar-se como continuador e amplificador pragmático das políticas sociais do lulismo. Pouco importa de onde sairá o dinheiro. São R$ 46,2 bilhões adicionais já em 2011, como demonstrou ontem reportagem nesta Folha: R$ 17,1 bilhões para o mínimo, R$ 15,4 bilhões para aposentadorias e R$ 13,7 bilhões para Bolsa Família. 


Ora, isso representa uma vez e meia tudo o que a União investiu em infraestrutura -estradas, portos, aeroportos e outras obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)- em 2009. Ou, em outros números, 2,5% do orçamento federal para este ano. 


Trata-se de comprometer fatias crescentes da receita com medidas que podem retirar capacidade de investimento do Estado e pressionar as finanças públicas. Não é o que se espera de um político como Serra, que em sua vida pública tem se comprometido com o desenvolvimento e a responsabilidade fiscal.”


Fonte: Blog do Noblat

1 comentários:

Anônimo,  22 de outubro de 2010 às 15:25  

PASCOAL,AÍ VAI MAIS UMA MENTIRA DO SERRA:
NA PROPAGANDA ELEITORAL DELE O RAPAZ DIZ
"QUE FOI O SERRA QUEM CRIOU O SEGURO
DESEMPREGO E NO ENTANTO O SEGURO DESEMPREGO
FOI CRIADO NO GOVERNO DE JOSÉ SARNEY !!!!!!

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