domingo, 20 de março de 2011

Diário Liberdade: Barack Obama não foi bem-vindo no Rio de Janeiro

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Diário Liberdade - Obama está hoje no Rio de Janeiro, e nem só fazendo turismo mas, sobretudo, de olho nos recursos brasileiros. Porém, há oposição à sua presença na cidade.

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Todo o material gráfico e de vídeo deste artigo é autoria do Diário Liberdade, de livre reprodução, de preferência citando fonte.
Longe da impressão criada pela imprensa comercial brasileira, a visita do presidente do Império Americano não é bem-vinda por todo o mundo. Repórteres do Diário Liberdade no Rio de Janeiro acompanharam a manifestação contra a viagem de Obama que decorreu esta manhã no Largo do Machado na cidade carioca.
Várias centenas de pessoas responderam à convocatória. Faixas, bandeiras e cartazes do PSTU, da CSP-Conlutas, da ANEL, Sindsprev, Sindjustiça, SEPE-RJ, DCE-UFRJ, Sindipetro-RJ, PCB, POR, Comitê da Palestina e MTL, entre outras organizações, estavam presentes por toda parte.


Contra a rapina, contra a repressão e contra a intervenção imperialista na Líbia


Segundo José Maria de Almeida, porta-voz do PSTU entrevistado pelo Diário Liberdade durante a concentração, houve uma tripla denúncia na concentração: a da rapina sobre os recursos brasileiros que Obama quer desenhar nesta viagem, com atenção especial ao petróleo do pré-sal; a da intervenção imperialista na Líbia, através da coalizão internacional de várias potências mundiais e, ainda, a situação d@s 13 pres@s políticos que, vítimas de uma montagem policial, permanecem na prisão desde sexta-feira.
Zé Maria de Almeida indicou que @s companheir@s permaneciam detidos "sob falsas acusações" . As agressões físicas executadas pela polícia militar e as detenções políticas tiveram como pretexto alegados ataques com cóqueteis molotov no protesto que decorreu sexta-feira também contra a visita de Obama. "Como a polícia não encontrou nada no registro dessas pessoas" que as relacionasse com os supostos ataques, "criaram provas falsas, como uma garrafa e um soco inglês, que mostraram com uma bandeira do PSTU para criminalizar a organização".
Ainda, esta mesma fonte do PSTU, salientou o fato de que a manifestação "demonstra que não existe unanimidade no apoio à visita de Obama ao Brasil", apesar da intoxicação da imprensa burguesa. "Por isso é que se criminaliza esta organização", concluiu.
Há uma petição pública para exigir a libertação das pessoas sob repressão política, que pode ser assinada aqui:

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=PSTU

Militante da ANEL: "Presidente americano mantém a exploração"

O estudantado e a juventude brasileira também se mobilizaram contra o Imperador Américano. Pessoal da Assembléia Nacional de Estudantes Livre (ANEL) foi entrevistado pelo Diário Liberdade. Confiram neste vídeo:


Evento marcado pela repressão de sexta-feira

O evento esteve marcado pela brutal repressão que mantém 13 pres@s polític@s na prisão desde sexta-feira, e que incorporou a sua libertação como mais uma demanda no dia de hoje. O argumento da "justiça" para manter estas pessoas privadas da sua liberdade é elas suporem uma ameaça para Barack Obama, pretexto que seria engraçado caso não tivesse consequências dramáticas.

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No momento em que estavam reunidos em um grande círculo durante a manifestação de há dois dias, os manifestantes e os jornalistas escutaram uma explosão ao fundo e foram surpreendidos com o avanço da polícia, que atacou com cassetetes, atirou com balas de borracha e lançou bombas de gás e depois perseguiu os manifestantes pelas ruas próximas.
Segundo Márcia Lopes, do PSTU do Rio, após a confusão, cerca de 150 pessoas foram colocadas sentadas na Candelária para serem revistadas, momento no qual foram detid@s @s 13 ativistas que permanecem ainda hoje na cadeia.

Obama repartiu beijos em Cidade de Deus

Hipocrisia é uma das palavras que melhor podem definir a visita de Obama ao Rio de Janeiro.
Enquanto o seu exercito repartia bombas na Líbia, Obama fazia o mesmo com beijos na Cidade de Deus. O presidente visitou uma das mais conhecidas favelas do Rio de Janeiro. Favelas criadas pelo próprio sistema capitalista do que os Estados Unidos são símbolo, e que estão a ser alvo de duríssima repressão policial nos últimos meses, de novo para o sistema capitalista poder seguir o seu avanço.

Precisamente, a visita de Obama endureceu essa repressão: os acessos à favela foram fechados para veículos e a maioria dos moradores foi mantida numa área isolada da Fundação para a Infância e a Adolescência, onde Obama e a família assistiram a apresentações de percussão e capoeira.

Barack Obama cancelou o seu discurso público para virá-lo um evento fechado no Theatro Municipal, que decorria pelas 15 h. Também planejava fazer turismo no Cristo Redentor, cujo ingresso não se pode permitir a maioria do povo brasileiro.

Ainda, o americano falou hoje da repressão durante a ditadura brasileira. Mágoa ele não lembrar a repressão que está vitimando treze pessoas hoje por causa da sua visita imperial.

Vídeo e galeria

Fotos e vídeos do Diário Liberdade

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