sábado, 18 de junho de 2011

Banda larga deveria ser para todos, diz Lula


Brasília – O Brasil precisa fazer da banda larga um direito de todos, disse o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que participou da cerimônia de abertura do 2º Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas, em Brasília.

Segundo ele, o número de computadores e usuários de internet no país ainda não é satisfatório. “Temos menos computador e gente na internet quanto deveríamos ter, mas estamos no processo de avançar. Estou convencido de que a presidenta [Dilma Rousseff] vai continuar trabalhando com mais força e mais vigor para que consigamos fazer da banda larga um direito de todos, inclusive das pessoas que não têm dinheiro para pagar”, falou ontem no evento de blogueiros.

Para Lula, a internet deveria ser popularizada, principalmente para fins educacionais. De acordo com o ex-presidente, 55 mil escolas públicas urbanas têm computadores com banda larga, bem diferente da situação na área rural. “Estamos em falta com as escolas do campo”, afirmou.

Ovacionado pelos participantes do evento, Lula fez questão de enfatizar a importância que os blogueiros tiveram durante seu governo. “Não vou esquecer nunca o papel que vocês [blogueiros] tiveram na defesa da liberdade de expressão durante os oito anos do meu governo e nas eleições”.

Ao discursar, o ex-presidente disse ainda que os blogueiros evitaram a manipulação da sociedade durante a campanha eleitoral do ano passado. “Não me importo que critiquem o governo, mas me preocupo com as inverdades. Vocês evitaram que a sociedade brasileira fosse manipulada como há muito tempo vinha sendo”.

Fonte: Info

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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Manual da Imprensa Golpista

Jovem estudante de jornalismo, não se iluda: a profissão que abraçará, à diferença de todas as outras neste país em processo de euforia econômica, oferece muito poucos bons empregos – entendam-se empregos em empresas que ofereçam perspectivas de ascensão profissional e econômica.

E os poucos empregos promissores que existem, nem são tão bons porque obrigarão o jornalista neófito a violar os princípios éticos que lhe forem ensinados na universidade e a própria dignidade, tendo que curvar a espinha a cada edição do veículo em que for trabalhar. E em qualquer vertente do jornalismo da grande imprensa.

Essa situação se deve à concentração da propriedade de meios de comunicação, à propriedade cruzada desses meios e dos critérios políticos para entrega de concessões públicas de rádio e tevê a algumas poucas famílias que controlam toda a grande mídia brasileira.

Acima de todas essas famílias midiáticas, míseras quatro controlam o “centro nervoso” da comunicação no Brasil: as famílias Marinho, Frias, Civita e Mesquita. Depois delas, mais umas três ou quatro formam tentáculos dos quais se ramificarão mais algumas dezenas de empresas de médio e pequeno porte que reproduzirão o que veicular o tronco dessa árvore cartelizada da comunicação.

A oportunidade de conseguir algum dos poucos empregos nesses veículos só existirá na medida em que você, caro estudante de jornalismo, estiver disposto a seguir um manual que vai mudando de personagens através dos anos, mas que mantém sempre os mesmos “princípios”.

Esse manual se baseia, acima de tudo, em crenças e conveniências político-ideológicas e econômicas das famílias midiáticas. E como essas empresas se amparam em benesses que conseguiram institucionalizar no Brasil por terem permanecido “amigas” do Estado por décadas incontáveis, tudo passa pela postura político-ideológica do candidato a emprego.

Se você, estudante de jornalismo, desviar-se dos ditames dessa postura, estará condenado a se tornar assessor de imprensa de empresas, políticos ou celebridades, ou a tentar a imprensa dita “alternativa”, que mal consegue sobreviver justamente porque os recursos públicos são uma espécie de monopólio das famílias supracitadas.

A seguir, leia e entenda esse manual de corrupção e submissão da alma. E decida se é o que quer para você.

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MANUAL DA IMPRENSA GOLPISTA

1 – Ser antipetista, mas sempre se dizendo um petista “arrependido devido à corrupção do governo Lula”.

2 – Afirmar que o êxito econômico e social do Brasil durante o governo Lula é mérito do governo FHC, ignorando todas as catástrofes sociais e econômicas que ocorreram no governo tucano.

3 – Afirmar que a ditadura militar de 1964 foi implantada para “impedir uma ditadura comunista no Brasil”, mas sem jamais perguntar onde estão as provas disso.

4 – Afirmar que a Venezuela é uma ditadura mesmo a despeito de que vige o voto livre no país e de que nenhuma das suas muitas eleições sofreu qualquer questionamento sério, tendo sido todas referendadas por observadores internacionais.

5 – Condenar previamente todos os petistas envolvidos no escândalo do mensalão – José Dirceu à frente – com base apenas no fato de que estão sendo julgados. E afirmar, peremptoriamente, que Lula foi o mentor de tudo.

6 – Dizer que todas as absolvições de petistas e aliados em processos judiciais decorrentes de escândalos inflados ou inventados pela mídia são produto de farsa jurídica, enquanto usa as absolvições jurídicas de tucanos para denunciar que foram vítimas de armações políticas.

7 – Jamais investigar qualquer denúncia contra o governo paulista ou contra qualquer tucano, limitando-se a fazer uma matéria meio antipática a cada seis meses ou um ano só para disfarçar, enquanto produz ataques diários a petistas e aliados.

8 – Afirmar que Lula foi culpado pelos desastres dos aviões da TAM e da Gol apesar de que as investigações e perícias mostraram que foram culpa de pilotos e do equipamento.

9 – Afirmar que Antonio Palocci violou o sigilo do caseiro Francenildo apesar de o atual ministro-chefe da Casa Civil ter sido absolvido pela Justiça.

10 – Ficar do lado da Itália e contra o Brasil na questão da extradição do ativista italiano Cesare Battisti, assumindo cada argumento italiano in limine e criticando sempre os motivos do governo brasileiro, ignorando qualquer argumento em contrário.

11 – Ficar sempre a favor de golpes ou tentativas de golpes de Estado contra governos de esquerda, como no caso de Honduras, Venezuela ou Bolívia, e ficar no mínimo isento em casos assim quando o governo for de direita.

12 – Sempre lembrar com muito, mas muito maior ênfase o que persiste de ruim no Brasil do que o que melhorou, atribuindo todos os problemas históricos do país ao governo Lula, acusando-o por não resolvê-los de uma vez e desconsiderando o que fez para diminui-los como nenhum outro governo.

13 – Sempre puxar o saco de FHC apesar de ele ser rejeitado por quase 80% da opinião pública, segundo as pesquisas sobre sua popularidade.

14 – Sempre tratar Serra como vítima do PT, apesar de ser talvez o político mais beligerante do país ao lado de Ciro Gomes.

15 – Sempre afirmar que o PT fez, sim, dossiês contra o PSDB, apesar de jamais ter surgido uma única prova cabal dessa hipótese.

16 – Sempre dizer que o estilo discreto de Dilma agrada mais a todos do que a “verborragia” de Lula, mas sempre sem dizer de onde tirou a informação.

17 – Garantir que Serra não foi atingido por uma bolinha de papel na campanha eleitoral passada, mas por um rolo de fita crepe pesando 1 quilo, ignorando as perícias de universidades dizendo o contrário.

18 – Bloquear, em colunas de cartas de leitores, quase todas as manifestações favoráveis ao PT ou a governos do “eixo do mal” de outros países, ou seja, de Cuba, Venezuela, Irã e Bolívia. E, ao mesmo tempo, brandindo sempre intenções de petistas de promoverem “censura”.

19 – Ser visceralmente contra cotas para negros nas universidades, afirmando sempre que formados através dessas cotas serão profissionais inferiores, apesar dos estudos das universidades que mostram que cotistas se saem igual ou melhor do que os não-cotistas.

20 – Tratar o MST como uma organização criminosa violenta apesar de os sem-terra serem vítimas de atrocidades homicidas praticadas pelos latifundiários, que dificilmente sofrem violência física na disputa pela terra.

21 – Entender, aceitar e defender a premissa de que jornalista que quer ganhar dinheiro e ser famoso hoje no Brasil só pode ter uma opinião: a do patrão.

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Deve faltar muita coisa nesse “manual” de antijornalismo da Imprensa golpista. Quem se lembrar de algo que não tenha sido mencionado pode complementar a lista, que irá sendo aumentada conforme as sugestões não-repetidas forem chegando.

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SUGESTÕES DOS LEITORES

22 – Afirmar, categoricamente, que o Bolsa Família significa “Bolsa Esmola” e que irá transformar milhões de brasileiros em vagabundos que vivem às custas do Estado.

23 – Definir o Lula como um sapo bêbado sortudo que surfou na maravilhosa economia global durante todo o seu mandato.

24 – Insistir que o Lula é quem considerava a Dilma um poste sem a menor qualificação para o cargo de presidenta do Brasil.

25 – Afirmar que os blogueiros independentes são todos petistas, indistintamente, e que recebem benesses do PT de forma direta ou indireta.

26 – Dizer que o Brasil é uma república sindicalista e portanto os sindicatos são todos pelegos e vivem às expensas do Estado brasileiro.

27 – Repetir o mantra neoliberal do Estado Mínimo, mesmo sabendo que até mesmo no maior país capitalista do mundo, os EUA, o Estado tem intervido na economia.

28 – As fotos publicadas de esquerdistas devem causar repulsa, ao contrário das dos representantes da direita.

29 – Ler diariamente a coluna do Merval em O Globo, assistir religiosamente a Míriam Leitão no Bom Dia Brasil, da Globo, e ouvir, com fervor, o comentário do Jabor na CBN. E repetir, em seus textos e conversas, todos os argumentos desenvolvidos por esses luminares da grande mídia brasileira.

30 – Insistir dia sim e outro também que a Dilma foi eleita pelos votos dos miseráveis analfabetos.

31 – Afirmar que Lula aparelhou o estado, nomeando os companheiros para os cargos públicos.

32 – Sempre que surgir qualquer fato negativo em alguma esfera de governo, mencionar com destaque se o partido responsavel for de esquerda ou algum aliado, caso contrario não mencionar o Partido.

33 – Sempre fazer manchetes com uma segunda parte, mais ou menos assim: Governo tira 100% da miséria, mas ricos estão perdendo terreno.

34 – Afirmar que o Banco Panamericano recebeu recursos via Caixa a mando do Lula pra eleger a Dilma via SBT.

35 – Afirmar, categoricamente, que Dilma é a favor do aborto, que defende a morte, mas que a classe alta (por exemplo, mulher do Serra) pode fazer aborto – no Chile, é claro.

36 – Insinuar, em toda oportunidade que for possível, que o ex-presidente Lula tem falha de caráter, é alcoólatra e foi conivente com a corrupção.

37 – Para fazer futrica política entre Dilma e Lula, afirmar sempre que o governo Dilma é eficiente e discreto, ao contrário do governo do presidente Lula, que falava demais e não respeitava a liturgia do cargo.

38 - Afirmar sempre que o sonho de todo petista é censurar a impoluta, imparcial e magnânima mídia conservadora brasileira, esta sim a verdadeira defensora da democracia e dos interesses dos pobres, fracos e oprimidos do Brasil.

39 – No período das eleições para qualquer cargo, seja para prefeito, governador ou presidente, não ter a menor vergonha na cara e culpa de consciência de agir como militante político da direita, inclusive podendo transformar a redação e o meio de comunicação em comitê de campanha contra os petistas.

40 – Na eleições, dar todo o destaque a qualquer denúncia contra qualquer petista, de qualquer nível e transformar imediatamente o caso em escândalo político nacional; já se a denúncia for contra tucano ou demo, ignorar o assunto, por mais grave que seja, ou, se não der para esconder, dar algumas notinhas e sumir com o assunto da pauta o mais rápido.

41 – Nos temas mais técnicos ou polêmicos, mencionar a “opinião insuspeita” de “especialistas reconhecidos”; sempre e quando os tais “especialistas” tenham, exatamente, a mesma opinião do baronato da mídia e, de preferência, tenham vínculo notório e inegável com a oposição e o conservadorismo.

42 – Sempre esconder os crimes contra a Humanidade praticados semanalmente pelo Estado de Israel contra o Povo Palestino ao mesmo tempo em que retrata os israelenses como vítimas inocentes do povo árabe.

43 – Publicar documentos falsificados de petistas e argumentar que não pode garantir que sejam verdadeiros, mas tampouco comprovar que são falsos.

44 — Nunca tocar em escândalo se envolver alguém que tenha parentesco ou proximidade com um colega com algum partido da direita, mas somente da direita, mas, caso seja o contrário, dê enfase para desacreditar o colega.

45 – Caso não tenha competência para falar rebuscadamente o que quer o patrão e vá aparecer na mídia televisada, aprenda a fazer caras e bocas quando citar um político de esquerda.

46 – Se um antigo coronel de modos suspeitos de se conduzir na política se bandear para a esquerda, arreie o pau nele e quem estiver com ele diuturnamente. Nos outros, seus antigos pares, mas que ainda estão mais à direita, não!

47 -A cada seis meses, lembrar do sofrimento dos judeus no regime nazista, mas deixar de lado outros holocaustos, como o dos índios na América ouu o dos negros trazidos d’a África para a América. E dos índios brasileiros.

48 – Se for escrever uma denuncia contra petistas, escreva “acusação”; ser for obrigado a escrever uma denúncia contra demotucanos, classifique como “Dossiê político”.

49 – Colocar a culpa no Lula e na Dilma pelas enchentes no Rio e jogar a culpa em Deus e em São Pedro pelas enchentes em São Paulo.

50 – Definir o DEM como sendo mesmo um partido de democratas e defensores dos trabalhadores. Dizer que Roberto Freire jamais foi contra o neoliberalismo que o PSDB sempre defendeu e ainda defende. Dizer que o PPS é mesmo o PPS e não o PSDB e o DEM.

51 – Se apariçao publica do politico amigo do patrão for um completo fiasco, com uma meia duzia de gatos pingados pagos para poder marcar presença, a câmera deverá focalizar apenas o amigo do patrão.

Se apariçao publica do politico nao amigo do patrão for um completo sucesso, com uma multidão de pessoas voluntarias e por vontade propria marcando presença, a camera dever se focar apenas no nao amigo do patrão, a multidão deve ser escondida.
Fonte: Blog Cidadania.com

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quarta-feira, 1 de junho de 2011

O caseiro do Piauí e a camareira da Guiné

Nascido no Piauí, Francenildo Costa era caseiro em Brasília. Em 2006, depois de confirmar que Antonio Palocci frequentava regularmente a mansão que fingia nem conhecer, teve o sigilo bancário estuprado a mando do ministro da Fazenda.

Nascida na Guiné, Nafissatou Diallo mudou-se para Nova York em 1998 e é camareira do Sofitel há três anos. Domingo passado, enquanto arrumava o apartamento em que se hospedava Dominique Strauss-Kahn, foi estuprada pelo diretor do FMI e candidato à presidência da França.

Consumado o crime em Brasília, a direção da Caixa Econômica Federal absolveu liminarmente o culpado e acusou a vítima de ter-se beneficiado de um estranho depósito no valor de R$ 30 mil. Francenildo explicou que o dinheiro fora enviado pelo pai. Por duvidar da palavra do caseiro, a Polícia Federal resolveu interrogá-lo até admitir, horas mais tarde, que o que disse desde sempre era verdade.

Consumado o crime em Nova York, a direção do hotel chamou a polícia, que ouviu o relato de Nafissatou. Confiantes na palavra da camareira, os agentes da lei descobriram o paradeiro do hóspede suspeito e conseguiram prendê-lo dois minutos antes da decolagem do avião que o levaria para Paris ─ e para a impunidade perpétua.

Até depor na CPI dos Bingos, Francenildo, hoje com 28 anos, não sabia quem era o homem que vira várias vezes chegando de carro à “República de Ribeirão Preto”. Informado de que se tratava do ministro da Fazenda, esperou sem medo a hora de confirmar na Justiça o que dissera no Congresso. Nunca foi chamado para detalhar o que testemunhou. Na sessão do Supremo Tribunal Federal que julgou o caso, ele se ofereceu para falar. Os juízes se dispensaram de ouvi-lo. Decidiram que Palocci não mentiu e engavetaram a história.

Depois da captura de Strauss, a camareira foi levada à polícia para fazer o reconhecimento formal do agressor. Só então descobriu que o estuprador é uma celebridade internacional. A irmã que a acompanhava assustou-se. Nafissatou, muçulmana de 32 anos, disse que acreditava na Justiça americana. Embora jurasse que tudo não passara de sexo consensual, o acusado foi recolhido a uma cela.

Nesta quinta-feira, Francenildo completou cinco anos sem emprego fixo. Palocci completou cinco dias de silêncio: perdeu a voz no domingo, quando o país soube do milagre da multiplicação do patrimônio. Pela terceira vez em oito anos, está de volta ao noticiário político-policial.

Enquanto se recupera do trauma, a camareira foi confortada por um comunicado da direção do hotel: “Estamos completamente satisfeitos com seu trabalho e seu comportamento”, diz um trecho. Nesta sexta-feira, depois de cinco noites num catre, Strauss pagou a fiança de 1 milhão de dólares para responder ao processo em prisão domiciliar. Até o julgamento, terá de usar uma tornozeleira eletrônica.

Livre de complicações judiciais, Palocci elegeu-se deputado, caiu nas graças de Dilma Rousseff e há quatro meses, na chefia da Casa Civil, faz e desfaz como primeiro-ministro. Atropelado pela descoberta de que andou ganhando pilhas de dinheiro como traficante de influência, tenta manter o emprego. Talvez consiga: desde 2003, não existe pecado do lado de baixo do equador. O Brasil dos delinquentes cinco estrelas é um convite à reincidência.

Enlaçado pelo braço da Justiça, Strauss renunciou à direção do FMI, sepultou o projeto presidencial e é forte candidato a uma longa temporada na gaiola. Descobriu tardiamente que, nos Estados Unidos, todos são iguais perante a lei. Não há diferenças entre o hóspede do apartamento de 3 mil dólares por dia e a imigrante africana incumbida de arrumá-lo.

Altos Companheiros do PT, esse viveiro de gigolôs da miséria, recitam de meia em meia hora que o Grande Satã ianque é o retrato do triunfo dos poderosos sobre os oprimidos. Lugar de pobre que sonha com o paraíso é o Brasil que Lula inventou.
Colocados lado a lado, o caseiro do Piauí e a camareira da Guiné gritam o contrário.

Se tentasse fazer lá o que faz aqui, Palocci teria estacionado no primeiro item do prontuário. Se escolhesse o País do Carnaval para fazer o que fez nos Estados Unidos, Strauss só se arriscaria a ser convidado para comandar o Banco Central. O azar de Francenildo foi não ter tentado a vida em Nova York. A sorte de Nassifatou foi ter escapado de um Brasil que absolve o criminoso reincidente e castiga quem comete o pecado da honestidade.

Fábio Batista

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Ministro da Educação defende livro que trata de erros de português

Fernando Haddad diz que exercícios buscam levar adulto da norma popular à culta

O Ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu nesta terça-feira,31, o livro didático de português Por uma Vida Melhor, indicado para escolas públicas, criticado por supostamente ensinar erros de gramática aos alunos.

Chamado para esclarecer o assunto na Comissão de Educação do Senado, Haddad se disse “assustado” com a discussão sobre o livro, dizendo que “a maioria ou a totalidade” dos críticos não havia lido o livro.
Ele sustentou que o material, destinado à alfabetização de adultos, teve aceitação “unânime” de “dezenas de especialistas, professores, ex-reitores e associações”.

- O livro parte de uma realidade comum aos adultos que voltam à escola e traz o adulto para a norma culta por meio de exercícios, nesse capítulo, que pede ao estudante que faça a tradução da linguagem popular para a norma culta. Todos os exercícios do livro têm essa direção.

O livro causou polêmica por defender frases com erro de concordância, como “nós pega o peixe”, em uma lição que apresentava a diferença da norma culta e a falada.

No texto, a autora da obra afirma que os alunos podem falar do “jeito errado”, mas devem dominar as regras da norma culta e ter atenção quanto ao seu uso.

- Você pode estar se perguntando: "Mas eu posso falar 'os livro?'. Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas.

Seleção

Antes, no início de sua fala, o ministro explicou como funciona o processo de escolha dos livros pelas escolas públicas. Em resumo, o ministério primeiro lança um edital, os autores apresentam livros, que são analisados sem identificação de autor ou editora. A análise é feita por 192 comissões em dez universidades públicas.
Os livros aprovados são oferecidos para as escolas, que podem escolher aqueles que preferirem na internet. O MEC entra para negociar a compra junto às editoras.

- Ninguém é obrigado a concordar com essa metodologia de seleção. Pode propor para mudar.
Ao final de sua fala, o ministro cometeu um deslize, justamente de concordância. Chegou a falar “os livro didático”, sem se corrigir depois.

Agência Brasil

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