domingo, 12 de setembro de 2010

Perdida na política, mídia vira polícia

*Brizola Neto
Cada um de nós deve estar consciente que, nestas três semanas finais até as eleições, as editorias políticas dos grandes veículos de comunicação se transformarão - algumas já se transformaram - em delegacias de polícia. Não tendo como contestar os avanços e sucessos na economia, nas políticas socais, nos salários e na renda, a direita brasileira tenta, de todas as formas achar um caso de corrupção ou mesmo de tráfico de influência que substitua o programa que não tem para o país.

Os jornalistas converteram-se em detetives, o jornalismo em inquérito criminal e as reportagens em boletins de ocorrência. À disputa política, querem reduzi-la a isso, a questões policiais.

Todas as denúncias devem ser investigadas, quem delinquiu deve ser punido, mas não é justiça o que procura: o que se deseja é o linchamento moral e político da força que unificou a vontade brasileira de ser um povo e um país. Não li ainda os jornais, sei que a Veja promete gravações, sei que a Ministra Elenice Guerra prepara-se para enfrentar judicialmente a revista - e, espero, os que a ela se associarem na campanha de acusações até agora improvadas.

É inevitável que tenhamos de acompanhar estes fatos e factóides, até porque eles são e serão o discurso da candidatura Serra, as capas dos jornais, o noticiário das televisões, o programa que a direita não tem a apresentar ao povo brasileiro.

Nosso papel, na internet, é informar, contestar o que deva ser contestado, publicar o que for escondido, não tem medo ou receio de expor a verdade.

Mas não são estes fatos - ou factóides - a razão de nenhum alvoroço. Os fatos já não importam à imprensa, o que importa é o uso político que possam ter, pouco se lhes dando se são ou não verdadeiros ou pontuais.
A razão que os move é a mudança de rumos do país.É isso o que não aceitam.

Por mais que seja importante, neste momento, esclarecer acontecimentos ou suposições de acontecimentos, mais importante é esclarecer a população dos interesses que os grupos de comunicação sustentam com eles. E não tem medo de dizer que a democracia, no Brasil, não pode conviver com a máfia de comunicação que, confessadamente, tenta substituir a legítima, mas desmoralizada, oposição política a este Governo.

É a retomada de uma história golpista que, meio século depois de 54 e de 64, se reedita, agora em papel e imagens coloridas.

O processo eleitoral, embora já pareça ter um resultado previsível, pode ter outro, imprevisto e positivo.
Se em matéria de desenvolvimento econômico, justiça social, salários, consumo, emprego, produção e soberania, o Brasil está se transformando e provando que é possível outro modelo - mais aberto, mais democrático, mais inclusivo - tornou-se evidente que é indispensável mudar, também, em matéria de comunicação e informação.

E esta batalha, ao contrário da eleitoral, não vai se encerrar a 3 de outubro. Prosseguirá e será dura, ao longo do próximo governo, o de Dilma.

Um combate se trava atento a cada golpe, mas uma batalha só se vence quando não se tira os olhos do horizonte.

*Reprodução de texto de Brizola Neto publicado em www.tijolaco.com

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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Folha.com abala a Tradicional Família Mineira


Moacir Japiassu (*)


Se saiu na Folha é claro que também pode sair aqui nesta coluna, lida por adultos inteligentes.
Refiro-me ao susto pelo qual passou o considerado Camilo Viana, diretor da sucursal da Folha de São Paulo em BH, homem sério e temente a Deus, que lia a Folha.com e descobriu o seguinte destaque na página de esportes, algo capaz de causar revolta no seio da Tradicional Família Mineira:

Espanha tem jogadora chamada Ana Buceta


Se no futebol masculino a Espanha é referência após a conquista da Copa do Mundo na África do Sul, no feminino a seleção se destaca apenas na categoria sub-19. E em razão de um nome em particular: Ana Buceta.

A meio-campista de 17 anos, considerada uma das grandes revelações de seu clube, El Olivo, disputou o último Campeonato Europeu de seleções sub-19, em junho. A Espanha foi eliminada ainda na primeira fase, após derrotas para França (1 a 0) e Holanda (2 a 0). Na vitória sobre a Macedônia (6 a 0), no entanto, Ana Buceta fez um gol.

Segundo a imprensa local, Ana Buceta tem propostas para se profissionalizar, mas, antes, quer terminar os estudos na Galícia, região onde mora. Ela já havia disputado o Campeonato Europeu sub-17 pela Espanha.

(Se ainda estiver no ar, confira aqui.)

Fonte: Portal Comunique-se

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

O passado e o presente da imprensa brasileira

A revista Época fez o que se espera da Globo, um dos pilares de sustentação da ditadura militar: resgatou a agenda da Guerra Fria e destacou na capa o “passado de Dilma”. O ovo da serpente permanece presente na sociedade brasileira. O que deveria ser tema de orgulho para uma sociedade democrática é apresentado por uma das principais revistas do país com ares de suspeita. Os editores de Época honram assim o passado autoritário e anti-democrático de sua empresa e nos mostram que ele está vivo e atuante. No RS, jornal Zero Hora aplaude suspensão de indenizações às vítimas da ditadura e fala do risco de instituir uma "bolsa anistia".
As empresas de comunicação têm o hábito de se apresentarem como porta-vozes do interesse público. Em que medida uma empresa privada, cujo objetivo central é o lucro, pode ser porta-voz do interesse público? Essas empresas participam ativamente da vida política, econômica e cultural do país, assumindo posições, fazendo escolhas, pretendendo dizer à população como ela deve ver o mundo. No caso do Brasil, a história recente de muitas dessas empresas é marcada pelo apoio a violações constitucionais, à deposição de governantes eleitos pelo voto e pela cumplicidade com crimes cometidos pela ditadura militar (cumplicidade ativa muitas vezes, como no caso do uso de veículos da ão Paulo durante a Operação Bandeirantes). Até hoje nenhuma dessas empresas julgou necessário justificar seu posicionamento durante a ditadura. Muitas delas sequer usam hoje a expressão “ditadura militar” ao se referir aquele triste período da história brasileira, preferindo falar em “regime de exceção”. Agem como se suas escolhas (de apoiar a ditadura) e os benefícios obtidos com elas fossem também expressões do “interesse público”.

Apoiar o golpe militar que derrubou o governo Jango foi uma expressão do interesse público? Ser cúmplice de uma ditadura que pisoteou a Constituição brasileira, torturou e matou é credencial para se apresentar como defensor da liberdade? O silêncio dessas empresas diante dessas perguntas já é uma resposta. O que é importante destacar é que a semente do autoritarismo, da perversidade e da violência prossegue ativa, conforme se viu neste final de semana (e se vê praticamente todos os dias).

A revista Época fez o que se espera da Globo, maior empresa midiática do país e um dos pilares de sustentação da ditadura militar: resgatou a agenda da Guerra Fria e destacou na capa o “passado de Dilma”. O ovo da serpente permanece presente na sociedade brasileira. O que deveria ser tema de orgulho para uma sociedade democrática é apresentado por uma das principais revistas do país como motivo de suspeita. Os editores de Época honram assim o passado autoritário e anti-democrático de sua empresa e nos mostram que ele está vivo e atuante.

Indenizações às vítimas da ditadura

De maneira similar, aqui no Rio Grande do Sul, o jornal Zero Hora publicou um editorial apoiando a decisão do TCU de questionar às indenizações que estão sendo pagas às vítimas de perseguição e maus tratos durante a ditadura, ou “regime de exceção”, como prefere a publicação. Trata-se, segundo a RBS, de defender um “princípio da razoabilidade”. “Ninguém tem direito a indenizações perdulárias ou a aposentadorias e pensões que extrapolam critérios de prudência, ponderação e equilíbrio”, diz o texto. Prudência, ponderação, equilíbrio e razoabilidade: foram esses os valores que levaram o jornal e sua empresa a cerrarem fileiras ao lado dos militares que rasgaram a Constituição brasileira? Quanto dinheiro os proprietários da RBS ganharam com esse apoio? Não seria razoável e ponderado defender que indenizassem a sociedade brasileira pelo desserviço que prestaram à democracia?

É cansativo, mas necessário relembrar. Sempre. Como a maioria da grande mídia brasileira, a empresa gaúcha apoiou o golpe que derrubou João Goulart. O jornal Zero Hora ocupou o lugar da Última Hora, fechado pelos militares por apoiar Jango. Esse foi o batismo de nascimento de ZH: a violência contra o Estado Democrático de Direito. Três dias depois da publicação do Ato Institucional n° 5 (13 de dezembro de 1968), ZH publicou matéria sobre o assunto afirmando que “o governo federal vem recebendo a solidariedade e o apoio dos diversos setores da vida nacional”. No dia 1° de setembro de 1969, o jornal publica um editorial intitulado “A preservação dos ideais”, exaltando a “autoridade e a irreversibilidade da Revolução”. A última frase editorial fala por si:

“Os interesses nacionais devem ser preservados a qualquer preço e acima de tudo”.

Interesses nacionais?

A expansão da empresa se consolidou em 1970, com a criação da RBS. A partir das boas relações estabelecidas com os governos da ditadura militar e da ação articulada com a Rede Globo, a RBS foi conseguindo novas concessões e diversificando seus negócios.

Como a revista Época, Zero Hora é fiel ao seu passado e exercita um de seus esportes favoritos: pisotear a memória do país e ofender a inteligência alheia. O editorial tenta ser ardiloso e defende, no início, as indenizações como decisão correta e justa. Mas logo os senões começam a desfilar: os exageros nas indenizações de Ziraldo, Lula, Jaguar e Carlos Lamarca, “outro caso aberrante segundo o procurador”. A pressão exercida por setores militares junto ao governo e ao Judiciário é convenientemente omitida pelo editorial que fala do “risco” de as indenizações se transformarem em algo como “uma bolsa-anistia”.

O presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão Pires Junior, divulgou uma esclarecedora nota a respeito da decisão do TCU e das pressões que vem sendo exercidas contra o processo das indenizações. A capa da revista Época e o editorial de Zero Hora mostram que as empresas responsáveis por essas publicações permanecem impregnadas do autoritarismo que alimentou seu nascimento e expansão. É triste ver jornalistas emprestando sua pena para inimigos da democracia e da liberdade. Pois é exatamente disso que se trata. Esse é o conteúdo que habita a caixa preta de boa parte da imprensa brasileira.

Fonte: Agência Carta Maior

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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Mensagem do Presidente Lula a todos os internautas brasileiros

Mensagem do Presidente Lula, dirigida a todos os internautas brasileiros

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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Eu Não Falei?

Por Nélio Azevedo

Há poucas semanas eu escrevi um texto sobre a vantagem da Dilma nas pesquisas e afirmei que uma das conseqüências disso seria o endurecimento dos ataques que o PSDB faria à candidata Dilma Russef.

É só uma repetição de outros fatos semelhantes que ocorreram em outras eleições passadas, vocês se lembram do seqüestro do Abílio Diniz? Como esse episódio foi explorado pela candidatura do Fernando Collor?

Essa história de que o PT tem ligações com as FARC é o exemplo da baixaria que sempre toma conta dos candidatos que lançam mãos de argumentos como estes para sair de situações desfavoráveis apontadas por pesquisas.

Geralmente o fazem por saber que não lhes acontecerá nada, passadas as eleições, ninguém se lembrará desses tristes episódios que povoam nossas eleições.

Infelizmente, não são somente os candidatos que abaixam o nível, alguns jornais e revistas usam todo tipo de coisa para enaltecer ou denegrir a imagem dos candidatos, alguns são da preferência dos periódicos, outros são persona non grata.

As coisas mais comuns que encontramos são fotografias coloridas de uns e em preto e branco de outros, o tamanho das fotos e a ordem de aparecimento delas nas páginas; as manchetes ou títulos das matérias, ora benéficas, ora maléficas.

Quando determinado candidato se encontra na frente nas pesquisas, se não for o candidato da preferência do editor, ele só falta dizer que o número maior vale menos do que os números menores, tamanho o descaramento dos artifícios que se usa para deturpar e desinformar ao leitor-eleitor.

 Não raro escutamos candidato atrás nas pesquisas afirmar que pesquisa não ganha eleição e que só acredita na pesquisa das urnas, pouco tempo depois, se ele melhora nas pesquisas, afirma categoricamente que as pesquisas apontam que estão no rumo certo, que a vitória lhe sorrirá.

Os nossos jornais e revistas deveriam ter um papel mais informativo perante a população, não essa mania de serem veículos de formação de opinião; sabem, com certeza, que o brasileiro tem preguiça de pensar e prefere pegar um prato mastigado de notícias e engolir sem questionar o que se lhes apresentam, tornando mais danosa a prática quando essa revista ou jornal representa o pensamento de uma determinada classe ou simplesmente a do dono do jornal.

Outra coisa que já está mais do que gasto é essa mania que alguns candidatos têm de repetir os passos de outros. Fulano de tal venceu a eleição porque comeu buchada de bode na feira de caruaru, seus seguidores todos repetem o ato numa repetição idiota, numa tentativa de ser popular e, os cafezinhos no Café Nice, o pedaço de abacaxi no Mercado Central, o almoço no Restaurante Popular e o cumprimento aos garis, serviçais de restaurantes, transeuntes e a beijação de crianças, uma prática que já está mais prá lá de ultrapassada; a população está querendo é outra coisa; está querendo é solução para os problemas de trânsito, de segurança, de falta de escolas, de trabalho e emprego, da falta de atendimento nos postos de saúde e outras coisas que fazem parte do dia-a-dia do brasileiro comum, que os nossos políticos não percebem ou já se esqueceram.

Vocês já repararam como menor de rua não dá mais votos? Não vejo ninguém se referir a esse problema, parece que não existem mais meninos de rua no Brasil.

Nessa semana a candidata Dilma aparece novamente na frente do Serra, podem esperar que irá chover baixaria na campanha, imaginem o que virá nos programas eleitorais; e, com a falta de dinheiro na campanha do Serra, (mais baixa 3,6 milhões) ele terá que sair para o ataque frontal e direto, expondo sua fraca defesa.

Eleitores, fiquem atentos aos programas, quando você vir um candidato que fala mais do seu adversário do que dele próprio, é porque não tem muito a dizer de si mesmo.   

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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Vi o Mundo: O flerte da Justiça Eleitoral com o golpe

Justiça eleitoral flerta com o golpe de Estado, alerta juiz de Direito

16/7/2010 14:45

do Correio do Brasil

A vice-procuradora-geral eleitoral Sandra Cureau flerta com um possível golpe de Estado ao cogitar a possibilidade da cassação dos direitos políticos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da candidatura de Dilma Rousseff (PT), na opinião do juiz Carlos Alberto Saraiva. Segundo afirmou o magistrado, “o país já se acostumou a ver membros das altas esferas do Poder Judiciário darem declarações públicas de viés partidário”.

Cureau disse, nesta sexta-feira, que requisitou as fitas da cerimônia de lançamento do edital do trem-bala para estudar a possibilidade de entrar com ação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por abuso de poder político e uso da máquina pública em favor da candidata do governo, Dilma Rousseff. A ação também pode ser feita contra a candidata petista. Sandra Cureau disse que, pelo que ela leu nos jornais, em tese, houve abuso de poder político e uso da máquina pública.

– Isso é absolutamente proibido – disse a jornalistas.

A ação a ser proposta por Sandra Coureau, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma vez acatada, resultaria na cassação da candidatura de Dilma Rousseff e o presidente Lula poderia ser punido com multa mesmo com a cassação de seus direitos políticos, em uma ação por abuso de poder político.

Durante a cerimônia oficial de lançamento do edital do trem-bala, que ligará São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro, o presidente Lula promoveu a candidata Dilma Rousseff, atribuindo a ela a responsabilidade pelo projeto.

– A verdade é a seguinte: eu não posso deixar de dizer, aqui, que nós devemos o sucesso disso tudo que a gente está comemorando aqui a uma mulher. Na verdade, nem poderia falar o nome dela porque tem um processo eleitoral, mas a história a gente também não pode esconder por causa de eleição – disse o presidente, na terça-feira, durante a solenidade no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória do governo.

Na sequência, Lula acrescentou que “a verdade é que a companheira Dilma Rousseff assumiu a responsabilidade de fazer esse Trem de Alta Velocidade (TAV), e foi ela quem cuidou, junto com a Miriam Belchior, junto com a Erenice (atual ministra da Casa Civil)”. Ele foi aplaudido pelo público presente.

Arroubos persecutórios

Na opinião do juiz Carlos Alberto Saraiva, aposentado pelo TJ/RJ, tendo como última atuação o V Juizado Especial Cível de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, no blog que edita, ele afirmou que “o país já se acostumou a ver membros das altas esferas do Poder Judiciário darem declarações públicas de viés partidário. Gilmar Mendes e Marco Aurélio de Mello são os dois maiores expoentes desse tipo de conduta. Todavia, se formos analisar o trabalho do Supremo Tribunal Federal, notar-se-á que os arroubos persecutórios desses juízes contra Lula e o PT nunca tiveram maiores conseqüências”.

Ainda segundo o magistrado, “há membros e membros do Poder Judiciário. Tanto o Supremo Tribunal Federal quanto o Tribunal Superior Eleitoral são colegiados. O fato de abrigarem membros espalhafatosos e dispostos a gerar fatos políticos do interesse dos seus benfeitores – como no caso de Gilmar Mendes, que se tornou juiz da Suprema Corte graças a FHC – não significa que tenham força para levar aquele colegiado às decisões que gostariam”.

“O silêncio da geração de juízes do STF – e que integram o TSE – nomeados por Lula mostra que não se prestam a fazer serviços políticos. Prova disso está nas recusas e nas concordâncias da Justiça Eleitoral com as representações dos tucanos contra Lula e Dilma Rousseff. Apesar da judicialização do processo eleitoral desencadeada pela campanha de José Serra, o Tribunal Eleitoral tem mostrado que a força dos conservadores na Justiça já não é mais aquela”, acrescentou.

De acordo com Carlos Saraiva, “há um misto de desespero, devaneio e pseudo estratégia política nas ameaças da direita de melar o processo eleitoral impedindo Dilma de disputar uma eleição que as pesquisas já mostram – mesmo que não sejam mostradas – que pode ser definida no primeiro turno a favor da candidata petista. Além disso, Serra fez coisa igual ou pior do que essa de que acusam Lula enquanto sonham com uma vitória eleitoral no tapetão. Fez pior porque Lula fez num evento qualquer como o do trem-bala e Serra, fez na TV, no horário eleitoral de seu partido na Bahia, o que fez o TSE multá-lo na terça-feira passada por ‘propaganda antecipada’. A mídia, aliás, não divulgou. Enquanto noticiava as multas de Lula e Dilma sem parar, escondia a multa de Serra”.

O juiz alerta que “desta maneira, a Justiça Eleitoral teria que cometer a enormidade de tratar Dilma e Serra de formas diferentes, pois se cassar um terá que cassar o outro, de forma que as declarações da vice-procuradora-geral eleitoral Sandra Cureau aludindo a pedido de cassação da candidatura da petista, não acredito nada, nada que seriam acolhidas pelo plenário do TSE”.

“Em vez de me preocupar com os devaneios golpistas e com a disposição de membros do Judiciário para aparecerem mais do que a jabulani na Copa ou para criarem fatos políticos para o consórcio demo-tucano, prefiro ver o lado bom desse caso das ameaças de impugnarem a candidatura de Dilma. O flerte com o golpe judiciário confirma notícias como a veiculada pelo colunista da Folha de São Paulo Fernando Rodrigues, de que em pesquisa nacional com três mil pessoas que o PT teria encomendado a petista teria 43% das intenções de voto e Serra, 36%. Pode ser isso, pode ser mais, mas a notícia também combina com uma certa euforia que está se vendo no PT e com o crescente mau-humor que o tucano vem expondo publicamente”, disse o juiz.

Elogios de Goldman

Na esteira dos comentários elogiosos à Dilma Rousseff, o governador de São Paulo, Alberto Goldman, também resolveu promover o seu candidato à Presidência da República, José Serra, durante eventos oficiais do Estado. Goldman não apenas enalteceu a administração Serra, mas deixou clara sua preferência pela candidatura tucana.

– Só espero que a gente possa, a partir de 1º de janeiro, fazer esse Ambulatório Médico de Especialidades, que é um projeto do Serra, em todo o Brasil. É isso o que nós queremos, e sabemos a capacidade que o Serra tem de construir – afirmou, em seu discursou, durante inauguração no dia 19 de junho, uma semana após a oficialização da candidatura Serra.

A assessoria do governador achou por bem não divulgar a íntegra dos discursos feitos no dia 19.

Fonte: Blog Vi o Mundo / Luiz Carlos Azenha

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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Vaticano cria regras mais rígidas contra a pedofilia

Após vários escândalos mundiais, Vaticano quer acabar com a pedofilia

A Igreja Católica irá estabelecer normas mais rígidas no combate à pedofilia. O anúncio foi feito nesta quinta-feira,15, pelo Vaticano. Serão introduzindo procedimentos mais imediatos para os casos de mais urgência e aumentará de 10 para 20 anos após a maioridade da vítima para que a denúncia prescreva. Para agilizar o julgamento de casos, leigos poderão ser designados para integrar tribunais eclesiásticos. Frederico Lombardi, porta-voz do Vaticano, apresentou as novas regras à imprensa.

Outra mudança foi a equiparação da pedofilia aos abusos contra pessoas com problemas mentais. A partir de agora, regras iguais passam a valer para ambos.

As novas normas aparecem depois de uma série de escândalos de abusos sexuais envolvendo o clero no mundo inteiro. Nada foi falado porém sobre a obrigatoriedade de as autoridades eclesiásticas locais entregarem às autoridades civis os acusados de abuso. Essa é a principal demanda por parte de grupos protetores de vítimas de pedofilia.

Fonte: A Semana Agora

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sábado, 10 de julho de 2010

Desabafo de Sócrates: Falta de educação de alguns me preocupa imensamente


Por Sócrates (artigo publicado originalmente no site do Terra)

Amanhã termina a Copa do Mundo da África do Sul e também a minha participação aqui neste espaço. Uma experiência diferente e única. Jamais imaginei que o grau de ignorância de alguns que por aqui passaram para se manifestar fosse tão grande. Que a falta de educação se expressasse de maneira tão explícita e isso me preocupa imensamente.

Nós - muitos brasileiros compromissados com a evolução da nossa nação e melhoria das condições em que boa parte da nossa população vive - não nos colocamos em busca de qualquer tipo de retorno pessoal, e sim por um ideal que se baseia em princípios e valores. Para que o que sonhamos ocorra é necessário que a população brasileira evolua e para tanto a educação é ferramenta básica.

Quando percebemos que mesmo aqueles que tiveram acesso a uma determinada formação - por mais deficiente que possa ser - se colocarem por opção pessoal em uma posição inferior a de qualquer outro animal irracional é hora de repensarmos o que estamos fazendo com o cérebro destes nossos conterrâneos. Se é que podemos chamar de cérebro o órgão que produz tanta insanidade.

Sinceramente, tenho dó dos pais destes indivíduos. Doeria-me de morte saber que um filho meu se disporia a gastar seu tempo para piar, relinchar, grunhir, latir ou seja lá o nome que poderíamos dar a esta linguagem e, pior, a tornasse pública em vez de ter um livro nas mãos.

Muitos me falam que eles se escondem atrás de falsas assinaturas, porém, não têm como fugir de suas consciências que mal ou bem existem e causam choques no ID sempre que são agredidas por seus portadores.

De qualquer forma amanhã estaremos aqui para exaltar o novo campeão mundial que, como todos sabem, sairá de um povo muito mais educado que estes visitantes tão “especiais”.

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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Governo lança padrão brasileiro de redação para a web

O Ministério do Planejamento (Governo Eletrônico) lançou a Cartilha de Redação Web, com o padrão brasileiro de redação para web. O material foi elaborado pelo jornalista Bruno Rodrigues, que trabalhou por um ano e meio no projeto. A cartilha está disponível aos internautas e pode ser baixada gratuitamente.

O livro aborda várias questões de texto na internet, como uso de títulos, links, redes sociais, recursos multimídia, usabilidade, entre outros.

Rodrigues explica que a cartilha não determina regras, mas faz sugestões. “Não é um padrão, mas é um norte para orientar quem não entende de redação online”, afirma.

O material foi avaliado pelo Governo Eletrônico, passou por uma consulta pública de 30 dias e recebeu sugestões da sociedade. “Não foi algo que o governo definiu e pronto. Eles colocaram no site e ficou aberto para sugestões. Recebemos muitas ideias de órgãos públicos e de cidadãos comuns”.

A cartilha deve ser adotada pelas instituições públicas brasileiras. O jornalista irá apresentar o material a 260 órgãos do governo em uma reunião em Brasília.

Fonte: Portal Comunique-se

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domingo, 4 de julho de 2010

O BRASIL NA COPA – DUNGA E A MÍDIA

Laerte Braga

O que levou a seleção brasileira a transformar um belo primeiro tempo contra a Holanda numa tragédia futebolística no segundo tempo e ser eliminada, terá sido apenas a gota d’água de um processo que começou na briga do técnico Dunga com a REDE GLOBO e seus privilégios em relação ao restante da imprensa esportiva.

Dunga saiu do Brasil já agastado com as críticas a não convocação de Ronaldinho Gaúcho, de Paulo Henrique Ganso e um ou outro atleta, como as críticas feitas à chamada do goleiro Doni, reserva na Roma.

É preciso peito para peitar a GLOBO e Dunga teve. Não precisava ter estendido a trombada que deu na rede a toda a crônica esportiva, a todo o jornalismo esportivo. Sabia que ao proibir a entrada de Fátima Bernardes na concentração estava colocando sua cabeça na guilhotina e que naquele momento Ricardo Teixeira não iria demiti-lo. Teixeira é tudo menos burro.

Existem episódios, no entanto, que precisam ser vistos para que se possa ter um todo do processo.

Há uma disputa entre a GLOBO e a RECORDE pelos direitos de transmissão com exclusividade da Copa do Mundo. Vem de longe e recentemente a RECORDE conseguiu desbancar a GLOBO das Olimpíadas.

Nem RECORDE e nem GLOBO são flor que se cheire, pelo contrário, exalam odor podre de corrupção. São organizações cancerosas na mídia brasileira, agem em função de interesses que não têm nada a ver com os propósitos e objetivos da comunicação numa sociedade democrática.

Os Marinhos são bandidos tanto quanto Edir Macedo.

A forma encontrada pela RECORDE para infernizar a vida da GLOBO na Copa foi a presença de jogadores e do assistente técnico Jorginho evangélicos. Ao futebol acrescentaram a “religião” como instrumento para tentar desbancar a concorrente.

Se Fátima Bernardes não tinha acesso à concentração, um tal pastor Anselmo era figura carimbada no reduto dos brasileiros e sua tarefa, além de “invocar a proteção divina”, era “sensibilizar” jogadores não evangélicos para a “salvação”. Com direito a cachê.

Com isso e para isso contou com atletas como Robinho, Cacá, o assistente técnico Jorginho, a mulher de Cacá do lado de fora convocando multidões a rezar pelo jogador numa exploração barata e comercial da fé, enfim, acrescentando ao futebol um ingrediente que nada tem a ver com futebol.

A primeira reclamação veio antes do primeiro jogo do Brasil. Houve jogadores que foram se queixar a Dunga do assédio do pastor Anselmo e de jogadores outros evangélicos.

Organizações neopentecostais tentaram de todas as formas possíveis mudar a determinação da FIFA que proíbe exibição de símbolos ou frase religiosos em comemorações de gols. De qualquer profissão de fé, exatamente para impedir uma outra forma de racismo, digamos assim, o racismo religioso.

O fundamentalismo religioso, no caso, com um ingrediente a mais, a corrupção neopentecostal da imensa e esmagadora maioria de pastores e seitas bandidas.

No sábado a mulher de Cacá, pastora, estava num show de uma cantora e depois esticou até a quadra da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro.

Direito legítimo dela, desde que a condenação a essa forma pagã de vida, como dizem, valha inclusive para pastores e pastoras.

E se pensarmos bem, deixa de ser fundamentalismo religioso e passa a ser vigarice.

O xis da questão não esta só em enfrentar o poder e o monopólio da GLOBO, ou achar que a RECORDE superando a GLOBO vá modificar alguma coisa. São farinha do mesmo saco, quadrilhas em briga e disputa por um mercado de prestação de serviços a grupos políticos, econômicos internacionais de olho no Brasil.

Se a GLOBO anestesia com o JORNAL NACIONAL, novelas, BBB, a RECORDE o faz com “cultos” montados em efeitos especiais vergonhosos de vigarice explícita naquele negócio de quem dá mais por uma casa no céu e a vida eterna repleta de glórias.

O que é necessário e redesenhar o modelo de comunicação no País, falo de televisão.

Por trás de toda essa disputa Dunga acaba sendo uma vítima com consciência do papel a que se presta, até pela natureza do seu temperamento, por falta de consciência da luta que se trava entre gigantes podres da comunicação.

Peitou a GLOBO, tudo bem. Louvável. Mas permitir-se ser usado numa guerra entre GLOBO e RECORDE, mero instrumento de notórios bandidos, acabou por transformar a pretensa independência em triste papel de laranja de meia dúzia de espertalhões.

Fé não se discute, é questão de consciência e direito legítimo de cada um. Mas o uso da fé como instrumento de alienação, de trapaças, de corrupção plena, isso é outra coisa, do contrário Bento XVI não seria tão pilantra como Edir Macedo, ou qualquer membro da família Marinho, ou prepostos como William Bonner, pois variam apenas no fato de um entender o que significado de garfo e faca, outro não e vai por aí afora.

Continua tendo razão Marx quando afirma que “a religião é ópio do povo”, não a fé, mas a religião. Se presta a que sionistas achem que são superiores por decisão divina. A golpes e vigarices de Edir Macedo e as várias seitas como a que Cacá pertence a iludir (entre eles o próprio Cacá), milhões de pessoas, transforma-se em instrumento de dominação ao contrário do que afirmam, de libertação.

Como dizia Glauber Rocha, é preciso entender que “somos o País da macumba” e isso tem um significado sem tamanho. Ou somos o que de fato e historicamente somos, ou seremos apenas gado nas mãos dessa gente. Somos maiores que essas limitações religiosas absurdas e bandidas no caso das seitas neopentecostais (a maioria, toda regra tem exceção, mas aí é mínima, mínima da mínima).

Gente padrão pastor Anselmo, tem um monte deles aí vendendo salvação. A GLOBO também, uma forma de salvação diversa, pois o “deus” dela é o Mercado, a sede é em Washington. Macedo, como qualquer bandido de segunda categoria preferiu Miami. É onde estão as máfias cubanas, as dos refugiados.

Dunga se enrolou nessa e sua coragem de peitar a GLOBO acabou se transformando-o em laranja da concorrente da GLOBO.

São quadrilhas, são iguais.

Na copa de 2014, a persistir esse tipo de briga, sugiro meio Maracanã para neopentecostais e meio Maracanã para carismáticos. O futebol fica de fora .Besteira, para que?

E vão dizer que a culpa é do Irã, ou da Venezuela.

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