ADESTRAR A “MERCADORIA”
Por Laerte Braga
A escritora norte-americana Amy Sutherland descobriu um método considerado infalível para “adestrar maridos”. Basta usar as mesmas técnicas que treinadores de cães usam com esses animais. A cara metade de início define a raça do marido/cão e em seguida começa os exercícios de adestramento.
Os Estados Unidos são uma sociedade doente e irrecuperável. O cidadão médio norte-americano chegou ao estado máximo de alienação e boa parte já ultrapassou os limites da imbecilidade, muitos chegaram a um ponto de primitivismo tal, que ficar à porta da escola, ou do escritório, praticar tiro ao alvo em colegas é corriqueiro.
Fazem isso historicamente. Começaram adestrando mexicanos e anexando o Texas, a Califórnia e outros pedacitos, mas estenderam esses exercícios à América Central e hoje pontificam em todos os cantos do mundo, com tecnologia de ponta e predadora. Organizações internacionais revelaram ontem, que os níveis de contaminação no Iraque são altos e isso se deve ao uso de balas de urânio empobrecido e agentes químicos semelhantes ao agente laranja (o que a MONSANTO usa no cultivo de transgênicos, o que você come todos os dias).
Os resultados, segundo a escritora, “foram fantásticos”. Em pouco tempo é possível treinar o marido/cão a pegar os jornais à porta de casa e colocar os chinelos aos pés da cama sem roê-los.
Uma das técnicas consiste em oferecer brindes. São comuns também a domadores de cavalos e feras. Fez direitinho, leva um torrão de açúcar e um afago.
Já outro conselheiro, ou conselheira, ou conselho de conselheiros, ensina como a mulher deve se recolocar no “mercado”, ao término de um relacionamento. Um breve período de luto, algumas cautelas para evitar gravidez no início de um novo caso e toda a produção do mundo, para estar dentro das tendências da moda, das tendências do modo de ser e disposta a aceitar as regras. Segundo o parecer de eminentes especialistas no assunto, o período de “entressafra” é assim mesmo. Todo cuidado é pouco e observadas algumas regras básicas, logo você estará embrulhada para presente e esticada numa cama qualquer, pronta a ir para vitrine sem medo de ser olhada como alguém incapaz de estar no “mercado”.
Feito isso coloque no vidro traseiro do carro um adesivo, “eu venci”.
Generais norte-americanos, bispos, arcebispos, cardeais e agora o papa, têm mania de pedir desculpas por erros cometidos. Assim do tipo matei por engano. Era para acertar Maria e acertei José.
Tudo em nome da democracia cristã e ocidental, que a GLOBO aqui traduz em “liberdade de expressão”. Uma das técnicas usadas para adestrar telespectadores e transformá-los em dóceis animaizinhos prontos a obedecer tudo o que o mestre mandar.
É o mestre manda tudo.
A OMC (Organização Mundial do Comércio) é uma invenção dos Estados Unidos para melhor adestrar os países do resto do mundo. Funciona mais ou menos como um estádio com cadeiras numeradas para alguns, numeradas especiais para outros, arquibancadas para um tanto e geral para países como Afeganistão, Iraque e que tais, alvos preferidos dos norte-americanos. Você compra toda a porcaria que por lá é produzida e entrega seu petróleo, seus minerais estratégicos, o controle do seu território (sua casa) e pelas manhãs leva os jornais ao senhor, além evidente de colocar os chinelos macios e limpos para que os pés brancos e arianos possam de deslocar até a mesa do café.
Lá vão estar os acepipes indispensáveis ao povo campeão de obesidade e a ração aos povos campeões de jejum e privações outras. Dependendo da manhã um latido um pouco mais alto pode significar um safanão em forma de míssil, se o humor de Obama estiver num bom dia, num senta aí, come e não me atrapalha que tenho que pensar como liquidar com o Irã.
Os Estados Unidos foram pegos de surpresa com a decisão da OMC de autorizar o Brasil a retaliar produtos norte-americanos em algo em torno de meio bilhão de dólares, por conta de abusos que absolutamente não conseguiram encobrir, visíveis demais e que se jogados para baixo do tapete podem trazer prejuízos maiores mais à frente.
É que, na verdade, malgrado todo o esforço das agências norte-americanas de mídia/comunicação que operam no Brasil e em países vários, alguns dos “cãezinhos” ainda resistem àquela ração diária de segunda categoria, sempre a mesma, pela manhã, à tarde e a noite.
E nem mesmo cardeais apoiando golpes militares em Honduras, como na Venezuela em 2002 conseguem silenciar determinados “animaizinhos” que tentam manter seus narizes empinados e caminhar por suas próprias pernas.
Nem todo governo tem cãezinhos chamados Lampreia, ou Celso Láfer. E nem todo presidente da República se chama Alan Garcia, Álvaro Uribe, ou Sebastián Piñera.
Os adestradores norte-americanos quando falha por exemplo um William Bonner, ou uma Miriam Leitão (pitbull convertida em treinadora), costumam usar especialistas chamados “mariners”. O nível de um mariner é mais ou menos semelhante ao de uma ameba (na verdade e pior) e o cãozinho induzido a entre outras coisas, aceitar resignado que é necessário voltar a andar de quatro e no caso do Brasil, para isso, eleger José Collor Arruda Serra, o do ”vote num careca e leve dois”. O outro careca já está preso.
Se necessário chicote for, o dublê de falso intelectual e me dá o meu aí Arnaldo Jabor, cai em dilema atroz sobre “o que fazer com essa velha esquerda”, no afã de ouvir os gritos dos gorilas (que nada têm a ver com os verdadeiros gorilas, apenas uma espécie que se veste de verde oliva e tem convulsões orgásticas quando ouve a expressão patriotismo, ou o ordinário marche, no sentido de ordinário mesmo) sob a batuta de um general qualquer dos EUA.
Aí exercem seu papel preferido. Pegam os jornais e chinelos dos donos, entregam um país inteiro e enchem as prisões de quem ousar desrespeitar a ordem unida, democrática, cristã e ocidental, transformando-as em câmaras de treinamento através de técnicas como pau de arara, choques, estupros, assassinatos e desova de cadáveres com a colaboração da FOLHA DE SÃO PAULO (entra com os caminhões) e no fim de tudo a culpa é do piloto. VEJA garante. VEJA usa o esquema de Pavlov. À hora que o indigitado sai para comer a ração toma um choque e vai assim até aprender que é preciso ser obediente.
Pronto. A escritora Amy Sutherland não descobriu técnica alguma para amestrar ou domesticar maridos, apenas adaptou o processo maior, o big stick que seu país usa para dominar no velho conceito político “a América para os americanos”.
O governador da fazenda ARACRUZ/SAMARCO/CST, antigo estado do Espírito Santo, foi convocado a comparecer às Nações Unidas para explicar o estado de barbárie e boçalidade do sistema carcerário no latifúndio a que me refiro. Muitos presos/cães são mantidos acorrentados em corredores, ou em containers chamados de “microondas” tal o calor ali.
Segundo Paulo Hartung, corrupto in totum, pleno, absoluto, indivíduo de má catadura como se dizia e sem escrúpulo algum, não há nada de errado em seu “governo” e todo o esforço está sendo feito para humanizar o tratamento dado a humanos/cãezinhos infratores da lei.
Repetiu ipsis literis o que norte-americanos falam sobre os campos de concentração que montaram em Guantánamo, no Iraque, no Afeganistão e nos navios prisões criados no governo de George Bush que Obama faz de conta que não existem, pois não apita nada mesmo, é pau mandado.
A culpa de tudo isso, neste momento, é do governo de Cuba que mantém um criminoso preso em sua própria residência, amparado e assistido de todas as formas possíveis, porque decidiu entrar em greve de fome (direito líquido e certo seu, tanto quanto responsabilidade sua).
Transfere-se todo o comportamento bárbaro, imbecil, brutal, dos donos do mundo, em maior ou menor escala para uma nação que sobrevive há mais de 50 anos a um bloqueio imundo e vergonhoso imposto pelo adestrador maior.
E pela simples razão que entendeu que é dona de seu nariz.
Há muitas formas de caminhar. Nossas elites rastejam diante do capital estrangeiro, das maravilhas do capitalismo, lambem botas e caem de quadro, mas são pródigas em fustigar os “cãezinhos” trabalhadores com chicotes tal e qual a concepção de um primata que ocupa uma cadeira no Senado, o tal Demóstenes Torres.
Para ele, os africanos foram os culpados pela escravidão, pois exportar negros era um “item da economia africana”.
Não sei se Demóstenes é vacinado, não deve ser, nem ele e nem Kátia Abreu, mas devem ser e com urgência, antes que contaminem o Brasil com o vírus José Collor Arruda Serra. Dá uma baita dor de barriga, fome, traz de volta toda aquela noite sombria e desesperadora de seu guru, o ex-presidente FHC.
Fora isso estenda-se ao sol, imagine-se integrante das elites e não se esqueça dos chinelos e dos jornais do banqueiro nosso de cada dia.
E acima de tudo esteja pronto/a para reinserir-se no “mercado” se for o caso.
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