domingo, 30 de janeiro de 2011

Caia fora Dilma - Chega de cair de quatro

Por Laerte Braga

Se o teor da carta divulgado pela mídia privada que a presidente Dilma Roussef enviou ao presidente italiano Giorgio Napolitano estiver correto, Lula e os eleitores de Dilma Roussef teremos sido vítimas do maior conta do vigário da história do Brasil, só comparável à renúncia de Jânio Quadros e ao curto período de Collor Globo de Mello.

A revista CARAS, em retribuição a serviços prestados, gastou quatro páginas com a mulher do embaixador da Itália no Brasil, aquele que freqüenta o gabinete do Gilmar Mendes pela porta dos fundos, para revelar que a dita cuja se considera mais brasileira que italiana.

Ela e o marido devem ter sido nomeados por serviços prestados ao governo Berlusconi.

Ao afirmar que a decisão depende do STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – a
presidente está abrindo mão do seu direito constitucional de decidir ou não sobre a matéria, confirmado pelo próprio STF decisão anterior. A palavra final cabe ao presidente da República.

E o ex-presidente Lula já a tomou.

Dilma Roussef deve pegar a faixa e entregar a Cesar Peluso, ministro presidente do STF. Deve ir para casa. Mentiu e ludibriou milhões de brasileiros e ao próprio Lula que a fez candidata e presidente (faria um poste, logo Dilma e um zero à esquerda é a mesma coisa).

Confirmada a submissão da presidência da República ao STF e ao governo da colônia norte-americana que alguns insistem em chamar de Itália – o paraíso dos pedófilos sob a batuta de Sílvio Berlusconi – Dilma não tem o que fazer no governo do Brasil.

O fato divulgado pela mídia privada – venal, como qualquer William Waack da vida – que o Parlamento Europeu aprovou uma resolução pedindo ao Brasil para reconsiderar o caso não levou em conta que 11% dos deputados compareceram a tal reunião e dentre eles todos os deputados italianos.

Os demais, 89%, decidiram não se pronunciar sobre o assunto.

Berlusconi e seus sicários (são escolhidos a dedo entre os cafetões italianos, até porque tem que ter perfil para sair em CARAS), querem Battisti cumprindo pena na antiga república dos césares (base militar norte-americana hoje e área de pedofilia a partir do primeiro-ministro) em golpe eleitoral, mentindo sobre o processo, o julgamento, todo o curso dessa história lastimável, na qual só falta à presidente do Brasil, ex-presa política, cair de quatro.

Já tem caído em tantos outros pontos que não será surpresa se cair neste também.

Toda aquela conversa de Brasil potência construída por Celso Amorim, Samuel Pinheiro Guimarães, vai por água abaixo. Mas também, com Moreira Franco, Antônio Patriota, esperar o que?

Dilma, sendo real o teor da carta, é um caso de estelionato eleitoral.

O cinismo elevado ao máximo, ao seu ponto culminante.

Como já foi notado por Alípio Freire, esse é um governo de técnicos e técnicos não têm nem compromisso com o Brasil, nem com ninguém. E tampouco consideram o ser humano como tal. Somos números, detalhes.

Num país que um senador – Heráclito Fortes (DEM) é informante da embaixada dos EUA, nada é surpreendente (fato revelado pelos documentos do WIKILEAKS).

Num governo que Moreira Franco põe as garras num Ministério de suma importância, nenhum cofre está seguro, nenhum sistema de segurança garante contra assaltos.

E se a presidente se mostra vacilante, capaz de ceder à chantagem do STF (CESAR PELUSO e GILMAR MENDES), é bobagem imaginar quer a coisa vá se resolver – os anseios do trabalhador brasileiro – pela via do chamado institucional.

Breve a revogação da lei áurea a julgar pelas políticas e mudanças anunciadas por Dilma.

O menos pior (Dilma em relação a Serra) está se mostrando igual.

Ou assume o governo e mostra que a fama de brava é algo mais que fama, ou só brabeza diante de subordinados e subserviência diante de superiores. Ou sai fora.

E está claro que Cesar Peluso e Gilmar Mendes mandam e desmandam, mesmo que isso signifique rasgar a Constituição.

Battisti refugiado, direito assegurado por Lula, é uma decisão correta, humana, faz jus ao Brasil e aos brasileiros.

Se Berlusconi não gosta, paciência. Faça uma festa num dos seus palácios e convide os ministros Peluso e Gilmar Mendes.

Mas a presidente cair de quatro!

É pura traição. É característica de cinismo o mais deslavado.

Pelo jeito, breve, Dilma em CARAS, mostrando seu quarto no Palácio do Alvorada, seus berlequins preferidos, etc, etc.

Oh! Se continuar baixando a audiência do BBB 11 sugiro Boninho chamar a presidente para uma incursão na casa. Na Colômbia fizeram isso, levaram a versão colombiana da “zona em sua casa” o traficante/presidente Álvaro Uribe para participar dos folguedos.

E olha que zona é lugar de respeito. BBB é outra coisa.

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sábado, 29 de janeiro de 2011

Azenha: Saudade do Celso Amorim

por Luiz Carlos Azenha

Eu estou absolutamente convencido de que Dilma Rousseff fará um governo competente e que Antonio Patriota, o ministro das Relações Exteriores que ela escolheu, nos surpreenderá com ideias brilhantes.

Permitam-me, no entanto, declarar que sinto saudade de Celso Amorim.

Sinto saudade de Celso Amorim porque o ex-chanceler brasileiro era capaz de pensar fora do quadrado (out of the box), ou seja, pensar fora da rigidez ideológica que geralmente acompanha os funcionários partidarizados de um governo. Só quem pensa fora do quadrado é capaz de encontrar soluções verdadeiramente inovadoras para velhos problemas. Neste sentido, Celso Amorim era o chanceler perfeito para liderar uma burocracia estatal competente, conhecida pela consistência, como é o Itamaraty.

Assistimos, nas últimas horas, ao desabar do grande pilar da política externa dos Estados Unidos no Oriente Médio: regimes repressivos pró-ocidentais articulados com a prioridade absoluta de Washington nos últimos 50 anos (?), o de garantir a segurança de Israel. Permaneça ou não no poder, no curto prazo Hosni Mubarak será obrigado a fazer concessões impensáveis para um cliente fiel da política externa dos Estados Unidos. Concessões que vão fraturar a ideia de que é possível calar a “rua árabe” às custas de alguns bilhões de dólares em ajuda anual. Estes acontecimentos são de uma enormidade equivalente à queda do muro de Berlim…

Washington já não manda mais no Oriente Médio como sempre mandou. O desgaste de Mubarak não tem relação apenas com o fracasso econômico de seu regime, mas também com o fato de que ele se distanciou da solidariedade árabe ao sofrimento dos palestinos nos territórios ocupados por Israel. Mubarak se vendeu por alguns tostões e, em certa medida, é isso o que os egípcios estão dizendo nas ruas.

A competência de Celso Amorim, em certa medida, repousava na capacidade de reconhecer com rapidez as mudanças no cenário internacional e se adaptar a elas. Amorim reconheceu, por exemplo, muito antes que seus pares, o papel central da Turquia como elo de ligação entre os interesses do Ocidente — a Turquia integra a OTAN — e os do Oriente Médio. Amorim reconheceu o papel central que o Irã jogará no futuro da Ásia central, que independe da opinião de Washington a respeito do regime iraniano.

Um tempo de mudanças extraordinárias, como o que estamos experimentando, pede ousadia.
Seria realmente trágico se Dilma Rousseff recuasse na política externa criativa e ousada de Celso Amorim, aceitando pura e simplesmente uma papel subordinado do Itamaraty à política externa seletiva de “Direitos Humanos” de Washington.

Aliás, para quem condenou claramente o Irã, em entrevista ao Washington Post, será que Dilma não está nos devendo uma declaração sobre o Egito?

Fonte: Viomundo / Luiz Carlos Azenha

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sábado, 22 de janeiro de 2011

Eduardo Guimarães: Muito Além do Cidadão Kane


Veraz, minucioso, aterrorizante mesmo. “Beyond Citizen Kane” ou “Muito Além do Cidadão Kane” – em tradução livre - é um documentário britânico dirigido por Simon Hartog e exibido em 1993 pela emissora pública do Reino Unido, a BBC de Londres.

O documentário mostra as relações entre a mídia e o poder do Brasil, focando na análise da figura de Roberto Marinho, fundador da Globo. Embora o documentário tenha sido censurado pela justiça, em 2009 a Rede Record comprou os direitos de transmissão exclusiva, por 20 mil dólares, do produtor John Ellis.

A primeira exibição pública do filme no Brasil ocorreria no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), em março de 1994. Um dia antes da estreia, a Polícia Militar recebeu uma ordem judicial para apreender cartazes e a cópia do filme, ameaçando, em caso de desobediência, multar a administração do MAM-RJ. O secretário de cultura acabou sendo despedido três dias depois.

Durante os anos 1990, o filme foi mostrado em universidades e eventos sem anúncio público de partidos políticos. Em 1995, a Globo entrou com um pedido na Justiça para tentar apreender as cópias disponíveis nos arquivos da Universidade de São Paulo (USP), mas o pedido foi negado. O filme teve acesso restrito a grupos universitários e só se tornou amplamente visto a partir do ano 2000, graças à popularização da internet.

No post anterior, coloquei o link para o vídeo, mas percebi que vários leitores não perceberam que poderiam assisti-lo simplesmente clicando nesse link, de maneira que, devido à importância desse documento histórico que é Beyond Citizen Kane, reproduzo, abaixo, essa obra perturbadora que fala tanto sobre este país.

Não deixe de assistir.
http://video.google.com/videoplay?docid=-570340003958234038&hl=pt-br#

Fonte: Blog Cidadania.com

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Natalia Viana: Missão 2011: prender todos os informantes do mundo

O banqueiro suiço Rudolf Elmer, que entregou nesta semana um CD com dados de sobre as contas de cerca de 2 mil clientes do banco suíço Julius Baer nas Ilhas Cayman ao WikiLeaks, foi preso na noite de ontem em Zurique.

Elmer tinha acabado de ser julgado pela justiça suíça por ter quebrado o sigilo bancário ao entregar para o WikiLeaks dados anteriores a este lote.

Ele jpa havia entregado documentos para o WikiLeaks, em 2008.  A Corte Regional de Zurique, multou o ex-banqueiro Rudolf Elmer em mais de 6 mil francos suíços (R$ 10,4 mil), mas não o sentenciou à prisão.

Agora, a polícia e o Ministério Público de  Zurique dizem que o prenderam para investigar se ele quebrou alguma lei nacional sobre os bancos ao entregar o último CD a Assange. Elmer afirma que quer tornar os dados públicos para expor casos de evasão fiscal.

Além dele, outro possível informante, ou “whistleblower” que teria prodcurado o WikiLeaks está preso. O analista de inteligência Bradley Manning, acusado de ter vazado os dados dos telegramas das embaixadas, está preso nos EUA desde junho do ano passado.

A informação é do Guardian.

Fonte: Blog da Natalia Viana

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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

JORNAL NACIONAL: DILMA LAUGHS!

O Jornal Nacional de sexta, dia 14 de janeiro, lá pelas 21 horas, cometeu uma manipulação grosseira. Eu não vi porque mal vejo TV, mas li reclamações aqui e ali (nenhum post em blog), e minha mãe veio me falar disso ontem. Parece que foi assim: o JN dedicou a maior parte de sua duração à tragédia causada pelas chuvas e aos delizamentos de terra no Rio. Foram longos minutos com muito choro, inclusive com muito sensasionalismo, com repórteres fazendo aquelas perguntas pertinentes de sempre: “Como você se sente ao ver sua família inteira morta?”. Um desespero só. Aí, no meio do nada, o JN corta pra falar de uma reunião ministerial de Dilma para aumentar o salário mínimo e para liberar dinheiro para as prefeituras atingidas pelas enchentes (veja aqui). No momento em que a narração em off da repórter começa a dizer “O problema com as enchentes ocupou boa parte da reunião ministerial”, a imagem que ocupa a tela passa a ser a presidenta gargalhando. Como se ela estivesse, obviamente, rindo da tragédia. Como se alguém pudesse rir de uma tragédia dessas.

Pra quem acredita na velha ladainha da neutralidade dos telejornais, este exemplo (e é apenas um exemplo entre tantos outros) deveria servir pra mostrar que tudo é manipulação. A escolha dessa imagem, no meio de uma reportagem cheia de choro, contrasta com a cara de velório do apresentador e da repórter, e de tudo que veio antes e que virá a seguir no telejornal. E ela não está lá à toa. Ela quer passar uma mensagem: a de que Dilma é uma insensível, capaz de rir de 600 mortos. E também a de que um governo, de que o Estado, não faz nada além de rir da miséria alheia, enquanto a iniciativa privada é que realmente se preocupa com o povo, com suas campanhas de caridade à la Criança Esperança.

Uma imagem dessas (risos no meio da tragédia) cairia mal a qualquer governante, até aos mais risonhos, como Lula. Mas em Dilma fica pior, e a Globo sabe disso. Quantas vezes, na campanha eleitoral, o JN selecionou alguma imagem de Dilma rindo? Vou chutar que nenhuma, porque uma Dilma gargalhante se chocaria contra o que a oposição dizia da candidata – que era durona, fria, mandona. Meio Greta Garbo, sabe? Greta, um dos ícones da história do cinema, nunca ria em seus filmes. E sua persona não era diferente: ela raramente aparecia sorrindo nas fotos. Daí que, pra divulgar a comédia Ninotchka, os produtores colocaram nos posters a chamada “Garbo laughs!” (Garbo ri!), como se fosse um fato inédito e de relevância mundial.

É parecido com o que a Globo fez com a presidenta. Só faltou a legenda “Dilma laughs!”. Pois é, acabada a campanha, perdidas as eleições (para eles), a campanha continua. Ano passado tivemos o espetáculo das capas da Veja e sua atribuição relativa de culpa (a equação é simples; aprendam, crianças: enchente em SP é culpa da chuva, enchente no Rio é culpa do governo). Mal posso esperar algum desastre aéreo pra ver a risada da Dilma tomar novamente o Jornal Nacional.

Fonte: Escreva Lola Escreva

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Al Gore: "A Internet não pode ser controlada por governos ou empresas"

Luiz Mazetto, para o IDG Now!
18-01-2011

Em apresentação conjunta com o criador da web, Tim Berners-Lee, durante evento em SP o ex-vice dos EUA disse que "a rede é das pessoas"

“O momento mais incrível da história da Campus Party.” Foi assim que Paco Ragageles, um dos criadores do evento que surgiu em 1997 na Espanha, descreveu o encontro desta tarde em São Paulo. No mesmo palco estiveram reunidos o ex vice-presidente dos EUA, Al Gore, e o criador da web, Tim Berners-Lee, este em sua segunda participação na edição brasileira da Campus.

Também conhecido pelo seu documentário “Uma Verdade Inconveniente”, Al Gore abriu a apresentação fazendo um pedido a todos os campuseiros. “É muito importante como vocês usam essas ferramentas digitais. Mantenham vivo o sonho de pessoas livres. Defendam a Internet, não a deixem ser controlada por governos ou grandes corporações, é uma rede das pessoas.”

Berners Lee reiterou o discurso de Gore e acrescentou que “primeiro, reclame na web e depois mostre nas ruas e de maneira pacífica a sua insatisfação”. Além disso, o inglês que criou a world wide web também falou sobre as possibilidades da rede. “A rede está ficando cada vez mais interessante. Por causa de pessoas como vocês, trabalhando conectadas com outros usuários da rede. E talvez a coisa mais importante para mim sobre a web é que ela é uma plataforma para inventar mais coisas novas”, disse para uma plateia de centenas de pessoas, incluindo a ex-ministra e candidata à presidência, Marina Silva.

Entre os outros assuntos discutidos no bate-papo mediado pelo editor da edição inglesa da revista “Wired”, Ben Hammersmith, estavam como a rede pode auxiliar no papel cidadão dos usuários, abertura de dados dos governos para combater o aquecimento global e a relação da web com a democracia, entre outros tópicos sugeridos pelo Twitter.

Campus Party

A quarta edição brasileira da Campus Party acontece até o próximo domingo, 23/1, no Centro de Exposições Imigrantes, na zona sul de São Paulo, SP. Neste ano, o evento de tecnologia registrou 6.800 campuseiros, o seu maior número de participantes – 800 a mais do que no ano passado.

Saiba mais

Veja a entrevista exclusiva do IDG Now! com Mário Teza, um dos organizadores, para saber mais sobre o evento (http://migre.me/3AI0a).

Para consultar a programação completa da Campus Party 2011, visite o site oficial do evento que acontece nesta semana na capital paulista.

Fonte: PCWorld

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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O JUDICIÁRIO E A MÍDIA SOB CONTROLE EXTERNO – CASO BATTISTI


Por Laerte Braga

A Atitude Pusilânime de Peluso

Uma das preocupações do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva foi a de só assinar o ato concedendo refúgio a Cesare Battisti depois de cientificar o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) ministro César Peluso, de sua decisão.

O parecer da AGU – ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO – estava alinhavado há algum tempo e qualquer pessoa próxima a Lula ou qualquer analista político com o mínimo de informações sabia que o presidente iria conceder o status de refugiado ao escritor e jornalista italiano.

Já a preocupação de FHC quando presidente da República foi a de calçar todo o processo neoliberal através de armadilhas legais e cortes judiciais dóceis ao modelo. A indicação de Nelson Jobim para o STF num primeiro momento foi para garantir que juízes independentes (caso da hoje desembargadora Salete Macalóes) não iriam criar entraves ao processo de privatização da VALE e da EMBRAER, empresas estratégicas para a soberania e a integridade do território nacional e todo o percurso de entrega do Brasil ao capital internacional.

Garantir banqueiros no caso do PROER (programa de ajuda a bancos falidos, na prática entrega de bancos brasileiros a bancos estrangeiros). Assegurar que magistrados comprometidos com a lei e não com trapaças fossem amordaçados, enfim, domesticar o Judiciário.

Não foi idéia de FHC, mas determinação de Washington.

Jobim, hoje ministro da Defesa, citado nos documentos do WIKILEAKS como “amigo dos EUA” e sem o menor respeito com seus colegas de Ministério (fez críticas diretas em conversa com o embaixador norte-americano a Samuel Pinheiro Guimarães e Celso Amorim ainda no governo Lula), continua sendo um dos homens chave de todo o processo de ocupação do Brasil (literalmente ocupação), hoje no Executivo, mas com a cumplicidade de ministros como Gilmar Mendes e Cesar Peluso no STF, além de outros no STJ –SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA –.

A indicação do nome de Gilmar Mendes para o STF, no final do governo de FHC, integrava o Ministério, suscitou reações até de aliados e o então senador Antônio Carlos Magalhães advertiu o presidente que seria difícil aprovar o nome no Senado diante das várias denúncias de corrupção contra Gilmar.

Pipocavam na mídia e repercutiu de forma aguda a critica de Dalmo Dallari, jurista de reputação inatacável, publicada em vários jornais.

Dallari, com todas as letras chamou Gilmar de corrupto e considerou sua indicação uma afronta ao Judiciário e aos brasileiros.

Nem FHC e nem Gilmar retrucaram.

Trataram apenas de assegurar os votos no Senado (todos sabemos como se faz para assegurar votos no Senado, ou na Câmara, junto a expressivo número de deputados e senadores. Gente tipo Eduardo Azeredo, por exemplo).

O episódio envolvendo o criminoso Daniel Dantas, ex-integrante do governo FHC, serviu para mostrar a verdadeira face de Gilmar, principalmente, a absoluta falta de vergonha e respeito ao que quer que seja que não os interesses que representa.

Garantir a impunidade dos bandidos do governo FHC e as trapaças feitas à época do ex-presidente no processo de privatizações (aí, o operador foi Jobim, que tomou posse escandalizando o STF ao dizer-se “líder do governo nesta Casa”.

Lula assinou o ato concedendo o status de refugiado a Cesare Battisti depois de ter recebido a informação direta do presidente do STF, César Peluso, que sua decisão seria cumprida, é a lei e o mandado de soltura de Battisti expedido antes de primeiro de janeiro.

E Lula não pediu isso a Peluso, apenas afirmou que iria assinar o decreto sobre o caso e conceder o refúgio.

Peluso fez menção, ele sim, à decisão do STF que dava ao presidente da República a palavra final.

Nesse meio tempo, entre a assinatura, a publicação o ministro César Peluso informou a Gilmar Mendes da decisão presidencial e o gangster de Diamantino determinou ao seu preposto que não soltasse Battisti, esperasse a volta da corte aos trabalhos, pois era preciso anular o ato de Lula, encontrar brechas para extraditar Battisti.

Gilmar Mendes chegou a dizer a Peluso que com Dilma a coisa seria mais fácil, pois a presidente não resistiria a uma pressão muito forte em um caso dessa natureza no início de governo e a mídia estava no bolso (sempre esteve).

Medroso, pusilânime, uma das vergonhas do STF, Peluso disse que não disse, ou não disse, apenas voltou atrás na decisão que havia comunicado ao presidente da República, deixou de cumprir a lei e mostrou que quem manda no STF, pelo menos nele Peluso é Gilmar Mendes.

Gilmar, por sua vez, acionou as autoridades italianas, as principais redes de tevê, rádios, jornais e revistas, para pintar um quadro tenebroso de Cesare Battisti e pôs-se em campo para tentar encontrar a tal brecha que revogue o decreto de Lula, vale dizer, revogue um dispositivo constitucional.

A idéia é criar um conflito entre Judiciário e Executivo, jogar a opinião pública contra Dilma vendendo a idéia que Battisti é um criminoso comum e cair de quatro junto ao governo fascista de Sílvio Berlusconi, justificando o que entrou pela porta dos fundos.

Num período em que boa parte dessa opinião pública vai estar de olhos postos na televisão para saber se um dos integrantes do BBB-11 é de fato transexual ou não, vai ser moleza para os costumeiros agentes norte-americanos tipo os WILLIANS, BONNER e WAACK, vender a idéia que se abrigado no Brasil Cesare vai matar criancinhas e idosos.

É a velha tática dos tempos da guerra fria.

A lei, o julgamento montado e que condenou Cesare sem provas, isso, para esse tipo de gente, é o de menos. Importante é o saldo bancário.

Cair de quatro diante do governo italiano é mais fácil ainda, são geneticamente fascistas.

O cidadão comum brasileiro não faz idéia da dependência de boa parte do Judiciário brasileiro de governos e instituições estrangeiras, no caso o governo dos EUA e o Banco Mundial.

O papel atribuído a magistrados (putz!) sem qualquer escrúpulo é o de ser o indutor do governo aos ditames da nova ordem política e econômica, levar o Brasil a rever políticas de soberania e independência e aceitar o papel de colônia, como aceitaram a Itália, a Grã Bretanha, a Alemanha, a Colômbia e outros mais.

Há uma forte reação a acordos assinados entre o presidente do STJ e o Banco Mundial dentro da magistratura e do quadro de servidores da Justiça.

O acordo foi assinado após uma visita a Washington e New York.

E o presidente do STJ é aquele que deu um chilique e demitiu um estagiário que estava atrás dele na fila do banco, pois queria ficar sozinho. E fez isso aos berros, no melhor estilo discípulo de Berlusconi/Mussolini.

Esse acordo é outra história. Battisti entra aí de gaiato e vítima da sordidez de Gilmar Mendes e da pusilanimidade de César Peluso.

Um jeito de tentar enquadrar o governo Dilma desde o seu início e evitar danos aos que pagam a esse tipo de gente.

Assegurar a impunidade de criminosos como Daniel Dantas e deles próprios.

Setores capitais do Poder Judiciário estão sob o controle de potência e instituição estrangeiras e a mídia privada então nem se fala.

É laranja desses interesses.

Há disputa dentro do próprio Judiciário (magistrados sérios não aceitam quadrilhas tomando conta do pedaço) e o caso Cesare Battisti é apenas um exemplo do que essa gente está disposta a fazer para garantir os “negócios”.

Quando foi procurado para explicar porque não estava cumprindo a lei, o presidente (cúmulo da esculhambação!) do STF no melhor estilo covardia, sumiu. Aproveitou os festejos de fim de ano para desaparecer e ter tempo de decorar os textos enviados por Gilmar Mendes sobre o que pode, deve e como vai falar.

É por aí, muito pior que se imagina o nível dos “negócios”. 

Fonte:

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Relembrando os velhos tempos

Peppino di Capri - Roberta

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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Já é um começo de golpe

Por Rui Martins

Se você faz parte dos 87% que apoiavam o governo Lula, fique alerta – no mais escondido covil de serpentes e escorpiões trama-se um golpe institucional contra o governo de Dilma, mesmo se esse governo começou com 62% de aprovação popular.

Desta vez, ao contrário do golpe de 1964 não se trama nos quartéis com o apoio declarado dos Estados Unidos. A trama é bem mais sutil – não se acena com a paranoia do perigo vermelho, mas com base em pretensos arrazoados jurídicos se quer desmoralizar e desautorizar o ex-presidente Lula e se colocar no ridículo a presidenta Dilma, que será destituída do poder de decisão.

O golpe não parece financiado só por dólares americanos, como no passado, mas igualmente por euros vindos da Itália. Aparentemente trata-se da extradição ou não extradição de um antigo militante italiano, Cesare Battisti, condenado num processo italiano fajuto à prisão perpétua, mas a verdade submersa do iceberg é bem outra.

Quem leu as revelações do Wikileaks quanto as opiniões dos EUA sobre Lula, considerado suspeito, e Celso Amorim, considerado antiamericano, e que acompanhou a campanha contra a eleição de Dilma, sabe muito bem haver interesses de grupos internacionais em provocar uma crise institucional no Brasil.

Será também a maneira de grupos econômicos estrangeiros impedirem a atual emergência do país como potência mundial. A Itália neofascista de Berlusconi com seu desejo de recuperar um antigo militante esquerdista é apenas uma providencial pretexto para os grupos políticos e econômicos internacionais incomodados com o Brasil líder do G-20 e vitorioso contra os EUA na OMC.

O que se quer agora, com o caso Battisti, é subverter as instituições brasileiras, mergulhar-se o país numa confusão entre o poder do Executivo e o poder do Judiciário, anular-se uma decisão do ex-presidente Lula para se abrir o caminho a que governança do Brasil seja sujeita à aprovação do STF. Para isso conta-se, como em 1964, com os vendilhões da nossa soberania e com os golpistas da grande imprensa.

Simples e prático, para se evitar que a presidente Dilma governe, vai se tentar lhe por um cabresto e toda decisão sua que desagrade grupos internacionais deverá ser anulada pelo STF. Por exemplo, a questão da exploração petrolífera do pré-sal poderá ser uma das próximas ações confiadas ao STF.

Se Dilma quiser renacionalizar as comunicações, já que a telefonia é questão estratégica, o STF poderá dizer NÃO e também optar pela privatização da Petrobras.

Delírio ?

Não, os neoliberais inimigos de Lula e da política nacionalista, derrotados nas eleições, poderão sub-repticiamente retirar, pouco a pouco, os poderes da presidenta e do Legislativo, para que fique apenas com o STF o governo ou o desgoverno do Brasil.

O próprio advogado de Cesare Battisti, acostumado com leis e recursos, nunca viu uma decisão presidencial ser posta em dúvida por um ministro do STF, e por isso falou em « golpe » tal como havíamos alertado.
Por sua vez, o atual governador do Rio Grande do Sul, que aceitou o pedido de refúgio de Battisti quando ministro da Justiça, não aguentou a decisão do ministro Cezar Peluso do STF de colocar em, questão a validade da decisão do presidente Lula e declarou como « ilegal » e « ditatorial » o ato do ministro Peluso, do qual decorre um « prejuízo institucional grave » para o país e um « abalo à soberania nacional.

Faz dois anos, Tarso Genro concedeu refúgio a Battisti, que deveria estar em liberdade desde essa época. Mas o ato liberatório foi sustado pelo ministro Gilmar Mendes, que submeteu a questão ao STF, o que já consistia um ato arbitrário. Embora os ministros tenham decidido por 5 a 4 pela extradição, competia ao presidente a decisão final, o que foi reconhecido, depois de uma tentativa de reabertura do julgamento.

O presidente Lula justificando seu ato, dentro do permitido pelo Tratado Mútuo de Extradição entre Brasil e Itália, com base num documento da Advocacia Geral da União, negou a extradição e a própria Itália entendeu o ato como definitivo.

Ora, a decisão do ministro Cezar Peluso de pôr em dúvida a decisão do presidente Lula e reabrir a questão vai além de sua competência e fere uma decisão soberana.

É tentativa ou já é golpe, no entender do advogado Luiz Roberto Barroso, é ilegal e ditatorial segundo o ex-ministro da Justiça Tarso Genro, opiniões que vão no mesmo sentido de Dalmo Dallari e de outros juristas.

O que iremos viver, quando o ministro Gilmar Mendes se dignar a colocar na agenda do STF o « julgamento da decisão do presidente Lula », se a maioria, por um voto que seja, decidir anular a decisão de Lula ? Será que a presidenta Dilma aceitará essa intromissão do STF no poder do Executivo ? Em todo caso, será o caos.

É hora de reagir, antes que seja tarde demais.

Fonte: Grupo Cidadania Brasil
http://br.groups.yahoo.com/group/cidadania_Brasil/

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domingo, 9 de janeiro de 2011

Passaporte: Estadão desmoraliza a Folha

Por Altamiro Borges

A Folha inventou mais um factóide para arranhar a alta popularidade de Lula e, de quebra, criar constrangimentos para Dilma Rousseff bem no início do seu governo. Ela deu manchetes para a "grave" concessão de passaportes diplomáticos aos filhos do ex-presidente. Todo dia ela bate bumbo com este assunto "altamente relevante". Mas este escárceu todo é ridículo e, como tal, foi desmoralizado pelo concorrente Estadão.

Reportagem de Denise Madueño e Leandro Colon revela que a emissão destes passaportes é um fato corriqueiro há muito tempo. E não beneficia apenas os filhos de Lula, como a Folha insinua maldosamente - com objetivos políticos, de oposicionista hidrófoba. Outros ex-presidentes também tem esse direito, além de deputados e seus parentes.

Emissão de 360 passaportes

Segundo a reportagem, "pelo menos dois terços dos passaportes especiais solicitados pela Câmara dos Deputados ao Itamaraty, entre esta sexta-feira, 7, e fevereiro de 2009, foram para mulheres, maridos e filhos dos parlamentares. E cerca de 87% dos vistos internacionais para esses documentos tiveram motivação turística, segundo dados da Segunda Secretaria da Câmara, responsável por essa tarefa".

"Quem tem esse documento recebe privilégios em aeroportos, como filas e atendimentos especiais, prioridade em bagagens e, dependendo do país, fica até dispensado da necessidade de tirar visto... O balanço da Câmara mostra que cerca de 360 passaportes diplomáticos foram emitidos nestes últimos dois anos... De acordo com os dados, pelo menos 125 passaportes foram emitidos para filhos e 110 para cônjuges".

Guerra queimou a língua

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra - que fugiu da disputa pela reeleição ao Senado em Pernambuco, mas adora posar de jagunço -, emitiu uma nota com duras críticas ao ex-presidente na esteira do factóide da Folha. Ele devia ser mais cuidadoso com sua língua ferina. O registro da Segunda Secretaria mostra que, no dia 21 de dezembro do ano passado, o deputado Carlos Leréia (PSDB-GO) mandou o ofício 250/2010 pedindo passaporte diplomático e visto para ele, a mulher e três filhos viajarem para Miami.

Parlamentares de vários outros partidos também gozam deste privilégio. "Em julho de 2010, a Segunda Secretaria providenciou passaportes diplomáticos para dois filhos de Ratinho Júnior (PSC-PR) viajarem a 'turismo', segundo a Câmara, para Miami". A legislação para emissão de passaporte diplomático é vinculada ao decreto 5.978/2006 e garante este direito aos membros do Congresso e seus dependentes. O benefício pode até ser impopular, mas é legal - o que confirma a baixaria da Folha.

Tratamento diferenciado e seletivo

O curioso é que esse mesmo jornal, de propriedade da Famíglia Frias, nunca foi atrás das várias denúncias envolvendo o ex-presidente FHC. Alguns dos seus colunistas, até pelas relações íntimas que mantêm com o tucano, conheciam as denúncias, mas sempre o trataram como um "princípe da Sorbonne" acima de qualquer suspeita. No seu ranço de classe, preferem criticar o peão Lula, que tira suas férias em quartéis no litoral brasileiro, do que falar mal do aristocrático FHC, que sempre viajou para a Europa.

Como observou Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, a cobertura sobre factóide do passaporte especial - que a Folha detonou e, na dobradinha orquestrada, a TV Globo amplificou - é totalmente distorcida. Ela só engana os ingênuos, metidos a puristas. O tratamento diferenciado dados aos dois ex-presidentes só confirma a manipulação.

A mídia "jamais incomodou FHC com a história do filho ilegítimo que gerou com uma jornalista da Globo... As encrencas de outros filhos de FHC, os assumidos por ele, jamais chegaram tão rápido ao noticiário. Só em 2009, oito anos depois de o tucano deixar o poder, a mídia soltou notinhas sobre Luciana Cardoso, que recebia salários do Senado sem aparecer por lá para trabalhar", afirma, indignado, Eduardo Guimarães.

Fonte: Blog do Miro

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WikiLeaks: Aves também contaminadas com dioxina na Alemanha

 

Testes acusam contaminação de aves. Coreia do Sul suspende importações alemãs de frangos e suínos. Empresa suspeita de causar escândalo pode ter vendido deliberadamente óleo industrial como gordura para ração.

 

As autoridades sanitárias alemãs detectaram altos níveis de dioxina em aves, afirmou neste sábado (08/01), em Berlim, porta-voz do Ministério alemão da Agricultura. Assim, fica confirmada a revelação feita pela revista alemã Focus, com base em informações de um relatório do governo alemão enviado à Comissão Europeia, em Bruxelas. As amostras de gordura de três galinhas empregadas na produção de ovos continham mais de duas vezes o limite de dioxina permitido por lei.
No documento, datado de 6 de janeiro de 2011, o Ministério alemão da Agricultura e Defesa Consumidor afirmou que os estados alemães afetados optaram por não avisar a população "porque não contavam com efeitos adversos à saúde".
As três galinhas contaminadas procediam de uma granja no estado de Renânia do Norte-Vestfália, na qual também foram detectados ovos contaminados com altos níveis de dioxina.
Carne não chegou ao comércio, afirma governo
De acordo com o porta-voz do Ministério da Agricultura Holger Eichele, a carne dos animais afetados não chegou ao comércio. "Os animais foram abatidos e os seus restos, eliminados", garantiu. Ele assegurou também que os ovos da granja foram retirados do mercado. Eichele salientou, ainda, que os testes iniciais em frangos e perus para abate atestaram níveis de dioxina dentro do limite permitido. O mesmo se aplica a seis exames realizados em carne suína.
Exames são realizados em diversos estadosBildunterschrift: Exames são realizados em diversos estados
Como medida preventiva, o estado de Schleswig-Holstein congelou os depósitos da empresa Harles und Jentzsch, a produtora de ácidos graxos para rações de animais suspeita de responsabilidade no escândalo.
Aparentemente, a companhia sabia há bastante tempo da contaminação de seus produtos. Segundo noticiou a revista Der Spiegel, desde março último a Harles und Jentzsch vinha detectando altos níveis de dioxina em seus produtos, porém ocultou dos inspetores de saúde os resultados dos testes.
Empresa pode ter enganado clientes
Um porta-voz da Secretaria de Agricultura do estado de Schleswig-Holstein disse ao jornal Westfalen Blatt haver "indícios de que a empresa enganou seus clientes, vendendo-lhes óleos para uso industrial no lugar de alimentícios". Uma tonelada de óleo industrial custa cerca de 500 euros, a metade do preço da gordura adicionada às rações.
O estado da Baixa Saxônia estima que 10 mil porcos poderiam estar contaminados com dioxina, e proibiu preventivamente a comercialização de suínos oriundos de mais de 3 mil criadouros. Desde a eclosão do escândalo, as autoridades alemãs determinaram o sacrifício de animais ou a proibição de sua venda. A realização de análises nas amostras coletadas levam tempo. Como os óleos contaminados foram vendidos a centenas de criadouros de aves e suínos, é possível que nos próximos dias sejam revelados mais casos de contaminação.
Coreia do Sul suspende importações
Alguns países estão começando a tomar precauções. A Coreia do Sul suspendeu as importações de carne de porco e produtos avícolas da Alemanha, e diversos supermercados no Reino Unido retiraram de suas prateleiras os produtos fabricados com ovos oriundos do país. A Rússia também anunciou um controle mais rigoroso da carne alemã.
O Instituto Federal de Avaliação de Risco da Alemanha (BfR, na sigla em alemão), entretanto, argumentou que, com base nos resultados das investigações conhecidas até o momento, não há nenhum risco sério para a saúde dos consumidores.
Muitos produtos agrícolas acusam níveis baixos de dioxina, cuja concentração é medida em picogramas (trilionésimos de grama). De acordo com uma determinação europeia, não podem ser vendidos ovos que contenham mais de três picogramas de dioxina por grama de gordura.
O escândalo de contaminação de rações de animais preocupa autoridades e consumidores da Alemanha há mais de uma semana. Cerca de 4,7 mil criadouros, fazendas e granjas estão interditados no país, devido à suspeita de terem alimentado seus animais com rações contendo altos níveis de dioxina.
Seveso e Iuchtchenko
As dioxinas são compostos de carbono e cloro, principalmente originadas da queima de plásticos. Mesmo em pequenas quantidades, substâncias desse grupo podem causar câncer ou doenças em recém-nascidos. Por isso, são consideradas particularmente perigosa no leite materno.
A dioxina ocupou as manchetes internacionais em pelo menos duas ocasiões. Em 1976, grandes quantidades da substância foram liberadas no desastre de uma fábrica química em Seveso, Itália. Centenas de habitantes tiveram que ser evacuados, porém muitos sofreram de cloracne e a incidência de câncer subiu drasticamente na região.
O segundo caso foi a tentativa de assassinato do atual presidente ucraniano, Viktor Iuchtchenko. Em 2004, após um encontro com funcionários do serviço secreto, foi detectada em seu corpo uma alta concentração de TCDD, a dioxina mais tóxica conhecida, que lhe desfigurou o rosto. Na época, o político era líder da oposição na Ucrânia.
MD/dpa/rtrs/dapd
Revisão: Augusto Valente
 

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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Internet ultrapassa TV nos EUA na preferência de busca por notícias pelos jovens

“De 2007 a 2010, a quantidade de pessoas entre 18 e 29 anos que buscam por notícias na internet dobrou, segundo dados da Pew Research Center for the People and the Press, divulgados nesta terça (04). A porcentagem variou de 34% para 65%, enquanto a televisão registrou queda de 68% para 52%.

Alguns dos números da pesquisa extrapolam a margem de 100% uma vez que os consultados poderiam escolher mais de um meio para busca de informações, mesmo que tenham preferência por um deles - 68% preferem internet e 52% optam por TV, por exemplo.

Considerando a margem normal de 100% e uma escolha única de busca por notícias, a internet também registra crescimento, sendo a preferida por 41% dos entrevistados. Nesse quesito, o aumento, desde 2007, foi de 17%.

A pesquisa, segundo informa o portal britânico Journalism.co.uk, foi feita com 1,5 mil pessoas no último mês de dezembro e indicou que a internet logo se tornará a principal fonte de notícias, ultrapassando também os jornais impressos.”

Fonte: Brasil! Brasil!

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

WikiLeaks: EUA queriam que Brasil ajudasse a espionar Chávez

Por Natalia Viana

Um telegrama secreto publicado hoje pelo WikiLeaks revela que em 2005 o embaixador americano propôs ao governo brasileiro “compartilhar inteligência” sobre o presidente da Venezuela Hugo Chávez.

A proposta foi feita durante uma reunião em 14 de março de 2005 entre John Danilovich e o ex-ministro das relações exteriores Celso Amorim. O embaixador abre a conversa dizendo que o governo americano se preocupa com a retórica e as ações de Chávez e o considera como uma “ameaça à região”. E prossegue: “Ele pediu que o ministro do exterior Amorim considere institucionalizar uma parceria política mais intensa entre o governo brasileiro e o americano em relação a Chavez, e assinar um acordo de compartilhamento de inteligência”.

Segundo o telegrama, Amorim foi direto ao rejeitar a aliança contra o venezuelano: “Não vemos Chávez como uma ameaça”, teria dito, antes de defender a “maneira democrática” como o venezuelano fora eleito e o seu apoio popular. “Nós temos que trabalhar com ele e não queremos fazer nada que estrague nossa relação”.

Lula sugeriu a Chávez “baixar o tom”

O chanceler teria explicado que a relação entre os dois países é “sensível” e que o Brasil não podia fazer nada que pudesse minar sua “credibilidade” perante Chávez, já que buscava “influenciá-lo em uma posição mais positiva”.

Um exemplo, segundo Amorim: Lula teria sugerido a Chávez, em uma reunião no Uruguai, que ele “baixasse o tom da sua retórica”.

Em outra ocasião, Lula teria persuadido o líder venezuelano a não nadar em uma praia chilena que ele queria reivindicar para a Bolívia perante a imprensa local. A Bolívia mantém uma disputa com o Chile sobre a sua antiga saída para o Pacífico, perdida para o país vizinho em 1879.

Apesar de rejeitar a proposta americana, Amorim teria dito que o governo gostaria de aumentar o diálogo sobre Chávez com os EUA e que se interessava em obter “qualquer inteligência” que os americanos quisessem fornecer.

No telegrama, Danilovich afirma que Amorim não “comprou” a ideia de que Chávez é uma ameaça à região e deve ser tratado como tal.

“A rejeição seca a compartilhar inteligência foi balanceada pela sua vontade de aumentar a colaboração conosco no nível político com relação à Venezuela, e nós devemos buscar maneiras de explorar essa abertura para defender nosso argumento de que o Chávez representa um perigo”.

“Fornecer mais informações detalhadas ao governo brasileiro sobre direitos humanos e ações repressivas dentro da Venezuela, bem como quaisquer informações sobre o que aprontam grupos apoiados pelo presidente da Venezuela em outros países (mesmo que signifique oferecer informações de inteligência unilateralmente) pode ser parte dessa colaboração política”.

Na mesma reunião, Amorim disse que Lula mantinha contato direto com Evo Morales, então líder da oposição, para convencê-lo a manter uma linha democrática. Amorim também se comprometeu a manter a “linguagem” do Conselho de Segurança da ONU na resolução da I Cúpula América do Sul-Países Árabes em 10 e 11 de maio de 2005.

Fonte: Blog da Natalia Viana / Carta Capital

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domingo, 2 de janeiro de 2011

Só no Brasil! Esse país é mágico


Só no Brasil! Esse país é mágico.

Reclamam da informalidade mas é só nela que podemos nos enxergar verdadeiramente.

Lá nos EUA essa foto cairá como uma bomba mas é muito exemplificativa a que Obama e Hillary estão submetidos.

No fim das contas quem não tem liberdade são eles.

luka

Fonte: Comentário extraído do Blog do Nassif

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Eduardo Guimarães: Jovens pregam assassinato de Dilma no Twitter


Escrevo com o coração partido. Avisado pela leitora Leila Farkas, fui a um blog chamado Curso Básico de Jornalismo Manipulativo e dei de cara com o inferno. Os autores do blog denunciam dezenas de jovens que no último sábado faziam incitação ao assassinato de Dilma Rousseff durante a posse.

A exemplo dos criminosos que pregaram assassinato de nordestinos sob a liderança da garota chamada Mayara Petruso, essas dezenas e dezenas de jovens não fazem a menor idéia do crime que cometeram.

Enquanto não colocarem um bom número desses degenerados na cadeia, continuaremos vendo acontecer casos como o dos filhinhos de papai que espancaram homossexuais na avenida paulista. Desta maneira, reproduzo os perfis dos criminosos na esperança de que alguma autoridade tome providência.

Horrorizem-se, abaixo, com essa geração degenerada, vítima de pais degenerados que estão povoando os estratos mais altos da pirâmide social com dementes capazes de qualquer coisa e, claro, com a obra de José Serra e de sua mídia, que instigaram ódio na sociedade.

Veja a matéria completa no Blog Cidadania.com

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WikiLeaks: Feliz ano novo, Hillary

O ano começa com uma visita-relâmpago da secetária de  Estado americana, Hillary Clinton, que veio para a posse da nova presidenta Dilma Rousseff.

Hillary disse que vinha, desistiu, depois insistiu de novo e ficou poucas horas no país. Foi a primeira a chegar no coquetel no Itamaraty e a primeira a sair.

“Foi uma das poucas vezes que os Estados Unidos enviaram um secretário de Estado para a posse. Em geral, era enviado apenas um vice-ministro.”, observou Celso Amorim.

Clinton pediu uma reunião com Dilma, que foi negada pelo Itamaraty por conta da agenda. Mas veio mesmo assim.

Sinal de que o governo americano continua forte na sua estratégia de  gerenciamento de crise depois do vazamento dos documentos do WikiLeaks, que teve no Brasil um forte impacto – o país é o único a já ter recebido documentos.

Estratégia essa que consiste em ignorar as revelações do WikiLeaks, fazendo que não é com eles e negando que tenham agido mal através de seus diplomatas – que, como mostrou o WikiLeaks, fazem lobby, espionam, apoiam este ou aquele grupo político e interferem na política nacional de diversos países. Em vez de mudar a maneira como agem no mundo, o governo americano segue buscando apenas calar esssa nova fonte de informação.

Hillary não quis dar entrevistas. Disse só: “Foi ótimo estar aqui. Foi maravilhoso estar no Brasil, Feliz Ano Novo”.

E se foi.

Fonte: Natalia Viana / Carta Capital

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