Perdemos um grande brasileiro
De balconista a vice-presidente
O Brasil perde um grande brasileiro!
Além das conhecidas e louvadas qualidades pessoais de José Alencar, ele sempre demonstrou respeito e admiração pelo trabalho dos jornalistas. Em junho de 2008, o ex-vice-presidente participou da cerimônia de posse da diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, seu estado natal. A entidade emitiu nota lamentando o seu falecimento.
o ex-presidente Lula declarou no ano passado, que o seu vice, José Alencar, foi o melhor que um governante poderia ter e que os dois formaram a união perfeita entre o capital e o trabalho. "Para mim, o José Alencar é mais do que um irmão. É um companheiro que possibilitou um nível muito importante para o país", afirmou Lula na época.
"Duvido que no mundo alguém tenha encontrado um vice-presidente da magnitude do José Alencar", destacou Lula. "De repente, você reúne um bom sindicalista brasileiro e um bom empresário. E esses dois juntos, que pareciam gato e rato, fazem uma combinação de confiança que poucas vezes alguém viu nesse país", acrescentou o presidente Lula às vésperas de deixar o cargo.
Ele começou a trabalhar aos 7 anos, no balcão da loja do pai. Em 1946, aos 15, deixou a casa da família, na zona rural, para trabalhar como balconista em uma loja de tecidos da cidade. Dois anos depois, em maio de 1948, José Alencar mudou-se para Caratinga, onde conseguiu emprego como vendedor. Ao completar 18, em 1950, Alencar abriu seu próprio negócio, com a ajuda de um dos irmãos. Em 1967, em parceria com o empresário e deputado Luiz de Paula Ferreira, fundou, em Montes Claros (MG), a Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), hoje um dos maiores grupos industriais têxteis do País.
Em um país onde muitos políticos parecem ter desprezo pelo trabalho e alergia à honradez, José Alencar fará muita falta.
Fonte: Newsletter O Jornalista
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