Dilma: "Folha de S. Paulo age com parcialidade e má fé"
Candidata do PT reagiu duramente contra matéria publicada nesta segunda-feira sobre supostas irregularidades que teriam sido encontradas em sua gestão como secretária estadual de Minas e Energia no Rio Grande do Sul. "Em algum momento da matéria ficou claro para vocês que eu tive as contas aprovadas? Não. Esta informação, extremamente relevante, foi ocultada. A matéria é parcial e de má fé", afirmou Dilma Rousseff durnate visita ao bairro Alcântara, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro.
Redação de Carta Maior
A candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, disse hoje (20) que a Folha de São Paulo agiu com parcialidade e má-fé ao publicar uma matéria sobre supostas irregularidades encontradas em pareceres do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. O jornal tenta estabelecer uma relação irregular entre a empresa Meta Instituto de Pesquisa e a candidata, quando esta era secretária estadual, mas não informa que as contas de Dilma foram todas aprovadas pelo TCE. Ela falou sobre o tema durante uma visita ao bairro Alcântara, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro.
Dilma contou que a contratação da Meta (empresa referida na matéria da Folha) ocorreu via tomada de preços e leu um trecho de um parecer do Ministério Público gaúcho no processo que foi analisado pelo TCE, demonstrando que ela não podia ser responsabilizada pela falta de funcionários na Secretaria de Energia do estado. A candidata lamentou que o jornal tenha agido de má fé ao abordar o tema.
Segue a íntegra da fala de Dilma (conforme vídeo acima):
Eu quero fazer um protesto veemente contra a parcialidade do jornal Folha de S. Paulo. Eu fui julgada em todos os anos, vou dizer precisamente quais anos, pelo TCE: 93, 94, 95, 2000, 2001, 2002. Todas as minhas contas foram aprovadas. Todas. Esta informação não está na matéria. Chega ao ponto de me acusar de eu ter feito um contrato em 94 e depois a empresa ter feito um contrato em 2009. É a única acusação de futuro que já vi na vida. Ou seja, a minha responsabilidade é porque 10 anos depois fizeram um contrato com a empresa. Que história é essa?
Em algum momento da matéria ficou claro para vocês que eu tive as contas aprovadas? Não. Esta informação, extremamente relevante, foi ocultada. A matéria é parcial e de má fé. Além disso, eu cheguei na Secretaria de Energia do Rio Grande do Sul e tinha dois funcionários concursados. Não se faz uma secretaria com dois funcionários concursados.
O parecer do Ministério Público [diz]: ´considerando que a situação em tela se trata de deficiência de ordem estrutural, que perdura de longa data, e as procedentes manifestações da senhora Dilma Vana Rousseff, somos da opinião que a mesma não pode ser responsabilizada´.
O voto do pleno do tribunal é pela aprovação das minhas contas. Eu gostaria de saber onde está isso escrito nessa matéria? Onde essa matéria parcial, enviesada, colocou que as minhas contas foram aprovadas? Todas [as contas foram aprovadas]. Eu nunca tive uma conta rejeitada.
Me acusar? Sabe o que era a pesquisa da Meta [empresa de consultoria]? Sobre emprego e desemprego. Porque na época [a fundação] Seade/Dieese de São Paulo tinha feito uma apuração de emprego e desemprego. Contratamos por tomada de preço a empresa Meta. Me acusar porque em 2009 a Secom [Secretaria de Comnicação Social da Presidência da República] contratou a Meta é de fato um absurdo. É prova absoluta de má fé. Pergunto outra vez: onde está na matéria que minhas contas foram aprovadas? Em que parte da matéria está isso?
No meu blog eu vou colocar todas as manifestações do tribunal para evitar essa distorção escandalosa cometida contra mim pelo jornal Folha de S. Paulo.
Fonte: Agência Carta Maior
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