quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dilma 40% - Serra 35%

Por Nélio Azevedo

O quê significa isso? Quais seriam as conseqüências desses índices para o futuro das duas campanhas?
Eu penso que enfim eles começaram a  publicar os índices corretos, o Serra estacionou nos seus 35% há muito tempo e, o máximo que ele conseguiria seria isso mesmo. No interior do Estado de são Paulo ele pode perder a eleição porque os prefeitos, (inclusive, os do PSDB) estariam apoiando a Dilma e o Alkmin; e aqui em Minas Gerais eles repetem os índices de uma pesquisa nacional.

Acho que a maior conseqüência disso seria que a candidata do PT teria uma forte adesão, visto que o número dos eleitores que sabem que ela é a candidata do Lula aumentou consideravelmente nesta última semana, de acordo com a mesma pesquisa.

Outra coisa seria o apoio dos mineiros em maior número, assim que se definisse o quadro sucessório no Estado, muitos ainda esperavam essa definição e, mesmo os descontentes, (como eu) acabariam apoiando a candidata do PT, ainda que não apoiassem a candidatura de Hélio Costa, com ou sem o Patrus.

Aquele sorriso vampiresco do Serra, quando estava na frente, sumiu da sua face, agora, crispada e sem cor. Podem esperar que o tom dos ataques à campanha da Dilma irá bater nas raias da indignidade, onde dossiê seria fichinha; irão arrebanhar os seus pares da direita mais dura do DEM e outros, que não poderão voltar atrás no seu “apoiamento” à candidatura tucana, começaram a abandonar o navio como ratazanas que sempre foram e se voltarão contra o dono do navio. Quero assistir de camarote, me deleitar ao ver o Willian Bonner se contorcendo todo para anunciar outros índices favoráveis à candidatura petista e os José Neumani  e Jabor Mainard tentando tirar da cartola ou da manga uma carta que pudesse mudar essa realidade numa tentativa desvairada de desqualificar a candidata com reportagens sobre como vão as coisas no país e, ao final dizer que o país está bom, mas pode mais; uma desavergonhada menção ao slogam do Barak Serra.

Uma coisa é certa, pegue os números da última pesquisa feita pelo IBGE, sobre o consumo das famílias brasileiras e compare com as mesmas pesquisas feitas há oito anos atrás, esse é o principal combustível para a vitória do PT nas próximas eleições.

Mesmo com toda tragédia de Alagoas e Pernambuco. Viva São João!! Aqueles são os típicos eleitores brasileiros, cada um com uma fogueira de esperança ardendo em seu peito.

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terça-feira, 22 de junho de 2010

Azenha: Dunga custa dinheiro à Globo. Simples assim

por Luiz Carlos Azenha

O primeiro jogo do Brasil na Copa rendeu 45 pontos no Ibope à TV Globo. Contra a Costa do Marfim, num domingo, foram 41 pontos. A Bandeirantes marcou 10 pontos nas duas ocasiões. Do total de televisores ligados na hora do jogo, 87% estavam sintonizados nas partidas. É menos que no passado, ainda assim uma enormidade. É preciso levar em conta que hoje há outras opções para ver o jogo: emissoras a cabo e via satélite, por exemplo. Além disso, como muitas pessoas se reúnem para ver as partidas em bares ou em casas de parentes, fica difícil quantificar a audiência exata. Mas o fato é que a Globo ganha em qualquer circunstância: ganha na própria Globo, na SporTv, nas assinaturas de TV a cabo e assim por diante. Portanto, de fato, a Globo não tem nenhum motivo para torcer contra o Brasil. Quanto mais longe for o Brasil, maior o retorno e o lucro.

Onde é que Dunga prejudica a Globo, então? Nos dias e horários em que não há jogo. Para a emissora, a Copa do Mundo era no passado um evento importante para alavancar a audiência de toda a programação. Os jogadores da seleção brasileira costumavam desempenhar o papel de um cast alternativo. O acesso exclusivo aos jogadores e integrantes da comissão técnica garantia aos telejornais audiências bem acima da média durante a Copa do Mundo. A exclusividade no acesso à seleção teria um papel ainda mais crucial este ano. Hoje as pessoas se informam em tempo real através de emissoras de rádio ou da internet e não precisam mais ficar sujeitas à ditadura da programação para obter notícias somente depois das 8 da noite, no Jornal Nacional. A não ser que uma emissora tivesse o monopólio das notícias importantes sobre a seleção, o que deixou de acontecer.

É cedo, obviamente, para fazer qualquer tipo de análise da audiência de TV durante a Copa. Até agora parece não ter havido uma revolução nos números, a não ser durante os jogos do Brasil. Nos últimos dias a Record, por exemplo, tem perdido alguns pontos de audiência aqui ou ali, de acordo com a importância do jogo transmitido pelas rivais. Mas, curiosamente, o Jornal da Record, que compete diretamente com o Jornal Nacional, tem tido números consistentes com a audiência que tinha antes do evento.

Será que o Dunga pensou em prejudicar a Globo ao implantar a isonomia na seleção, ou seja, tratamento igual para iguais? Claro que não. O técnico da seleção brasileira sabe que um fator importante para motivar qualquer grupo é encontrar um ou mais “inimigos” externos. Sabe que é absolutamente essencial passar ao grupo a impressão de que não privilegia este ou aquele jogador, especialmente quando a exposição na TV, durante uma campanha vitoriosa, pode render contratos milionários. Sabe o quanto a ciumeira despertada por um relacionamento “especial” de um jogador com este ou aquele repórter, este ou aquele narrador,  pode custar caro ao grupo.

A diferença entre Dunga e a Globo encontra-se no calendário distinto pelo qual ambos se regem: a emissora precisa ganhar tudo agora, comercialmente tem pouco a faturar depois que o Brasil chegar à final; Dunga só irá ao banco descontar o cheque milionário se e quando garantir o título. A Globo precisa de um cast. Dunga precisa de um time. Minha sugestão à emissora do Jardim Botânico é que crie uma seleção cenográfica lá no Projac. Garanto que pouca gente vai notar a diferença.

Blog Vi o Mundo

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domingo, 20 de junho de 2010

Jornal do Brasil: Incômodo para os neoliberais

Editorial, Jornal do Brasil


RIO - Nos anos 90, a onda de privatizações, provocada pelo avanço do neoliberalismo no mundo inteiro, atingiu o Brasil e desfez um valioso patrimônio público. O desmonte do Estado planejador, indutor de desenvolvimento, ganhara um discurso triunfante e monocórdico depois da Queda do Muro de Berlim, em 1989, e do desmantelamento da União Soviética, em 1991. Sob a égide do Estado mínimo, empresas estatais foram vendidas a preços irrisórios, em clima de queima de estoque de mercado varejista. Num balanço quase 15 anos depois, os benefícios ao país, tidos como alvissareiros, mostram-se duvidosos. A expansão do número de linhas telefônicas, por exemplo, deu-se numa velocidade impressionante. Mas houve um preço alto a se pagar. A telefonia brasileira é das mais caras do mundo.

No furor privatista, salvou-se, felizmente, a Petrobras, símbolo desde os anos 50 das capacidades nacionais. Para os defensores e ideólogos do liberalismo, a empresa de petróleo sempre foi de uma inconveniência monumental para suas teses. A estatal é eficiente, gera enormes divisas para o país e hoje aparece em 15º lugar no ranking das maiores empresas do mundo. Longe de representar a imagem de uma companhia paquidérmica, que suga recursos do Estado para cobrir prejuízos em virtude de métodos arcaicos e políticos de administração, a Petrobras, pelo contrário, tem significado uma fonte inestimável de geração de lucros, de tecnologia, de inovação, enfim, de desenvolvimento. Sua presença faz girar a roda da economia em dezenas de setores, como mostrou reportagem publicada ontem pelo JB.

Em 2009, as encomendas da empresa representaram cerca de R$ 42,21 bilhões ou 1,34% do Produto Interno Brasileiro (PIB). São pedidos que estimulam a indústria nacional. Em sete anos, a participação do mercado interno como fornecedor de equipamentos e insumos para a Petrobras subiu de 57% para 75%. O resultado desse aumento na geração de empregos e na qualificação de profissionais é direto e tende a avançar, especialmente depois da descoberta de óleo na camada do pré-sal. Nos próximos cinco anos, cerca de 200 mil pessoas, em 185 categorias de níveis básico, médio, técnico e superior, serão capacitadas no setor de petróleo e gás, um crescimento de 140% em relação ao período de 2006 a 2010 (83 mil pessoas).

Até 2013, esta cadeia produtiva da estatal atrairá investimentos da ordem de US$ 190 bilhões, em contratos que demandam desde válvulas e parafusos até os 49 petroleiros encomendados pela Transpetro, subsidiária da Petrobras – o que está fazendo ressurgir a indústria naval brasileira, depois de seu sucateamento nas últimas décadas. A reboque das encomendas e dos projetos, vem a necessidade de pesquisa, de inovação, a conquista de patentes, um know how que já fez o Brasil dominar como ninguém a exploração em águas profundas e pôs o país na ponta-de-lança de setor tão estratégico.
22:41 - 17/06/2010

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terça-feira, 15 de junho de 2010

A DIFÍCIL ARTE DE SER CIDADÃO

Por Nélio Azevedo

Outro dia eu estava assistindo ao programa “A Liga”, na Band, em que entrevistavam MV Bill, uns garotos da periferia de São Paulo que formam uma Banda de Rap “Bonde do Canguru” e um jovem jogador do Corinthians, eu pude constatar uma coisa que permanece apesar das mudanças consideráveis que aconteceram nos últimos tempos em relação à inclusão social: A falta de oportunidade dos jovens da periferia e das favelas brasileiras.

Tanto MV Bill quanto o jogador corintiano são negros enquanto que os garotos do Bonde do Canguru um são brancos; outro é pardo e um nissei; marginalizados e viviam em condições em que não teriam muitas oportunidades na vida, a não ser por algumas opções e atitudes que eles tiveram em algum momento de suas vidas. Todos tiveram todas as chances de acabarem seus dias numa prisão ou no cemitério, mas fizeram a opção certa, deixaram que o crime passasse ao largo de suas vidas e seguiram vivos, contrariando uma expectativa funesta e secular.

O esporte e a música são os únicos redutos onde pessoas assim podem conseguir uma ascensão social, onde o talento faz a diferença, no entanto, o MV Bill foge um pouco a esse veredicto, assim como o Ferrez, eles venceram principalmente através da literatura, mesmo que o trampolim do MV Bill tenha sido o Rap. No caso do jogador do Corinthians, ele tinha a companhia de dois outros jogadores, que segundo ele eram melhores do que ele, no entanto, eles se deixaram levar pela droga e pelo álcool, não passaram de uma Taça São Paulo de Juniores e perderam o bonde da fama e da história. No caso do MV Bill, todos seus amigos, menos um que aparece na capa de seu primeiro CD, morreram, ou melhor, foram mortos pelo tráfico ou pela polícia.

Quando eu ainda estava estudando na UFMG, fiz algumas visitas à Escola Estadual Ulisses Guimarães, no Morro do Papagaio, fazia a avaliação de uma turma de alunos do EJA – Escola de jovens e adultos - quanto ao uso do livro didático e, qual não foi a minha surpresa, ouvíamos rajadas de tiros, que os alunos identificaram pelo som, eles sabiam quem era o autor dos disparos e qual a arma utilizada. Lá ficamos sabendo que nos últimos 8 anos, nada menos do que 40 alunos da escola tinham sido mortos a tiros e, um deles tinha acabado de passar no vestibular na UFMG.

Os meninos do Bonde do Canguru e o Raper MV Bill continuam morando nos lugares de origem, na favela; convivendo dia-a-dia com a violência e com a discriminação. Lá, falta trabalho e sobra pobreza e até hoje, a maioria das pessoas têm uma visão estereotipada da favela e do favelado, só vêm a comunidade como uma coisa ruim, onde falta o principal, o Estado.

Para eles a fama vai fazer uma diferença muito grande e, se não tiverem uma cabeça bem estruturada, essas coisas poderão atrapalhar mais do que ajudar; o que não foi o caso do MV Bill, que hoje lidera uma instituição – a CUFA, que promove o Hip Hop como instrumento de mudança da realidade de muita gente; representa o Brasil em eventos internacionais e troca figurinhas com personalidades do mundo inteiro. Através da música eles falam por si.

Fico pensando o que será dos que não têm tanto talento assim, dos que não querem a violência nem o crime como opção, mas, não terão a mesma sorte dos rapazes citados? Serão alguns milhões de jovens que terão seu futuro roubado pela pobreza, pela discriminação e pela falta de oportunidades.
Até bem pouco tempo atrás, no Brasil, 75% dos jovens entre 17 e 24 anos estavam fora da escola, revelando uma realidade terrível, mostrando o porquê de nossos jovens aptos para o trabalho não têm qualificação e o país padece por não apresentar os índices de escolaridade necessários para enfrentar a concorrência com os outros países emergentes.

Esse será o grande desafio que teremos que enfrentar e vencer, ou ficaremos para trás nessa competição estabelecida a mais de uma década e os últimos acontecimentos nos dizem que o mundo mudou e se quisermos fazer parte dessa vanguarda, teremos que colocar a formação educacional como prioridade, ou melhor, o caminho.

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sábado, 12 de junho de 2010

O QUE SERÁ QUE SERÁ?


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Por Nélio Azevedo

Quando o PT chamou os dirigentes e militantes para opinar sobre os destinos do partido em Minas Gerais, eles compareceram, votaram e decidiram. Nós que pensávamos que tínhamos dois candidatos do próprio partido para disputar a eleição para o governo do estado, nos vemos agora sem nenhum.

Uma ordem vinda da cúpula da direção nacional do partido quer nos fazer engolir uma opção que não é a dos petistas históricos como Sandra Starling – para quem o PT morreu – e outras figuras de peso. É totalmente inaceitável essa opção de lançar o candidato Hélio Costa para atender alianças que garantiriam a continuidade de uma trama que não é bem aceita por todo mundo.

Fazer uma aliança onde o PT anda a reboque quando teria as rédeas nas mãos é repetir o erro que fez com que perdêssemos a prefeitura de Belo Horizonte quando tínhamos plenas condições de mantê-la por mais 4 ou 8 anos. Essa mesma ação que nos deixa a todos perplexos ao ver a executiva nacional do PT apoiar Roseana Sarney em detrimento da candidatura petista no Maranhão. O mesmo ocorre no Ceará, repetindo um grave erro do passado, quando o PT desprezou candidaturas petistas e agora apóia o governador Cid Gomes (PSB) em detrimento da candidatura de José Pimentel ((PT), por medo de que ele seja coptado pelo PSBD.

Esse namoro com Hélio Costa é antigo e nunca foi escondido, parece ser uma dívida de gratidão, impagável e que poderá fazer muito mal ao partido no estado e reforçaria o poder nas mãos de Anastásia.

O meu medo maior é de que ocorra outro episódio como o que envolveu o Roberto Jéferson; “diga-me com quem tu andas e te direi o que andas fazendo”!

O PMDB é um balaio de gatos que abriga figuras deploráveis como Newton Cardoso, Barbalhos e Sarney e outros políticos que são tudo que o PT sempre condenou; como se não bastasse essa invenção absurda de lançar o Temer como vice da Dilma, estou estranhando esse comportamento e tenho que concordar com alguns adversários históricos de que tudo se resume à busca de perpetuação no poder onde tudo vale e tudo pode. Não sou purista, mas acho que o PT tem ainda bons quadros e deve lançar mãos deles e não ficar leiloando cargos em troca de apoio político. O apoio popular que o partido tem, lhe garantiria uma confortável disputa para o governo do estado e para o senado e, não teríamos esse racha estabelecido que vai esgarçando o tecido do partido que levou 30 anos para chegar ao que chegou e num ato truculento jogar toda uma história de lutas na lata de lixo.

Às vezes fico pensando que eu não entendo nada de política, pelo simples fato de não conseguir me imaginar fazendo determinados papéis quando se trata de alianças e estratégias geopolíticas.
Meus princípios não me permitiriam comer no mesmo prato que os meus adversários comem; afinal de contas, a minha saudosa avó tinha toda razão quando afirmava que: “Quem se mistura com os porcos, acaba comendo farelo”.

O PT completa 30 anos e temos muito que comemorar as conquistas de ter chegado ao poder máximo no país aos 21 anos, mas, passamos por um momento muito delicado e corremos o risco de um racha que poderá custar mais 30 para cicatrizar as feridas que os conflitos dos interesses particulares tem provocado e nos faz esquecer os interesses maiores do bem comum.

Pt. Saudações!

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quinta-feira, 10 de junho de 2010

AFINAL, QUEM IRÁ FAZER O PAPEL DE CABRAL?

Por Nélio Azevedo

“Ainda mais triste que ver as crianças sem escolas é”.
vê-los imóveis em carteiras enfileiradas, em salas
sem ar, perdendo tempo com exercícios estéreis e
sem valor para a transformação do ser humano”...
Helena Antipoff (1892-1974)


Pode ser uma rima, mas terá também que ser uma solução.Se colocarmos o Brasil numa situação fictícia em que o Conhecimento e a “Felicidade Eterna” seriam o Novo Mundo, fica a pergunta: quem será o comandante da “Caravela” que levará os brasileiros excluídos até ao “Porto Seguro” do Conhecimento Real?

Ai, meu Jisuis! Primeiro terá que ultrapassar o temido Cabo Bojador, e ainda nem suspeitamos da existência do Cabo das Tormentas, ou será que já deixamos esse Bojador para trás e nos encontramos permanentemente em pleno Cabo das Tormentas a espera de um bravo navegante que nos ensine o caminho para as Índias ou nos conduza pelas rotas seguras?!

Esse intrépido navegante não poderá ser “marinheiro de primeira-viagem”, ou poderá?
Cabral não tinha lá muita experiência em viagens oceânicas, quando se lançou ao “Mar Tenebroso”, tudo bem que ele perdeu uma caravela, talvez seja o preço a pagar.

 O problema é que o Brasil já perdeu quase todas as caravelas, a “Anísio Teixeira”; a “Paulo Freire”; a “Celso Furtado”; a “Darcy Ribeiro”; que não se sabe se já naufragaram ou estão avariadas perdidas em outros mares. Sem contar com a mania de botar fogo nas caravelas que nossos comandantes têm.

Corremos o risco de nos defrontarmos com a terrível “Calmaria-Sistema-Pedagógico-Vigente”. Ela nos faz perder um tempo precioso, nos mantém nesse atraso e causa tantos males à educação e à formação, criando uma leva de marinheiros-professores mal pagos e insatisfeitos e outra leva de “alunos grumetes” desinteressados, portadores de um tipo de escorbuto-bêabá, que provoca a estupidez crônica e o estreitamento do parietal, que por sua vez comprime o cérebro, provocando uma redução do seu tamanho. Que em alguns casos, não vai mesmo fazer falta os neurônios perdidos, já que seria um luxo ou desperdício, pois, não teria serventia. Acabam virando uma subespécie da raça humana conhecida como “Surfistas neandertalenses”, muito conhecido como os “fala-curta”.

A falta de treinamento dos “alunos grumetes” em tempo integral poderá comprometer os resultados dessa empresa, pois serão eles os marinheiros ou pilotos que conduzirão as nossas naus ao futuro ou ao nada, mais ou menos parecido com a atual realidade.

Dizem as más línguas que os “alunos grumetes” que já estão quase formando não conseguem ler sequer uma simples carta-náutica ou somar um paralelo com outro e muito menos se localizar num mapa mundi do mercado de trabalho. São analfabetos funcionais; não operam sextantes-windows, não têm acesso ao sistema de navegação do astrolábio-internet e a grande maioria não vai nunca chegar à universidade de Sagres.

Com uma tripulação dessas e uns comandantes que não sabem se orientar pela Estrela-Polar nem pelas necessidades reais de nossos “alunos grumetes”, corremos o risco de dar em terras desconhecidas onde provavelmente nos depararemos com nós mesmos e, o que é pior, corremos o risco maior de não nos reconhecermos.

Sendo assim, não só o porte dessa caravela será de extrema importância, assim como a capacidade de nosso timoneiro, pois tirar essa leva de deserdados da Índia que existe aqui e leva-los até a um Porto Seguro na Bélgica, não será uma tarefa fácil nem rápida. Afinal levou 500 anos para sedimentar esse modelo que ai está e não será com 500 dias que o desconstruiremos e edificaremos outro.

Alguns bons timoneiros já nos acenaram em passado recente com os mapas e os caminhos a serem seguidos, mesmo que nos mapas encontremos rotas “Plurais”, como um atalho para se chegar ao tão almejado “Porto Seguro”, temos que ficar atentos, pois a “Cassandra Avassaladora” nos espreitará a cada curva e a cada esquina desse imenso “Mar Oceano”  (que agora já foi navegado por outros e podem até apontar os caminhos seguros para nós), ou o empreendimento pode literalmente ir por água a baixo sem cumprir seu intento.

Outro aspecto interessante é a concepção que alguns timoneiros tiveram e têm até hoje dessa grande travessia. Como são representantes de uma elite formada na USP-Sagres, têm um verdadeiro pavor de pensar em colocar essa turba de melequentos e descamisados ao seu nível de conhecimento, pois é do sangue e do atraso deles que se construíram as maiores riquezas desse país. Continuam pensando que esse populacho, só serve para trabalhar, não tem capacidade para o uso do intelecto, portanto é até uma benfeitoria o mísero emprego e o mísero salário que lhes destinam, afinal “tá assim de neguinho querendo uma boquinha”; então esse simulacro de ensino que lhes é destinado ta bom até demais, “Pra quem é, bacalhau basta”.

Vencer essa concepção aí não será uma tarefa fácil, terá que ser plantada na sociedade como um valor e ela própria tem que acreditar que é através do conhecimento que chegaremos ao bem estar e que isto não poderá ser um presente que os nossos comandantes nos darão como bons pais que são, terá que ser uma conquista, assim como o foi em outros países onde a caravela deles chegou e aportou com o maior sucesso e deixaram a Índia deles para trás, a exemplo da Coréia, Finlândia, Taiwan e outros.

Que Nossa Senhora dos Navegantes nos guie e proteja juntamente com São Jerônimo e Santa Bárbara e mais outros santos especialistas em tormentas, raios e trovões que estiverem disponíveis nos ajude nessa que seria talvez a mais importante travessia da nossa história.

(Texto de minha autoria, retirado de um trabalho escolar da disciplina Sociologia da Educação – FAE - UFMG, 2004) 

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quarta-feira, 9 de junho de 2010

LULA É O PRESIDENTE VIAJANTE

Colaboração de Nélio Azevedo

Algumas pessoas costumam dizer que o Lula viaja muito, é Lula aqui, é Lula Lá. Um viajante contumaz e, isso causa uma grande insatisfação a essas pessoas. Muitos acham que ele deveria ficar mais quieto em Brasília, outros acham que ele leva muita gente com ele nas viagens, chegando até a comparar a equipe dos assessores e convidados com a turma que acompanhava o Obama.
Isto me faz lembrar de um episódio que ocorreu no início do primeiro mandato do Presidente Lula, ele encheu uns dois aviões de gente, na sua grande maioria, empresários e políticos, alguns governadores e assessores e, se mandaram para a África, depois foram até os países árabes e finalmente o extremo oriente.
Alguns opositores e críticos riram e acharam esquisitíssimo aquela troupe desembarcando nos pobres países africanos. O quê a gente pode esperar da África? Perguntaram num tom jocoso e malicioso. “Miséria e malária”, responderam outros. Aquilo, por pouco não virou motivo de piada.
O ex-governador Aécio Neves pediu um lugarzinho na última hora e, junto com alguns empresários mineiros tomaram seus lugares e também foram acompanhar o Lula-louco.
Naquela época, Minas Gerais, o segundo estado em importância econômica do país, tinha 2 contratos de exportação com os árabes, nenhum com os países africanos nem com os asiáticos.
Logo Minas que é o maior produtor-exportador de minério do país, via seu rico subsolo virar pelets nas usinas do Espírito Santo e viajar pelos oceanos do mundo até os portos dos emergentes.
Nossa carne ia pra Europa e para a Rússia, nossos frangos não podiam entrar na festa de consumo dos árabes por não atender aos ditames islâmicos de abate dos galináceos.
No segundo dia em terras das mil e uma noites, já tinham realizado 18 contratos, depois de alinhavar mais de três dezenas com os países africanos e seguiram confiantes para o extremo oriente. Ao voltar de lá, tinham nas suas pastas uma quantidade de contratos de exportação que colocaria Minas novamente em seu lugar, nos trilhos do desenvolvimento que manteve o Estado como a segunda economia do país, sempre ameaçado por Rio e outros emergentes tupiniquins.
Na sua entrevista na Band, há pouco mais de um mês, o Lula-lá foi inquirido por vários perguntadores e a pergunta sobre as viagens voltou à cena. Acho que foi um Datena desses ou Casóy, não me lembro. No que ele respondeu: “viajo muito, sim. Gostaria de viajar muito mais, já que o mundo se tornou pequeno com os novos rumos que a globalização impõe aos presidentes e representantes dos países que não querem andar a reboque dos mais desenvolvidos; se eu não estiver lá para cuidar dos interesses do Brasil, com certeza, lá estará um chinês com o mesmo propósito, aí nos perderemos mercado e acabaremos por continuar a ser um exportador de comodities e matéria prima e importadores de produtos manufaturados.” Completou ainda, que o próximo presidente, seja ele quem for, deverá viajar muito mais. O aviso está dado.

ADEMG INFORMA: SAEM OS TIGRES, ENTRAM OS LEÕES.

Agora vem uma notícia que deixa alguns incrédulos mais perplexos ainda: A ascensão dos “Leões Africanos”. Isso mesmo. Saem os Tigres Asiáticos e entram os Leões Africanos.
Um grupo de 8 países capitaneados pela África do Sul, Egito, Argélia, Tunísia, Botsuana, Líbia, Ilhas Maurício e Tunísia.
Segundo o estudo, apresentado em Casablanca, no Marrocos, desde 1998, as 500 maiores empresas africanas fora do setor bancário cresceram 8,3% ao ano.
Esse desempenho foi impulsionado pelas exportações, cujo crescimento anual passou de 3% nos anos 90 para 18% desde 2000, diz a consultoria.
O relatório destaca 40 empresas, todas elas localizadas em países chamados de "leões africanos", que, na opinião do instituto de pesquisas, merecem mais atenção do que recebem dos investidores internacionais.
A pesquisa analisou mais de 600 companhias atuando em todos os setores da economia. Um pente fino inicial reduziu a lista para 70, que foram então reduzidas para 40 após uma avaliação de seus fundamentos e de seu desempenho.
"Há, é claro, muito mais de 40 companhias africanas com ambições globais.
Juntos, os Leões responderam por 70% do Produto Interno Bruto (PIB) africano em 2008 e têm em comum estatísticas mais positivas de poder de compra, ambiente de negócios e estabilidade política.
"Se alguns países tiraram proveito da alta dos preços das matérias-primas, a maioria dos 'leões' se beneficiou de uma maior estabilidade política, a emergência de um consumidor africano e a implementação de política públicas que incentivam o investimento privado".
Em 2008, o PIB per capita desses países foi de US$ 10 mil, comparado com a média de US$ 8,8 mil dos Bric.

Desafiadoras as 40 companhias que a consultoria chama de "challengers" - desafiadoras da ordem vigente, na visão da consultoria -, 18 estão na África do Sul. Os outros países com maior número de empresas são Egito (7) e Marrocos (6).
A lista inclui gigantes com presença mundial, como o grupo de bebidas SAB Miller, a mineradora Anglo American e financeira Old Mutual, todas com sede na África do Sul.
Mas outras empresas com importância regional ou presente em outros países também fazem parte da lista - por exemplo, a fabricante sul-africana de medicamentos Aspen Pharmacare, a egípcia Orascom Telecom e o angolano Banco Africano de Investimentos, que recentemente expandiu suas operações no Brasil.
Oito delas se beneficiam da riqueza de recursos naturais da África, continente que abriga 82% das reservas de platina, 55% das reservas de diamante e mais de 50% das reservas de fosfato do mundo.
Além disso, mesmo em plena crise, a economia africana cresceu 2% em 2009, contrariando tendências contrárias no resto do mundo.
No mesmo ano, Estados Unidos, União Europeia e América Latina registraram retrações de 4%, 2,8% e 1,5%, respectivamente.

Surfando nesta onda, calcula o BCG, as 40 "challengers" tiveram em 2008 um incremento de 24% no seu faturamento anual, contra 11% das empresas listadas no índice S&P da bolsa americana, por exemplo.
”Poucas pessoas reconhecem que uma nova geração de companhias africanas está pronta para fazer uma grande estréia no cenário global. Estas companhias estão seguindo o mesmo caminho de outras dos países dos Bric", observa o presidente da BCG, Patrick Dupoux.
Apesar disso, o analista acredita que poucas destas empresas podem ser consideradas "verdadeiramente globais" e, portanto, demonstram um grande potencial.
"Estamos confiantes em que elas podem superar essa nova fronteira se alcançarem excelência nas suas operações, ampliar seu alcance através de aquisições no exterior, criarem uma força de trabalho global e adquiriram marcas globais".
Mais uma vez, o Lula viajante acertou em cheio, ele farejou esse sucesso com dez anos de antecedência, alguns desses leões são parceiros comerciais do Brasil . É a vez dos que nunca tiveram vez, na África também.

(Transcrito do site da economista Rita Mundim)
    

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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Deu no Jornal

Por Nélio Azevedo

Alguns países comemoram no dia 2 junho o Dia Internacional das Prostitutas, dizem alguns que elas trabalham na profissão mais antiga da Terra. No Estado da Paraíba a data é comemorada com uma corrida em que os homens disputam um prêmio com uma calcinha de mulher na cabeça. Essa comemoração faz parte do calendário do Estado desde 2005 e é uma boa oportunidade para homenagear as mães de alguns políticos, juízes de futebol  e uns e outros por aí.

Bye, Bye, Adilson! Já foi tarde, esse Murici em miniatura. Sua semelhança é só na grosseria com que costuma tratar jornalistas que lhe fazem perguntas difíceis de responder. Eu já estava cansado de ouvir o arremedo de treinador arranjar desculpas para explicar o fracasso de mais uma derrota. O ex-técnico do Cruzeiro, que só ganhou dois títulos rurais e mais nada, se dizia um estudioso, deveria estudar mais, já pensou se tem Enem para treinador? É bomba na certa. Lembrem-se que ele perdeu 3 Libertadores, todas no Mineirão.

O trêfego Serra apelou para o padreco cantor Marcelo, pra ver se um poço de reza ajudava na campanha. Ave-Maria na porta do inferno é igual gasolina! Se não der certo, já tá agendado uma visita ao terreiro do Pai-Caititu e um banho de descarrego numa dessas Igrejas que tira demônio, (para exorcizar a Dilma, é claro) e banho na cachoeira. Haja vela benta e marafo!

Semanas atrás começou mais uma novelinha da Globo, com aquela velha fórmula que todo mundo já conhece. Os primeiros capítulos passam num outro país e os personagens têm uma ligação com o Brasil e quando estoura o orçamento para a parte internacional, eles picam a mula pra cá e a trama se desenrola por vários meses até o povo não agüentar mais tanta encheção de lingüiça e eles acabam a novela num vapt-vupt onde tudo se encaixa e o casal principal consegue enfim ficar junto. Imaginem a lengalenga que será durante a Copa, onde as atenções estarão voltadas para os jogos. Tá mais do que na hora de mudar esse formato, fazer novelas de época e sobre a nossa cultura, mesmo que para isso tenhamos que aturar os lobisomens e mulheres-debrancas, titulares absolutas nas novelinhas da “Grobo”. Haja saco!

Israel, um país criado através de uma medida provisória da ONU, nunca acatou uma resolução da desacreditada entidade, até os dias de hoje. Impõe aos seus vizinhos, principalmente aos palestinos, um medo terrível. Afinal, o Tio San não só permite que eles tenham armamento atômico, como deixariam eles usarem. O tal país nos brindou com mais uma cena de horror ao atacar o navio da frota que levava suprimentos para a Faixa de Gaza, com um saldo de 9 mortos e 60 feridos a bala. Nenhum soldado israelense saiu ferido do conflito e a timidez das potências européias diante do absurdo é tão grande quanto a omissão dos EUA e o ódio e indignação gerados nos países árabes e outros como o Brasil que não aceitam uma barbaridade dessas.  Outro navio, o Rachel Corrie, se prepara para levar mais suprimentos para os palestinos, para quem não sabe, o nove do navio é uma homenagem a pacifista norte-americana morta por um trator israelense quando ela pedia para não derrubarem as casas dos homens-bomba e seus vizinhos na Cisjordânia. Haja paciência.

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SER NEGRO NO BRASIL



Por Nélio Azevedo

Na semana em que se comemorava o 13 de maio, fiquei pensando se os negros e mulatos deste país tem o que comemorar. Acho que têm sim o que comemorar e não precisa esperar o dia da consciência Negra.

Até bem pouco tempo, os negros e mulatos só poderiam ter acesso às riquezas que eles ajudam a construir se fosse através dos esportes ou da música. A partir da profissão em decorrência de uma formação acadêmica era uma coisa quase inexistente ou uma raridade que se poderia contar nos dedos de uma única mão.

Hoje podemos ver uma quantidade maior de negros nas escolas superiores e em cursos que sempre foram uma exclusividade dos brancos, sobretudo dos brancos ricos. Mas, isso pode ser só um indício dessa ascensão de uma etnia que sempre andou a reboque numa cultura que tenta a todo custo ser uma cultura branca.

Vemos algum progresso e leis que apóiam e garantem os direitos civis dos negros e mulatos, vemos que uma grande quantidade de pessoas tem acesso ao ensino superior, mesmo que isto se dê pela via das cotas para negros, e, de uma forma geral, essas pessoas marginalizadas e discriminadas passaram a fazer parte da massa com renda e se tornaram consumidores de produtos que até então era privilégio das camadas A e B.

Até bem pouco tampo os negros e afro-descendentes (não gosto dessa palavra) tinham que esconder sua condição étnica em adjetivos como marronzinho, queimadinho de praia, cor de jambo e outros que camuflavam sua origem, no censo de 20 anos atrás eram 120 formas de escapar da sua realidade.

Infelizmente, ainda causa algum espanto quando se vê um médico negro, um engenheiro, um analista de sistemas ou mesmo um cientista negro; mas, estes continuam sendo uma minoria e essa ousadia tem um preço que pode ser medido em reais no final do mês. Negros e mulheres tem salários menores do que os brancos do sexo masculino e, se for uma mulher negra, a diferença aumenta. Por quê? Qual o critério de avaliação usado pelas empresas para determinar essa diferença salarial? Se tiver outra coisa que não o preconceito, eu gostaria muito de saber qual é.

Por que será que a maioria dos analfabetos e a população carcerária é composta em sua esmagadora maioria, por negros, mulatos e pardos? Por que será que para cada dez pessoas libertadas do trabalho escravo nas fazendas, 7 são negros? Por que será que a maioria dos “marginais” mortos pelas polícias do Rio e São Paulo são jovens negros ou mulatos? Pó que será que os negros e mulatos não ocupam os cargos mais importantes nas empresas privadas do país?

Uma coisa é certa: os brancos, pardos e mulatos pobres também nunca tiveram acesso à riqueza nem aos instrumentos que pudesse guindá-los aos estamentos mais altos da sociedade.

Então, isso nos leva a crer que a discriminação e o preconceito que mantém uma camada da população na pobreza não tem só a ver com a cor. Na verdade é um problema social gerado pela condição econômica dos indivíduos? Iremos diretamente para a questão básica: “O negro é incapaz porque não teve oportunidades?” Ou “O negro não teve oportunidades porque é incapaz?”

Isso vale para as mulheres também, se tornou nas duas faces de uma moeda falsa que justifica a injustiça perpetrada por tanto tempo. Essa pergunta é ao mesmo tempo uma resposta para esse comportamento secular tão sedimentado em nossa sociedade que durante a visita do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, ao Brasil, ele afirmou que se sentia em casa. Muitos pensaram que isso era um elogio; se enganaram, pelo simples fato de que ele vivera os piores momentos de sua vida numa prisão pelo fato de ter lutado contra o terrível apartheid, e, não vira muita diferença do seu país para o nosso.

O racismo e o preconceito de cor geraram as diferenças sociais criando um tipo de comportamento que permitiu durante muito tempo que uma minoria tivesse acesso a toda riqueza produzida nessas terras e subtraiu todos os direitos de uma grande maioria que foi sendo relegada à parte mais baixa da pirâmide social. Comportamentos que permitiram que se usassem contra essas pessoas todo tipo de ofensa nas mais variadas formas em que o preconceito e a marginalização foram sempre atenuados por um véu que encobria as reais intenções escondidas até mesmo numa (aparentemente) inofensiva piada da salão. Esse desprezo que criou um abismo entre as classes mais baixas e a elite.
De acordo com estudos da ONU, a presença da população negra no contingente analisado para determinar os índices de IDH – Índices de Desenvolvimento Humano no Brasil é quem puxa para baixo os resultados. Quando excluídos, a nossa classificação chega perto de alguns países europeus e ultrapassa todos os concorrentes latino-americanos.

Se procurarmos, com toda certeza, encontraremos a resposta na intolerância gerada pelo preconceito; essa triste nódoa herdada dos tempos da escravidão, ainda tão presente no nosso dia-a-dia e, que pelo jeito irá se perpetuar por muito tempo até que se mude um dos pilares da nossa cultura pseudo-europeia: o racismo e o preconceito de cor.

Mais políticas de afirmação das etnias e minorias (minorias?) poderiam deixar para trás essa triste realidade; mais programas de inclusão social e tratamento igualitário para que não precisemos estabelecer cotas em escolas superiores para compensar esse prejuízo acumulado ao longo dos séculos em que a formação da nossa sociedade foi colocando de lado, negando a participação de uma grande camada da nossa população e, impedindo-os de colher os frutos da construção da riqueza de um país.

A única alternativa que sempre tiveram é o que vemos hoje, quando só poderiam reproduzir sua miséria através dos filhos, alimentando essa perversa desigualdade que condena uma parcela significativa da nossa sociedade, nossos irmãos, ao inferno da pobreza.    

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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Professor Hariovaldo: Usurpador apedeuta desrespeita mulher boa do norte


Mais uma vez o molusco usurpador da presidência demonstrou o seu despreparo e a sua insolência no trato com uma das pessoas mais importantes do mundo, evidenciando que um operário parvo no cargo de mandatário maior da nação só faz besteiras para envergonhar os homens de bem do país. É lamentável!

Leia também os comentários do leitores do Professor Hariovaldo clicando aqui

Fonte: Blog do Professor Hariovaldo Almeida Prado

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