domingo, 30 de maio de 2010

Revista conservadora alemã trata Lula como super-star


A revista conservadora alemã analisa o acordo do Brasil e da Turquia com o Irã.

E faz elogios rasgados ao Lula.

(O Conversa Afiada oferece esse post como singela homenagem aos notáveis colonistas (*) Monica  Bergamo e Ricardo Noblat. )

Der Spiegel :
“Lula Superstar

Com iniciativas sempre novas, o Presidente brasileiro conquista para seu país um peso cada vez maior no mundo. Seu golpe mais recente: convenceu os governantes do Irã de um acordo nuclear controverso – uma chance para evitar sanções e guerra?

Quais foram os palavrões com que ele, na altura, foi chamado: ele seria um comunista, um proletário grosseiro, um bêbado. Mas isso já faz parte do passado. Paralelamente à ascensão da nova potência econômica, o Brasil, sua reputação aumentou de forma surpreendentemente rápida; para muitos, o Presidente brasileiro vale como o herói do Hemisfério Sul, como o contrapeso mais importante de Washington, Bruxelas e Pequim.  A revista norte-americana “Time” foi um pouco mais longe, ao denominar-lhe, há duas semanas, o “líder político mais influente do mundo”, na frente de Barack Obama. Na sua pátria, ele já é considerado o futuro titular do Prêmio Nobel da Paz.
Agora, esse Luiz Inácio da Silva, 64, cujo apelido é “Lula”, filho de analfabetos que cresceu em uma favela, lançou novamente um golpe de mestre político: durante uma maratona de negociações, fechou com o governo iraniano uma acordo nuclear. Na segunda-feira passada, ele apareceu em Teerã triunfante, lado o lado com o Primeiro-Ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan e o Presidente Mahmud Ahmadinejad. Todos os três estavam convictos de que a questão das sanções da ONU contra o Irã, motivadas pelo possível programa iraniano de armas nucleares, teria passado, com isso, a ser história. O mundo ocidental, que tanto insistiu na radicalização das medidas internacionais de punição, parecia surpreso e sem ação.
O contra-ataque de Washington ocorreu já no dia seguinte, começando um novo capítulo do conflito iminente sobre o programa nuclear; Pequim, em particular, por muito tempo se opôs a uma atuação mais rígida. A Secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, proclamou: “Em cooperação com a Rússia e a China, chegamos a um consenso sobre um projeto forte”. A planejada resolução sobre sanções será encaminhada para todos os membros do Conselho de Segurança da ONU – também para o Brasil e a Turquia. Atualmente, por um mandato de dois anos, esses dois países têm um assento não-permanente como membros eleitos nesse Conselho de 15 países, dos quais nove membros devem aprovar a resolução antes de poder entrar em vigor.
De maneira explícita, Clinton agradeceu a Lula por seus “esforços honestos”. No entanto, podia-se notar que ela considerava a iniciativa como algo que somente atrapalhava: “Sanções rígidas serão a mensagem inequívoca transmitida para o Irã sobre o que esperamos deles”. Porém, será que a abordagem menos confrontadora de Lula do conflito acerca do programa nuclear não é mais promissora? Será que Lula Superstar, com a retaguarda coberta por um país da OTAN, a Turquia, se deixaria refrear tão facilmente?
Quem conhece sua história, não apostaria nisso: esse homem sempre superou todos os obstáculos, contradizendo todas as probabilidades. Cedo, o pai abandonou a família, a mãe mudou com os oito
filhos do Nordeste brasileiro para o Sul industrializado para ter, pelo menos, uma chance de sobreviver. Só aos dez anos, o pequenino aprendeu a escrever e ler. Como engraxate e vendedor de frutas, ajudou a sustentar a família. Trabalhava em uma fábrica de tintas. Lutava para obter uma vaga de aprendiz como metalúrgico. Tinha 25 anos quando faleceram sua mulher e o filho comum que ainda não havia nascido, porque a família não tinha os meios suficientes para pagar o tratamento médico.
Ainda jovem, Lula virou militante político. Nos tempos da ditadura militar, organizou como sindicalista greves ilegais e, nos anos oitenta, várias vezes foi preso. Insatisfeito com a esquerda tradicional, ele fundou um partido próprio, o Partido dos Trabalhadores, que ele transformou, passo a passo, de um partido comunista em um partido social-democrata. Nas eleições presidenciais, sofreu três vezes uma derrota. No entanto, em 2002, conseguiu a vitória, com uma larga vantagem. Foram os pobres e miseráveis nesse país de contrastes econômicos extremos que depositaram sua esperança no líder proletário carismático. Os milionários já haviam abastecido seus jatos, temendo sua expropriação.
Porém, quem esperava ou acreditava em uma revolução ficou surpreendido. Lula, após tomar posse, levou os membros do governo para uma favela, e atenuou, por intermédio de seu programa abrangente “Fome Zero”, a miséria dos desprivilegiados. E não assustou os mercados. Preços elevados de matérias-primas e uma política econômica moderada, baseada em investimentos do exterior, bem como em recursos nacionais de formação e aprendizagem, permitiram a Lula renovar, em 2006, seu mandato.
Em dezembro, terminará o mandato de Lula, que não pode ser reeleito novamente. Do ponto de vista da política interna, ele fez muito bem seu dever de casa, construindo também a figura de sua possível sucessora no cargo. No entanto, o Presidente autoconfiante deixa seu legado mais nitidamente no ambiente da política externa: ele considera imprescindível conseguir para o Brasil, com seus 196 milhões de habitantes, um papel de grande potência mundial, conduzindo o país para um assento no Conselho de Segurança da ONU.
Lula reconheceu que, na busca deste objetivo, deve manter boas relações com Washington, Londres e Moscou. Porém, reconheceu também que contatos estreitos com países como a China, a Índia, países do Oriente Médio e da África talvez sejam ainda mais importantes. Ele se vê como homem do “sul”, como líder dos pobres e excluídos. E ele, naturalmente, também observa o deslocamento do equilíbrio: no ano passado, a República Popular da China, pela primeira vez, superou os EUA como parceiro comercial mais importante do Brasil.
Lula é o único governante de um país que se apresentou não apenas no exclusivo Fórum Econômico Mundial em Davos, mas também no Fórum Social Mundial, com posição crítica à globalização, em Porto Alegre. Sem parar, ele viaja pelo mundo, visitou 25 países somente na África, muitos na Ásia, na América Latina quase todos, sempre com uma comitiva empresarial ao lado. Está sempre proclamando sua crença em um mundo multipolar. E, sendo um orador muito carismático e um líder proletário “autêntico”, no mundo inteiro é saudado pelas massas como se fosse um pop-star. “I love this guy”, entusiasmou-se também, em 2009, o Presidente Barack Obama, por ocasião do encontro do G20 em Londres.
Hoje, Obama não está mais tão seguro, de jeito nenhum, que Lula é o “cara”. Cada vez mais autoconfiante, o brasileiro se distancia da Washington, e procura às vezes até a confrontação. Por exemplo, no caso de Honduras.
Historicamente, os EUA consideram a América Central o seu “quintal”. Por isso, ficaram muito surpresos quando Lula, no ano passado, ofereceu abrigo ao Presidente derrubado, Zelaya, na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa e exigiu o direito de participar da solução do conflito. Brasília negou-se a reconhecer o novo Chefe de Estado e desta maneira se posicionou claramente contra Obama.
Em seguida, tudo aconteceu muito rápido. Lul viajou a Cuba, encontrou-se com Raúl e Fidel Castro e exigiu o fim imediato do embargo econômico americano. Lula comparou adversários do regime, que sofrem nas prisões de Havana, com criminosos comuns, o que deixou os anfitriões muito contentes. Lula também fez questão de aparecer em público com Hugo Chávez, que vive maldizendo Washington e censura cada vez mais a imprensa do país; na edição 20/2008 do Spiegel, Lula chamou o autocrata de “Melhor Presidente venezuelano dos últimos 100 anos”.
Quando há alguns meses recebeu Ahmadinejad em Brasília, elogiou a sua vitória eleitoral supostamente regular e comparou a oposição persa com torcedores de futebol frustrados. O Brasil também não permitiria intervenções alheias no seu programa nuclear “naturalmente pacífico”, disse. Apesar da solidariedade demonstrada, muitos estavam céticos quando Lula partiu para Teerã para negociar um acordo nuclear com o Irã – os iranianos, nos últimos meses, demonstravam pouca disposição para um acordo. Durante uma coletiva em Moscou, Medvedev avaliou as chances de um acordo mediado pelo Brasil de no máximo 30%, enquanto Lula disse “eu vejo uma chance de 99%”. Apareceu, nessa ocasião, novamente o ego explícito do homem que veio de baixo. “Ele se considera um curador que pode operar milagres em causas na quais outros fracassaram”, diz Michael Shifter, especialista dos EUA em assuntos latino-americanos.
Se depois de 17 horas de negociações em Teerã, realmente foi conquistado um êxito ou se o acordo é apenas “uma futilidade” (Frankfurter Allgemeine Zeitung) com a qual os iranianos espertalhões pretendem enganar o mundo mais uma vez, não ficou claro, somente há indícios. Em Viena, a AIEA comunicou cautelosamente que qualquer passo em direção a um acordo nuclear seria um progresso. Por determinação da ONU, os inspetores da AIEA são competentes para controlar instalações nucleares no mundo todo. Nos últimos tempos, encontraram cada vez mais indícios de um programa ilegal de armas nucleares do Irã e exigiram urgentemente que Teerã seja mais aberta à cooperação. Agora a conclusão dos especialistas de Viena, que nunca abandonaram as consultas com Teerã e que nunca insinuaram algo que não pudessem comprovar, será de grande peso. Que os iranianos pretendem comunicar o conteúdo do acordo à AIEA só “dentro de uma semana” é outro motivo para desconfiança.
Governos ocidentais se manifestaram de maneira muito crítica no sentido de que a resolução da ONU, publicada por Clinton imediatamente após o acordo de Teerã, serviria também para acalmar os israelenses. Alguns membros do governo de linha dura de Benjamin Netanyahu reclamam abertamente do “compromisso podre”, e o Ministro do Comércio Benjamin Ben Elieser opina que Teerã pretende “novamente fazer o mundo todo de palhaço”.
Uma avaliação bem interessante do documento Lula-Ahmadinejad-Erdogan foi feita pelo instituto americano ISIS, que sempre defendeu uma solução negociada e considera uma “opção militar” na questão nuclear iraniana impossível. Os especialistas nucleares independentes fazem uma relação detalhada de suas dúvidas e analisam os pontos fracos dos termos do acordo já conhecidos.  Os iranianos assumem apenas o compromisso de transportar 1200 kg do seu urânio pouco enriquecido para a Turquia para receberem em troca combustível nuclear para o seu reator de pesquisas de Teerã. As dimensões são iguais às de um negócio proposto pela AIEA em outubro do ano passado, o que na época significaria expedir mais de 75% do urânio já produzido para o exterior e impossibilitar a construção de uma bomba atômica – uma medida para criar confiança, uma pausa para negociações. O acordo atual não considera que o Irã, por causa das novas centrífugas em Natanz, deve dispor atualmente de 2300 kg de urânio; quer dizer que o país pode permanecer com quase a metade da matéria prima para a bomba atômica e dispõe de suficiente material para uma “investida” em direção à arma nuclear.
O acordo oferece, outrossim, uma via de escape decisiva. Aos governantes do Irã é concedido o direito de recuperar o urânio da Turquia se eles acharem que qualquer cláusula do contrato “não foi cumprida”. E o que é mais importante: o acordo não inclui o compromisso de terminar o enriquecimento de urânio – “nem sonhamos com isto”, disse um representante oficial. Mas é justamente isso que a ONU exige, já após três turnos de sanções, de maneira inequívoca. Lula não deve ligar muito para isto.
Ele demonstrou que virou um fator indispensável no palco internacional. Na terça-feira, o Presidente do Brasil foi festejado por seus amigos durante a Cúpula América Latina – UE em Madri por causa do seu engajamento pela paz. A sua apresentação demonstrou algo como “vejam, o molusco tem muitos braços”. E ele demonstrou que sabe nadar no aquário dos tubarões grandes. Nos bastidores, Lula Superstar costuma contar como curou os diplomatas brasileiros da síndrome de vira-lata; assim ele denomina o profundo complexo de inferioridade que muitos dos seus compatriotas até pouco tempo atrás sentiam frente a americanos e europeus. Foi em 2003, na grande estréia internacional de Lula na cúpula do G-8 em Evian na França. Todos estavam sentados no Hotel do congresso e esperaram por George W. Bush. Quando este finalmente entrou no salão, todos levantaram, só Lula ficou sentado e mandou o seu Chanceler fazer o mesmo. “Eu não participo deste comportamento servil” disse o Presidente do Brasil. “Quando eu entrei, também ninguém levantou.”

Paulo Henrique Amorim
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

Fonte: Conversa Afiada / Paulo Henrique Amorim

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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Eduardo Guimarães: Dê nome aos bois, Noblat


Sobre essa discussão que envolveu o blogueiro da Globo Noblat e o Paulo Henrique Amorim, não me meto – ambos têm tamanho suficiente para resolver qualquer problema entre si. Contudo, o blogueiro global passa dos limites e se entrega à mais deslavada leviandade ao fazer acusações a “blogueiros de aluguel” que dele divergem, porém sem dar nome aos bois.

É uma tática bem canalha. Noblat alude a blogueiros de esquerda assumidamente simpáticos a Lula como eu, por exemplo, para afirmar, de forma melíflua, que o presidente  paga essas pessoas para opinarem. Se ele não dá nomes, todos são suspeitos. Principalmente os blogueiros que, por uma razão ou por outra, estiverem em maior evidência.

Noblat ainda insinua não gostar de cassações e de ditaduras, mas não sou eu que trabalho para uma organização golpista que nasceu, cresceu e enriqueceu pedindo golpe de Estado, apoiando a ditadura assassina de 1964 e dela recebendo montanhas de benesses amplamente conhecidas. É a essa gente que Noblat presta serviços.

Mas, enfim, escrevo por outra razão. É que quero propor ao Noblat que examine minhas contas bancárias, minhas contas telefônicas, meu imposto de renda, o que ele quiser. Só que terá que fazer o mesmo para mim. Quero ver tudinho, também.

Claro que estou só jogando conversa fora porque ele não aceitará este repto, pois se julga muito importante. Mas, de repente, resolve vir pra cima de mim e eu iria adorar, porque gostaria muito que ele provasse num tribunal que eu, ao menos, recebo alguma coisa de algum político, um único centavo de dinheiro público, qualquer coisa que não venha do meu trabalho honesto.

Escrevo isto porque, à diferença de Noblat, não tenho patrões. Posso opinar o que quiser, fazer o que quiser e assumir o que digo e escrevo, escandindo cada sílaba do nome de quem critico ou acuso, pois essa tática de ficar fazendo insinuações sobre gente sem nome é coisa de canalha.

Fonte: Blog da Cidadania / Eduardo Guimarães

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Acordo com Irã seguiu roteiro sugerido por Obama a Lula

Por Clóvis Rossi

O acordo nuclear entre Brasil, Turquia e Irã segue, ponto a ponto, todas as solicitações que o presidente Barack Obama expusera em carta a seu colega Lula em abril, revela reportagem de Clóvis Rossi, publicada nesta quinta-feira pela Folha

A Folha teve acesso a uma cópia da íntegra da carta, em que Obama "sugere caminho a seguir", datada de 20 de abril, apenas três semanas antes, portanto, da viagem de Lula ao Irã, da qual resultou o acordo.

É natural, por isso, que haja perplexidade na diplomacia brasileira com a reação negativa de Washington ao acordo, antes e depois de o Irã ter formalizado o entendimento por meio de carta à AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

Acordo

No último dia 17, Brasil, Irã e Turquia assinaram o acordo pelo qual Teerã se comprometeu a enviar 1.200 kg de seu estoque de urânio pouco enriquecido à Turquia, sua vizinha, para em um ano receber de volta 120 kg do material processado a 20% para uso em pesquisa médica.

Os EUA rejeitaram o pacto nuclear, apontando-o como uma estratégia do Irã para evitar novas retaliações da ONU devido a seu programa nuclear. Um dia após a assinatura do acordo, os EUA apresentaram ao Conselho de Segurança da ONU uma proposta para impor novas sanções ao país persa.

Turquia e Brasil e Irã pediram uma suspensão das discussões sobre as sanções por causa do acordo de troca de combustível, mas as potências ocidentais suspeitam que o acordo seja uma tática iraniana para evitar ou postergar as sanções.

O Ocidente teme que o Irã pretenda desenvolver armas nucleares, mas Teerã afirma que o seu programa tem fins pacíficos.

Nesta quarta-feira, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pediu que Obama aceite o acordo nuclear mediado por Brasil e Turquia. Segundo ele, o líder americano 'perderá uma oportunidade histórica' de cooperação com Teerã caso o rejeite.

Fonte: Folha de S.Paulo

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Marco Aurélio Garcia: País que fica de cócoras não é respeitado

do G1, via Vermelho

O assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, defendeu nesta segunda-feira (24) a participação do Brasil na busca por uma solução negociada para o programa nuclear iraniano. Na semana passada, o Irã aceitou, após negociações com o governo brasileiro e da Turquia, um acordo que prevê a troca, em território turco, de urânio enriquecido por combustível nuclear.

No entanto, potências internacionais, principalmente os Estados Unidos, questionaram a eficácia do acordo e afirmaram que manteriam discussões sobre a aplicação de sanções ao país de Mahmoud Ahmadinejad.

Questionado se o papel do Brasil nas negociações com o Irã prejudicaria as relações com o governo norte-americano, Marco Aurélio Garcia disse que países que “expressam seus pontos de vista” são respeitados, ao contrário dos que “ficam de cócoras”.

“Acho que os países são respeitados quando eles expressam seus pontos de vista. País dócil, países que ficam de cócoras, governos que ficam de cócoras não são respeitados. Se transformam em moças de recado”, afirmou. “O Brasil não é moça de recado, o Brasil respeita os Estados Unidos, sabe o papel que os Estados Unidos têm no mundo, mas o Brasil tem suas opiniões”, disse Marco Aurélio.

O assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ainda que se o acordo não for levado em consideração e o Conselho de Segurança das Nações Unidas optar por adotar sanções contra o Irã haverá uma “passo atrás” na busca pela paz.

“Se neste momento temos a possibilidade de resolver [o impasse] por um canal diplomático, será ótimo, até porque o canal das sanções é visto que não resolve. A prova disso é que há quase 50 anos os Estados Unidos impuseram sanções a Cuba e nenhum dos objetivos perseguidos pelos EUA em relação a Cuba foi atingido”, disse.

Segundo Garcia, se o acordo com os iranianos não for cumprido será por decisão das potências internacionais.“Se esse acordo foi frustrado não foi frustrado nem pelo Brasil, nem pela Turquia, nem pelo Irã. Se houver frustração desse acordo, que eu espero que não exista, espero que haja sensatez de todas as partes, não terá sido responsabilidade nossa”.

No entanto, ele disse entender uma eventual decisão do Irã de descumprir o tratado feito com Brasil e Turquia se a ONU resolver aprovar uma nova rodada de sanções ao país islâmico. “Se o acordo não for aceito e se aplicar as sanções, acho normal [que o acordo não seja cumprido pelo Irã]”.

Amorim

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, também defendeu a postura do Brasil de negociar com o Irã. Segundo o ministro, o governo brasileiro não assumiu o papel de interlocutor sem respaldo internacional.
“Eu sempre disse que nos não íamos entrar neste tipo de questão, ao contrário do que muitos pensam, levianamente, mas sempre procuramos ter em conta as opiniões dadas e as preocupações de vários países e eu diria, sobretudo dos Estados Unidos”, disse.

De acordo com Amorim, os EUA pediram a participação do Brasil no impasse com o governo iraniano. “Tenho dito sobretudo dos Estados Unidos porque o presidente [Barack] Obama foi o primeiro que pediu ao presidente Lula para se interessar por esta questão”, ressaltou.

Fonte: Vi o Mundo / Luiz Carlos Azenha

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terça-feira, 25 de maio de 2010

QUEM É ELA?

Por Valfran dos Anjos

A cada passo, a cada estudo, aumentam as minhas convicções sobre a capacidade extraordinária das mulheres, não apenas por serem a arca fecunda da criação, mas por serem os grandes baluartes da salvação dos seres humanos, desde os primórdios.

Reporto-me a Sefra (ou Séfora) e Fua, duas humildes parteiras egípcias que ousaram descumprir as ordens do faraó (Êxodo 1, 17) e, assim, contribuíram para o nascimento de Moisés. Descumprir ordens do faraó, do rei, isso é subversão, diríamos nós!

A mãe de Moisés, a irmã de Moisés, a filha do faraó e suas servas, todas mulheres (Êxodo 2, 1-10), arquitetaram e salvaram Moisés das garras impiedosas do faraó. Graças, portanto, a essas mulheres maravilhosamente terroristas, tivemos Moisés, aquele mesmo que ficou face a face diante de Deus no monte Horeb e recebeu do Pai Eterno os Mandamentos e as leis que ainda hoje fecundam os nossos corações.

Podemos citar a Tamar, aquela mulher corajosa que, a pretexto de deixar descendência para o seu falecido marido, se fez prostituir com o sogro Judá, sujeitando-se a morte por apedrejamento (Gênesis 38,6-26).

E que dizer de Raab, a prostituta de Jericó? (Josué 2,1-21 e 6,17.22-23.25). Raab conspirou contra o rei de Jericó para salvar os espias enviados por Josué. Raab, a terrorista de Jericó!

E Rute, lembra-se? Ester? Noemi? Betsabeia, mãe de Salomão?

Não vou citar nem a Virgem Maria. Mas, lembro a Maria Madalena! Aquela açogueira que vendia a carne de seu próprio corpo...!

Mulheres....!

Faço referência a uma mulher que por certo o leitor não conheceu: Dona Iaiá.

Agora veja: No início da década de 70, enquanto eu estava morrendo de medo, sem entender nada sobre o golpe militar de 1964, uma jovem sonhadora partiu para a luta, para o enfrentamento, em busca de liberdade, de igualdade e de fraternidade. Lutou contra tanques de guerra, foi presa, ferida e trucidada.

Embora encarcerada, os seus sonhos não foram aprisionados. Essa jovem, o nome dela? DILMA!

Alguém pode até chamá-la de terrorista. E assim o fazem os golpistas, os militares da época, a burguesia (a burguesia fede, disse aquele cantor Cazuza), todos esses a chamam de terrorista!

Eu, chamo-a de GUERREIRA!

Enquanto eu estava escondido, morrendo de medo, ela estava lutando por mim, inclusive!

Hoje, essa mulher tem a possibilidade de ser a nossa Presidente.

EU VOTO NA DILMA!

Voto na Dilma porque conheço o trabalho de D. Iaiá! A maior terrorista que já existiu na face da terra, pois teve a ousadia de dar-me à luz!

Voto na Dilma porque conheço a intrepidez de Maria Madalena, de Raab, de Tamar!

Voto na Dilma porque conheço a luta pela vida das parteiras egípcias!

Voto na Dilma porque conheço o trabalho de D. Lindu (mãe de Lula)!

Voto na Dilma porque conheço o trabalho de D. Marisa (esposa de Lula)!

Voto na Dilma porque conheço o trabalho da Dilma!

Voto na Dilma porque conheço o trabalho de muitas mulheres anônimas que defendem uma sociedade justa, fraterna e igualitária!

Voto na Dilma porque LULA é DILMA!

Voto na Dilma porque DILMA é PT!

Enfim, voto na Dilma porque ... por várias outras razões que, se me fosse permitido alinhar, todas as páginas da web e todos os espaços cibernéticos seriam insuficientes!.


Fonte: Blog do Giba Filho

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COMO MOSTRA A DIPLOMACIA BRASIL-TURQUIA, UM MUNDO MULTIPOLAR AJUDARÁ A REDUZIR O RISCO DE GUERRA

MARK WEISBROT
ESPECIAL PARA A FOLHA


Os esforços do Brasil e da Turquia para encontrarem uma solução negociada do impasse em torno do programa nuclear do Irã precisam ser vistos dentro do contexto de um desafio crescente à ordem política internacional.

Desde o final da 2ª Guerra Mundial, essa ordem política vem sendo dominada pelos Estados Unidos, com a Europa como parceira subordinada. A substituição do G7 (ou G8) pelo G20 é uma mudança importante, mas simbólica.
As alavancas do poder -como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial- ainda são controladas mais ou menos como eram quando foram criadas em 1944: pelo Departamento do Tesouro dos EUA, com alguma participação de potências europeias.

Do mesmo modo, os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que têm poder de veto sobre as decisões mais importantes das Nações Unidas , ainda são os aliados vitoriosos da 2ª Guerra, mais a China.
Após breve período de diálogo, a gestão Obama reverteu à política externa da administração Bush com relação ao Irã -e já o fez com relação à América Latina. Trata-se de uma política de ameaças e sanções aumentadas contra o Irã, o que intensifica o risco de confronto.

Contrastando com isso, Brasil e Turquia continuaram pelo caminho anterior e breve de diplomacia propugnado por Washington e fecharam um acordo semelhante ao que foi defendido/proposto pelos EUA em outubro.

Pelo acordo, o Irã enviaria 1.200 kg de urânio pouco enriquecido à Turquia. Após um ano, o Irã receberia 120 kg de urânio para seu reator de pesquisas médicas.

Segundo a Federação de Cientistas Americanos, as diferenças entre o acordo mediado por Brasil e Turquia e o proposto em outubro são pequenas. Apesar disso, a administração Obama está seguindo adiante com seu plano de aumentar as sanções contra o Irã.

Contrastando com isso, na sexta-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse esperar que o acordo "possa abrir a porta para uma solução negociada". Brasil e Turquia já conquistaram uma vitória importante pelo fato de terem assumido a liderança nesta questão. Mostraram ao mundo que é possível obter avanços por meio da negociação.

É claro que, como dizemos em Washington, nenhuma boa ação passa impune. A mídia ocidental, incluindo a maioria dos grandes veículos de mídia da América Latina, tende a fazer a cobertura das relações internacionais desde a perspectiva dos EUA.

Como Washington vem satanizando o Irã, a mídia ocidental apresenta uma visão exagerada e unilateral do país, mostrando-o como ameaça ao mundo. Aqueles que apoiam um mundo mais multipolar são acusados de serem "antiamericanos".

Mas, como mostra a diplomacia Brasil-Turquia, um mundo multipolar ajudará a reduzir o risco de guerra. É como passar de uma ditadura para uma democracia. E, na arena internacional, ela está abrindo a porta a um papel maior do Estado de direito, da diplomacia e a um maior progresso social.

MARK WEISBROT é codiretor do Centro de Pesquisas Econômicas e Políticas, em Washington (www.cepr.net) e também presidente da Just Foreign Policy (www.justforeignpolicy.org).

De: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2505201004.htm

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Os interesses do Império e os nossos

Por Mino Carta

Ao ler os jornalões na manhã de segunda 17, dos editoriais aos textos ditos jornalísticos, sem omitir as colunas, sobretudo as de O Globo, me atrevi a perguntar aos meus perplexos botões se Lula não seria um agente, ocidental e duplo, a serviço do Irã. Limitaram-se a responder soturnamente com uma frase de Raymundo Faoro: “A elite brasileira é entreguista”.

Entendi a mensagem. A elite brasileira aceita com impávida resignação o papel reservado ao País há quase um século, de súdito do Império. Antes, foi de outros. Súdito por séculos, embora graúdo por causa de suas dimensões e infindas potencialidades, destacado dentro do quintal latino-americano. Mas subordinado, sempre e sempre, às vontades do mais forte.

Para citar eventos recentíssimos, me vem à mente a foto de Fernando Henrique Cardoso, postado dois degraus abaixo de Bill Clinton, que lhe apoia as mãos enormes sobre os ombros, em sinal de tolerante proteção e imponência inescapável. O americano sorri, condescendente. O brasileiro gargalha. O presidente que atrelou o Brasil ao mando neoliberal e o quebrou três vezes revela um misto de lisonja e encantamento servil. A alegria de ser notado. Admitido no clube dos senhores, por um escasso instante.

Não pretendo aqui celebrar o êxito da missão de Lula e Erdogan. Sei apenas que em país nenhum do mundo democrático um presidente disposto a buscar o caminho da paz não contaria, ao menos, com o respeito da mídia. Aqui não. Em perfeita sintonia, o jornalismo pátrio enxerga no presidente da República, um ex-metalúrgico que ousou demais, o surfista do exibicionismo, o devoto da autopromoção a beirar o ridículo. Falamos, porém, é do chefe do Estado e do governo do Brasil. Do nosso país. E a esperança da mídia é que se enrede em equívocos e desatinos.

Não há entidade, instituição, setor, capaz de representar de forma mais eficaz a elite brasileira do que a nossa mídia. Desta nata, creme do creme, ela é, de resto, o rosto explícito. E a elite brasileira fica a cada dia mais anacrônica, como a Igreja do papa Ratzinger. Recusa-se a entender que o tempo passa, ou melhor, galopa. Tudo muda, ainda que nem sempre a galope. No entanto, o partido da mídia nativa insiste nos vezos de antanho, e se arma, compacto, diante daquilo que considera risco comum. Agora, contra a continuidade de Lula por meio de Dilma.

Imaginemos o que teriam estampado os jornalões se na manhã da segunda 17, em lugar de Lula, o presidente FHC tivesse passado por Teerã? Ele, ou, se quiserem, uma neoudenista qualquer? Verifiquem os leitores as reações midiáticas à fala de Marta Suplicy a respeito de Fernando Gabeira, um dos sequestradores do embaixador dos Estados Unidos em 1969. Disse a ex-prefeita de São Paulo: por que só falam da “ex-guerrilheira” Dilma, e não dele, o sequestrador?

A pergunta é cabível, conquanto Gabeira tenha se bandeado para o outro lado enquanto Dilma está longe de se envergonhar do seu passado de resistência à ditadura, disposta a aderir a uma luta armada da qual, de fato, nunca participou ao vivo. Nada disso impede que a chamem de guerrilheira, quando não terrorista. Quanto a Gabeira, Marta não teria lhe atribuído o papel exato que de fato desempenhou, mas no sequestro esteve tão envolvido a ponto de alugar o apartamento onde o sequestrado ficaria aprisionado. E com os demais implicados foi desterrado pela ditadura.

Por que não catalogá-lo, como se faz com Dilma? Ocorre que o candidato ao governo do Rio de Janeiro perpetrou outra adesão. Ficou na oposição a Lula, primeiro alvo antes de sua candidata. Cabe outro pensamento: em qual país do mundo democrático a mídia se afinaria em torno de uma posição única ao atirar contra um único alvo? Só no Brasil, onde os profissionais do jornalismo chamam os patrões de colegas.

Até que ponto o fenômeno atual repete outros tantos do passado, ou, quem sabe, acrescenta uma pedra à construção do monumento? A verificar, no decorrer do período. Vale, contudo, anotar o comportamento dos jornalões em relação às pesquisas eleitorais. Os números do Vox Populi e da Sensus, a exibirem, na melhor das hipóteses para os neoudenistas, um empate técnico entre candidatos, somem das manchetes para ganhar algum modesto recanto das páginas internas.

Recôndito espaço. Ao mesmo tempo Lula, pela enésima vez, é condenado sem apelação ao praticar uma política exterior independente em relação aos interesses do Império. Recomenda-se cuidado: a apelação vitoriosa ameaça vir das urnas.

Fonte: Carta Capital

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Vi o Mundo: Emanuel Cancella: Lei do petróleo foi mudada para pior

PETRÓLEO – ELES ESTÃO MUDOS 

Por Emanuel Cancella 

Os partidos políticos, as centrais sindicais, os movimentos sociais e a mídia precisam se manifestar e se posicionar para garantir que a riqueza obtida com a exploração do petróleo na camada do pré-sal fique, de fato, no Brasil. A omissão agora, no momento em que está tramitando no Senado o marco regulatório, é crime. Vale registrar que a nova lei do Lula já foi totalmente modificada no Congresso Nacional e, por sinal, para pior, muito pior.

As emendas apresentadas são extremamente nocivas. A pergunta que se faz hoje é: você quer entregar o petróleo para quem, para as multinacionais ou quer fazer com que o Brasil enriqueça com a sua exploração? Não existe um terceiro lado. Chegou a hora de marcar posição e ir para as ruas. Muita gente só tem olhos para a eleição, principalmente a disputa pela presidência.

É verdade que alguns partidos, centrais e movimentos sociais apoiaram o projeto dos movimentos sociais, que propõe uma Petrobrás 100% estatal e pública, a volta do monopólio, o fim dos leilões da ANP e a revisão dos já realizados. Isso é um avanço, mas é pouco frente aos interesses de grupos internacionais, representados no Brasil por políticos entreguistas.

Há pouco tempo, o governador Sérgio Cabral puxou um movimento em defesa dos royalties chamado “Covardia contra o RIO” e que movimentou o Rio e o Brasil, tendo repercutido até no Congresso Nacional.
Foi uma resposta à emenda do deputado gaúcho Ibsen Pinheiro, que propôs distribuir os royalties para todos os estados e municípios brasileiros, discriminando, porém, os estados e municípios produtores.

Agora, que a ameaça é a dos gringos levarem o nosso petróleo, ninguém fala nada! Nós, da Campanha o Petróleo Tem que Ser nosso! achamos que eleição é muito importante, porque vai decidir o destino do país nos próximos quatro anos. Mas sabemos que tratar do tema petróleo hoje significa discutir o Brasil para os próximos cinqüenta anos.

Já podemos imaginar o Brasil sanando todos os nossos problemas sociais, principalmente os da nossa população pobre, acabando com a miséria de nosso povo sem que para isso seja necessário pedir um centavo emprestado a organismos financeiros internacionais. Tudo com dinheiro do petróleo, principalmente do pré-sal. Aliás, os políticos dizem defender prioritariamente os mais necessitados, parafraseando Jesus Cristo, que fez, de fato, a opção pelos pobres.

Lula representa como ninguém o Brasil lá fora, mas quando chega a hora de defender nossos próprios interesses, a história é outra. No marco regulatório do petróleo, por exemplo, apesar de superar a lei entreguista de FHC, o governo só garante aos brasileiros 30% das reservas do pré-sal. Os outros 70% vão ser abocanhados, melhor dizendo, surrupiados pelas multinacionais.

Como diz o ator Paulo Betti em nosso filme da campanha do petróleo: “achamos um tesouro em nosso quintal e vamos entregar…” Acreditamos que a sociedade vá se levantar contra esse entreguismo. Isso porque, na década de 50, quando não existia televisão, internet e nem havia certeza da existência de petróleo no Brasil, o povo foi às ruas e organizou o maior movimento cívico que esse país já vivenciou.

O movimento “O petróleo é nosso!” foi responsável pela criação da Petrobrás e estabeleceu o monopólio estatal do petróleo. A Petrobrás fez a sua parte. Entre tantos êxitos desenvolveu tecnologia inexistente no mundo e descobriu o pré-sal. Será que toda essa luta de nosso povo seria para depois entregar, de mão beijada, o nosso petróleo aos gringos? Muito estranho o silêncio, principalmente dos partidos políticos, das centrais sindicais e dos movimentos sociais.

Grande parte da mídia sempre agiu assim, contra os interesses nacionais e, portanto, não é de estranhar sua omissão hoje. Só para refrescar a memória: a imprensa nacional aliou-se à ditadura militar, foi a principal articuladora da candidatura Collor, que se revelou um grande farsante e escondeu o quanto pode o movimento das Diretas Já! Parece que o Brasil, em detrimento de nosso povo, assumiu definitivamente a condição de quintal do mundo. Daqui já levaram todas nossas riquezas naturais, o petróleo é só mais uma. Vamos continuar a ser o país do futuro!

Fonte : Vi o Mundo / Luiz Carlos Azenha, com informações da Agência Petroleira de Notícias

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O DESESPERO DE ARRUDA SERRA – O GOLPE BRANCO

Por Laerte Braga

O candidato José Arruda Serra tomou conhecimento dos resultados da pesquisa do DATA FOLHA logo ao término do trabalho de campo. Teve um acesso de fúria, entre outras coisas, pela constatação que seria impossível manipular mais que já estava manipulado o crescimento da candidatura de Dilma Roussef.

O jornal FOLHA DE SÃO PAULO, braço do tucanato, começa a preparar um golpe branco na tentativa de inibir a participação do presidente da República na campanha de Dilma Roussef, candidata do seu partido, o PT.

Vai, certamente, ser uma discussão que se estenderá a toda a grande mídia, venal e ligada ao complexo, digamos assim, que pretende eleger José Arruda Serra e recolocar o Brasil na condição de protagonista de segunda categoria, adereço, de uma ordem política, econômica e social injusta.

Por que o presidente Lula não pode participar da campanha de Dilma Roussef?

Quando a primeira-ministra da Inglaterra Margareth Teatcher esteve no Brasil, o então senador Antônio Carlos Magalhães relatou a ela que em nosso país havia necessidade de desincompatibilização de ocupantes de determinados cargos para que pudessem concorrer a outros.

A resposta de Teatcher, baluarte da extrema-direita, logo, dos similares de PSDB, DEM, PPS, etc, foi que isso era uma bobagem, pois a atividade política é essencialmente partidária e desde que a máquina do Estado não seja usada tudo bem.

O pulo do gato, ou um dos pulos, está aí. Máquina do Estado não é a figura do presidente da República, filiado a um partido, eleito por esse partido e num leque de alianças comuns a um programa de governo.

O mesmo jornal FOLHA DE SÃO PAULO, num cochilo, publicou semana passada, notícia denunciando o ex-governador José Arruda Serra de, fora do governo, estar usando a máquina governamental para sua campanha.

O que está em debate é exatamente se o eleitor brasileiro deseja a continuidade do governo Lula, como programa de ação, ou o retorno aos tempos neoliberais de FHC na pessoa de José Arruda Serra.

E os interesses de grandes grupos econômicos internacionais associados à elite podre FIESP/DASLU, associam-se à candidatura do tucano José Arruda Serra.

É lógico que Lula tem que participar desse debate. E mais que isso, é lícito, é saudável para o processo democrático.

FHC pagou uma dívida de 250 milhões de dólares em 2002, dívida da REDE GLOBO, fez aprovar a emenda que permitia a presença de capital estrangeiro em meios de comunicação (rádio e tevê) do capital estrangeiro, como pré-condição imposta pela GLOBO para apoiar Serra.

Do contrário a empresa, o grupo continuaria a alimentar a candidatura de Roseana Sarney, àquela altura já liderando as pesquisas de opinião pública, nas costumeiras montagens do antigo IBOPE, hoje GLOBOPE.

Inibir ou proibir a presença de Lula na campanha eleitoral é um golpe branco. Fere de morte o processo democrático.

José Arruda Serra resolveu correr outra vez atrás do ex-governador de Minas, Aécio Neves, para ser o seu vice, como solução para a indigência eleitoral que se começa a desenhar.

Se há dois meses atrás a candidatura de Aécio poderia vir a representar alguma coisa, em termos de acréscimo eleitoral a Arruda Serra, hoje não significa nada. Minas já percebeu que Arruda Serra é o anti-Brasil e especificamente o anti-Minas.

Não me consta que Aécio com seu capital político vá ser vítima de um golpe, um conto do vigário, pratique haraquiri, suicídio político, a não ser que tenha perdido a sabedoria que herdou do avô, Tancredo, ou esteja disposto a ouvir os mineiros, através do voto, transmitirem um recado tipo “Aecinho, nós gostamos muito de você, mas desculpe, detestamos o Arruda Serra”.

Ao declarar que “o primeiro compromisso é com Minas”, o ex-governador sabia e sabe que o primeiro compromisso dos mineiros também é com Minas. Simples entender isso. A mineirice percebe o espertalhão, caso de José Arruda Serra e a mineiridade entende a importância de Minas para o Brasil.

Se Aécio não entender isso, paciência, azar de Aécio. Minas e os mineiros já entenderam.

Arruda Serra é um descalabro em si, por si, no que representa e no que traz consigo.

No programa PAINEL, da GLOBONEWS, conduzido pelo jornalista norte-americano naturalizado brasileiro, ou vice versa William Waak, o ex-chanceler de FHC, Horácio Láfer, deu a dimensão do governo FHC e de um eventual (felizmente cada vez mais difícil) José Arruda Serra.

Perguntado sobre porque tirou os sapatos e submeteu-se a uma revista no aeroporto de New York sendo chanceler, ministro de um governo amigo, disse que preferiu cumprir a lei a “dar uma carteirada”. Ou seja, caiu de quatro ali e continua de quatro aqui e agora.

É o que essa gente quer para o Brasil.

Será que Láfer, tido e apontado como intelectual, não percebe ou não conhece que os representantes de governos estrangeiros que se dirigem aos EUA para participar de eventos nas Nações Unidas estão garantidos pelo direito internacional? Que lhes assegura imunidade? O presidente do Irã esteve lá agora, discursou na ONU e não retirou os sapatos.

O gesto de Láfer e agora sua resposta dão a dimensão do caráter dessa gente, da subserviência, da condição de meros agentes estrangeiros desejosos de transformar o Brasil, hoje potência mundial e com um presidente reconhecido por unanimidade até por seus adversários como um dos maiores líderes contemporâneos, em colônia. Em adereço.

O desespero de Arruda Serra é o desespero da mediocridade, da corrupção, a proposta levantada pelo jornal FOLHA DE SÃO PAULO é típica de um jornal que mentiu no caso do currículo de Dilma, omite a denúncia contra o currículo de Arruda Serra, chama a ditadura militar (emprestou seus caminhões para a desova de cadáveres de presos políticos assassinados nos porões da tortura) de ditabranda e reflete a venalidade dessa mídia comprometida com interesses que não são os do Brasil e dos brasileiros.

Que tal por exemplo, já que gostam disso, investigar a saída de José Arruda Serra do estádio nacional de Santiago do Chile, preso que foi no dia do golpe contra Allende? Por que milhares foram executados, inclusive estrangeiros, brasileiros também entre eles, e Arruda Serra, num passe de mágica foi solto?

Vão chegar à conclusão que o embaixador dos EUA, por instâncias de FHC e do embaixador brasileiro (da ditadura militar) fizeram saber aos golpistas que “O Serra é um dos nossos, tem que soltá-lo, está disfarçado de esquerda”.

A falta de dignidade nessa gente é total. Absoluta.

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Ficha Limpa e a polêmica dos tempos verbais

Márlon Jacinto Reis*

Ganhou espaço na imprensa nos últimos dias uma polêmica absolutamente desnecessária.

Discutiu-se se a mudança do tempo verbal em alguns dispositivos da Lei da Ficha Limpa implicaria na impossibilidade de serem atingidas pessoas já condenadas nas condições descritas na lei. Emenda acolhida pelo relator alterou expressões como "os que houverem sido" para "os que forem".

Para alguns teria havido uma manobra para beneficiar determinadas pessoas. Na verdade, a emenda aprovada não alterou em absolutamente nada a aplicação da nova lei.

Os conhecedores do Direito Eleitoral sabem que é usual que na redação de hipóteses de inelegibilidade se empregue o verbo no futuro do subjuntivo. Basta ver que a própria Lei de Inelegibilidades (LI), alterada pela iniciativa popular, já utilizava esse tempo de conjugação.

Exemplo disso é o texto atual do art. 1º, I, g, da LI. Segundo o dispositivo "são inelegíveis os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas (...)".

Essa redação levou diversos candidatos a, logo após a edição da referida lei, questionarem a aplicação do dispositivo a casos passados. Resultado disso foi a sedimentação da jurisprudência no âmbito do Supremo Tribunal Federal no sentido de que, as hipóteses de inelegibilidade abarcam, sim, fatos ocorridos no passado.

Vejam o que decidiu o STF:

EMENTA: - CONSTITUCIONAL. ELEITORAL. INELEGIBILIDADE. CONTAS DO ADMINISTRADOR PÚBLICO: REJEIÇÃO. Lei Complementar nº 64, de 1990, art. 1º, I, "g".
(...)

II. - Inelegibilidade não constitui pena. Possibilidade, portanto, de aplicação da lei de inelegibilidade, Lei Compl. nº 64/90, a fatos ocorridos anteriormente a sua vigência (MS nº 22087-2, Rel.: Min. Carlos Velloso).

Como se vê, basta que o Supremo Tribunal Federal siga aplicando a sua jurisprudência sobre o tema para que a Ficha Limpa deite seu impacto sobre os que já de amoldam aos perfis repelidos pela inovação legislativa de origem popular.

Não se trata de uma eficácia retroativa, o que só ocorreria se a nova lei permitisse a desconstituição de mandatos obtidos na vigência de outra lei, mas da simples aplicação dos novos critérios de inelegibilidade, sempre baseados na confrontação entre circunstâncias fáticas e o conteúdo da lei.

Mas isso não encerra a questão. No caso em debate há um argumento ainda mais forte para que não se considere o tal "tempo verbal" como uma salvação marota para pessoas que a sociedade não quer candidatos já neste pleito.

É que a Lei da Ficha Limpa prevê expressamente sua aplicação aos casos anteriores, o que fica claro quando se lê o seu art. 3º. Transcrevo:

Art. 3º Os recursos interpostos antes da vigência desta Lei Complementar poderão ser aditados para o fim a que se refere o caput do art. 26-C da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, introduzido por esta Lei Complementar.

Trata-se de norma de transição, voltada a explicitar o mecanismo pelo qual pessoas já condenadas por instâncias colegiadas antes da edição da lei devem agir se pretenderem obter o benefício na suspensão cautelar da inelegibilidade previsto no art. 26-C da Lei da Ficha Limpa.

Referido dispositivo assenta de forma incontestável a incidência da inelegibilidade sobre os que sofreram condenações anteriores à vigência da lei de iniciativa popular.

Há ainda um argumento definitivo, capaz de auxiliar na interpretação do âmbito temporal de incidência da inovação legislativa. Para isso, chamo a atenção do leitor para a redação do art. 1º, I, l, da Lei da Ficha Limpa. O dispositivo declara inelegíveis "os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena".

Como se vê, a vedação das candidaturas atinge não apenas as condenações recorríveis proferidas por órgãos colegiados, mas até mesmo condenações transitadas em julgado.

Se fosse possível interpretar o dispositivo de modo a considerar que o tempo de conjugação do verbo impediu a sua aplicação a fatos ocorridos no passado, chegar-se-ia à inadmissível conclusão de que até os condenados por decisão irrecorrível estariam igualmente elegíveis. Estaríamos diante de uma situação insustentável: a liberação da candidatura de condenados por decisões criminais, por improbidade e por abuso de poder econômico e político ainda que transitadas em julgado.

A Lei da Ficha Limpa - engendrada no seio da sociedade justamente para pôr fim à impunidade em matéria eleitoral - operaria como uma anistia ampla, geral e irrestrita a todos os atos que na vigência da Lei de Inelegibilidades já eram capazes de gerar algumas inelegibilidades.

Ou seja, a lei estaria sendo interpretada de um modo absolutamente inverso ao que motivou milhões de brasileiros e a unanimidade da Câmara e do Senado a vedar as candidaturas que a sociedade quis proibir.

A Campanha Ficha Limpa tem um sentido claro. A sociedade brasileira espera que suas normas sejam aplicadas desde logo, atingindo todos aqueles que estiverem incursos nas hipóteses delineadas na nova lei. Qualquer interpretação em sentido diverso ofende a imensa mobilização social que motivou as profundas alterações realizadas na Lei de Inelegibilidades.

*Juiz de Direito no Maranhão, Presidente da Abramppe - Associação Brasileira dos Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais.

Fonte: Grupo Cidadania Brasil

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EUA anunciam fechamento de embaixada no Brasil

Se você precisar de um visto para Nova York, talvez seja mais rápido falar com o embaixador (brasileiro) Lampreia

Por João Peres*

A Casa Branca comunicou nesta quinta-feira, 20, que irá fechar sua representação diplomática no Brasil. A medida foi adotada durante reunião de mais de três horas entre a chefe do Departamento de Estado, Hillary Clinton, e o embaixador no Brasil, Thomas Shannon.

O encontro, segundo a reportagem apurou, ocorreu sob forte tensão e com acusações de Hillary a Shannon. Hillary teria chegado a dizer que Shannon se comportou feito “uma mocinha comunista” durante a negociação do acordo na área nuclear entre Brasil, Irã e Turquia. “Você não é um patriota. A América (sic) paga seu salário para ficar aí, no meio dessa horda de subdesenvolvidos, sem fazer nada”, teria afirmado a dama-de-ferro durante o encontro em Washington.

Shannon, na saída da reunião, confirmou o fechamento da embaixada e dos consulados dos Estados Unidos em território brasileiro e ressaltou que o acordo Brasil-Irã teve papel fundamental na decisão, mas negou que tenha sido ríspido o tom da conversa com Hillary.

A conclusão, segundo disse o embaixador, é de que já não faz sentido ter representações diplomáticas em um país no qual os Estados Unidos estão amplamente representados. “Você viu como a Globo, a Folha e o Estadão se comportaram durante essa história do acordo? Afirmando que a proposta do Brasil nem era tudo isso e que o Irã é um baita mentiroso? Nem um comunicado do Departamento de Estado seria tão favorável aos interesses da Casa Branca. Logo, perdeu sentido que eu continue por aqui. Vou ter de procurar outro emprego. Pior que de editorialista não dá: o Brasil está cheio”, afirmou, claramente abatido, aos jornalistas presentes à saída do encontro.

Serviço

A partir de 1º de junho, os brasileiros que desejarem tirar passaporte ou gozar de qualquer outro serviço diplomático devem se dirigir aos seguintes lugares:

- Folha de S. Paulo
- O Estado de S. Paulo
- O Globo
- Qualquer emissora da Rede Globo em território nacional.

*João Peres é jornalista e colunista do Nota de Rodapé. Este texto é uma crônica, portanto, aos que acham que é verdadeira a notícia, a piada irônica teve o efeito desejado.

Fonte: Nota de Rodapé

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domingo, 23 de maio de 2010

PHA: PiG(*) inventa que FHC salvou Lula do impeachment. Só faltava essa

Ele queria ver o Lula morto


O jornal Valor, deste fim de semana, publica longa reportagem para demonstrar que foi o notável estadista Farol de Alexandria quem salvou o pobre coitado do Lula da crise do mensalão (o do PT **).

Só faltava essa.

Trata-se de reportagem com fontes anônimas, esse jornalismo neo-investigativo de colocar aspas em declarações que o repórter não testemunhou.

Dessas contribuições do PiG (*) à Cultura Ocidental.

E lá está o sábio, o estadista, o onissapiente Fernando Henrique Cardoso, aquele que iluminava a Antiguidade e foi destruído num terremoto.

É ele quem impede a oposição de derrubar o Lula, depois que o Duda Mendonça confessou numa CPI que recebia em contra secreta.

Papo furado.

O Farol de Alexandria desautorizou a oposição a tentar o impeachment – se é que a oposição conseguiria realizá-lo – por mero cálculo político.

É a “teoria do sangramento”, a que o Conversa Afiada se referiu diversas vezes, depois de ouvir de interlocutor do Farol, desses que se hospedavam no Palácio do Alvorada para trocar receita de veneno, madrugada adentro.

A “teoria do sangramento” – que se tornará um legado mais consistente do que a “teoria de dependência” – consistia em deixar o Lula sangrar, sangrar, e fazê-lo chegar exangue à eleição.

Na dita eleição, com o metalúrgico, nordestino, “ignorante” do Caetano, exangue, ele, o Farol, se tri-elegeria nos braços do povo, como De Gaulle que re-emergisse de Colombey-les-deux-églises, triunfante.

Ao fundo, Gloria in excelsis deo.

Simples.

Cálculo político rasteiro, de botequim.

Nada de sobrenatural, genial.

A reportagem neo-investigativa tem outra informação interessante.

Transforma o banco português Espírito Santo num neo-vilão.

Os portugueses do Espírito Santo seriam o novo “ Banco Rural”, o Marcos Valério de bigodões, a encher a burra do PT de grana.

Interessante.

O Espírito Santo é um dos acionistas da empresa “Ongoing”, que edita no Brasil o jornal “Brasil Econômico, concorrente do Valor – êpa, êpa !

A “Ongoing” acaba de comprar o jornal O Dia, no Rio, no quintal do Globo, dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio.

O Valor é uma associação do Globo com a Folha (***).
Pano rápido.

Paulo Henrique Amorim

(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista
(**)O mensalão dos tucanos de Minas agora se enrolou. O ex-presidente do PSDB, o senador Eduardo Azeredo se tornou réu no processo. De resto, como diz o Mino Carta, ainda está por provar-se que tenha existido um “mensalão”. Ou se foi a Caixa Dois de campanha, velha de guerra.
(***)Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Fonte: Conversa Afiada / Paulo Henrique Amorim 

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ficha Limpa: texto aprovado no Senado não alivia punições, diz Demóstenes

O relator do projeto Ficha Limpa, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), garantiu que o texto aprovado é "muito bom" e atende perfeitamente às demandas da sociedade. Ele negou que tenha sido aberta qualquer brecha para aliviar punições de quem já foi condenado, conforme interpretações divulgadas nesta quinta-feira (20) pela imprensa.

- Avaliar assim é coisa de quem não leu o texto aprovado na Câmara e nem o que foi votado pelo Senado. Houve apenas uma adequação de linguagem, de tempo verbal - afirmou.

O senador, em pronunciamento na sessão do Plenário realizada na quarta-feira (19), chegou a chamar de "analfabeto" o deputado que teria acusado o Senado de mudar o texto para favorecer políticos já condenados.

Demóstenes explicou que em nenhum país democrático do mundo uma lei pode retroagir para atingir casos que já transitaram em julgado. Conforme observou, havia divergência de tempo verbal na redação de nove incisos que tratam dos casos de inelegibilidade: alguns diziam que são inelegíveis "os que tenham sido..." e outros "os que forem...".

- O que fizemos, com emenda de redação do senador [Francisco] Dornelles, foi transformar tudo em 'os que forem condenados', que é a expressão que consta da lei atual, a Lei Complementar 64/90 - disse.

O senador citou como exemplo políticos cassados pelo Judiciário: segundo ele, os ex-governadores Cássio Cunha Lima, da Paraíba, e Jackson Lago, do Maranhão, são elegíveis, porque suas condenações ocorreram antes da sanção da nova lei. Mas, se fossem cassados depois da promulgação, estariam inelegíveis.

Demóstenes destacou que até mesmo a renúncia ao mandato para evitar a cassação tornará o chefe de executivo ou parlamentar inelegível, o que não acontece pela legislação em vigor. Ele ainda recomendou aos cidadãos que leiam o texto aprovado pelo Senado, a fim de constatar que a futura lei vai mudar os parâmetros das campanhas eleitorais.

- Por exemplo, aquela turma do mensalão alegava que o dinheiro não era fruto de corrupção, sendo apenas 'caixa 2'. Pois o caixa 2 passa a ser crime punido com inelegibilidade - exemplificou.

O senador concorda com a avaliação de que cerca de 25% dos atuais pré-candidatos poderão ser atingidos pela nova legislação, depois de sancionada.

- Há casos de políticos que já tiveram sentença transitada em julgado e que estão em fase de recurso. Se perderem o recurso, ficarão inelegíveis. Vai ter o esperto que será condenado em primeira instância durante a campanha e não vai recorrer, alegando que não foi julgado por órgão colegiado. Pois também esse ficará inelegível, porque o texto fala em sentença transitada em julgado ou condenação por órgão colegiado - explicou.

O artigo 3° do projeto, disse Demóstentes, atende aos casos em que o político foi condenado antes da sanção da nova lei e tem recursos interpostos ainda em fase de julgamento.

- Se o recurso for negado, esse cidadão estará inelegível - disse.

Fonte: Blog Campanha Ficha Limpa São Paulo

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quinta-feira, 20 de maio de 2010

ACORDO COM IRÃ FAZ EUA INTENSIFICAR CAMPANHA DE SERRA – OBAMA QUER BRASIL DE QUATRO

Por Laerte Braga

Uma das decisões dos executivos da empresa EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, sucessora da SPECTRE, pegos de surpresa com o acordo firmado entre o Brasil, o Irã e a Turquia, é a de intensificar a campanha eleitoral do candidato José Arruda Serra, um dos mais qualificados funcionários da empresa em nosso País.

Nesse sentido, já como pontapé inicial, no próximo final de semana o INSTITUTO DATA FOLHA deve divulgar pesquisa montada para contrapor-se a de outro Instituto o VOX POPULI, que coloca a candidata do presidente Lula, Dilma Roussef à frente do agente José Arruda Serra. Em seguida, o mesmo deve ser feito pelo antigo IBOPE, hoje GLOBOPE.

A pesquisa em si é só uma reação ao impacto da virada de Dilma e dos riscos que isso representa para os “negócios” da EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A. Chantagem, terrorismo, extorsão e vingança.

A importância do Brasil que se limitava à América Latina, desde a posse do atual presidente Luís Inácio Lula da Silva expandiu-se e hoje o País exerce destacada liderança junto a nações independentes do bloco comandado por Washington. O acordo firmado pelo Brasil e a Turquia com o Irã foi a gota d’água para os executivos da EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

Por esse motivo empresas associadas e parte do grupo começaram a agir no Brasil onde detêm o controle da chamada grande mídia (GLOBO, VEJA, ÉPOCA, FOLHA DE SÃO PAULO, RBS e veículos regionais) e essa ação será ampliada em várias frentes. Desmoralizar e desqualificar a candidata Dilma Roussef. Aumentar os níveis de tensão artificialmente no campo, visando assustar a população das chamadas cidades grandes e de porte médio, notadamente a classe média. Cobrar via chantagens a posição de políticos e empresários brasileiros subordinados aos interesses da grande empresa – grande irmão se preferirem –.

Provocar pronunciamentos de chefes militares comandados a partir de Washington com os velhos receituários de perigo comunista, terrorismo, etc, a mentira repetida a exaustão até parecer verdade (como no caso das armas químicas e biológicas para justificar o assalto ao Iraque), todo o arsenal, que, costumeira e historicamente tem sido usado pela EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A para alcançar seus objetivos básicos.

No caso específico, o Brasil de quatro e o ministro das Relações Exteriores sem sapatos – como aconteceu no governo de FHC –, os memorandos emitidos em Washington rigorosamente cumpridos e dane-se o resto, vale dizer, o povo brasileiro.

A idéia de paz transformada em realidade possível no acordo Brasil, Irã e Turquia, era só uma jogada de Washington, para chegar às sanções contra o Irã e ao final à guerra, um dos principais “negócios” do complexo de organizações criminosas que detêm o controle acionário da EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

O presidente Lula disse hoje a jornalistas que não fez outra coisa a não ser o que o Conselho de Segurança da ONU desejava e outros não conseguiram – “levar o Irã à mesa de negociações” –. E foi mais além “TEM GENTE QUE NÃO SABE FAZER POLÍTICA SE NÃO TIVER INIMIGO E EU FAÇO POLÍTICA FAZENDO AMIGOS”.

Temerosos que o Brasil persista em sua postura independente, não se submetendo ao controle de Washington, a empresa Chlopak, Leonard, Schecther y Associados (CLSA), com sede na capital norte-americana, foi acionada pelos principais executivos da EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A para assumir a campanha de José Arruda Serra. Obama supunha que Lula seria vítima da armadilha que o Departamento de Estado colocou diante do brasileiro. Obter um acordo com o Irã.

Como Lula conseguiu e esse acordo era a última coisa que os EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A queriam, a saída é desqualificar o acordo, arrostar falta de confiança no Irã e em todo esse processo acionar os veículos de comunicação no Brasil sob controle da empresa para buscar eleger José Arruda Serra de qualquer forma.

A empresa é braço da CIA – AGÊNCIA CENTRAL DE INTELIGÊNCIA DOS EUA – e teve atuação recente no golpe de Honduras.Todo o noticiário dirigido a jornais, rádios, tevês e revistas favoráveis ao golpe que derrubou o presidente constitucional do país Manuel Zelaya era produzido pela CLSA e distribuído entre outros, a GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA, etc.

Seu papel é exatamente esse. Passando-se por uma agência de relações públicas atua em países latino-americanos criando fatos, distorcendo realidades, gerando versões, assessorando políticos cooptados (caso de José Arruda Serra, dos braços PSDB, PPS, DEM e outros) e o principal fator, ou um dos principais, criar o temor de ditadura militar através de generais e oficiais superiores das três forças subordinados a EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, no caso do Brasil, a maioria da oficialidade, tal e qual em 1964.

Por trás da rejeição de Obama ao acordo e da proposta de sanções contra o Irã, dois aspectos saltam aos olhos de imediato. O primeiro deles o fato da empresa sucessora do SPECTRE (terrorismo, chantagem, vingança e extorsão), ter deixado de ser o eixo uma negociação de suma importância, levando-se e conta que o plano básico implica nas sanções e em uma seguida ação militar contra o Irã. O acordo frustra esse objetivo e pela primeira vez nos últimos anos tira um dos mais importantes acionistas da EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A do centro dos acontecimentos.

Segundo, coloca o Brasil em posição de negociador privilegiado no mundo de hoje e abre perspectivas para que a liderança regional do País (América Latina) venha a se transformar, com a eventual eleição de Dilma, num bloco econômico capaz de contrapor-se às duas maiores forças atuais. A EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A e a COMUNIDADE EUROPÉIA, ampliando essa força regional dando-lhe, como agora na obtenção do acordo com o Irã, peso mundial.

É literalmente jogar o Brasil para escanteio. E não foram outras as razões que fizeram o funcionário da empresa e candidato presidencial José Arruda Serra a fazer pesadas declarações contra o MERCOSUL em visita a Porto Alegre. Países que têm estreitas relações com os integrantes do MERCOSUL, caso de Espanha e Portugal, já manifestaram seu repúdio às posições de Arruda Serra.

O embate que se trava na ONU em torno de sanções contra o Irã em seguida ao acordo firmado pelo Brasil, Turquia e o próprio Irã, se estende ao Brasil e, nesse contexto, domar um País que ganha força de potência mundial é fundamental para a EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A. José Arruda Serra, como foi FHC, é o homem deles.

Aos brasileiros vai caber decidir se preferem continuar como tal, ou se caem de quatro e passam a grafar o nome do país com Z – BRAZIL –. Da mesma forma que o Irã, o Iraque, somos detentores de grandes reservas de petróleo. A fome do império terrorista de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A não tem limites. E nem escrúpulos.

E muito menos os que servem a ele.

Uma das operações costumeiras da empresa destacada para viabilizar a campanha eleitoral de José Arruda Serra é o tráfico de urânio através dos barões da droga. O fato foi denunciado pelo jornal norte-americano THE WASHINGTON POST, isso em 2006.

O slogan “nós podemos mais” repete o de Obama, “Yes, we cant” – sim, nós podemos” – e foi montado pelos vários departamentos da EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, dentre eles a empresa CLSA.

O que está em jogo é muito mais que o tratado obtido pelo presidente Lula e pelo primeiro-ministro turco. O que está em jogo é o Brasil.

Somos uma nação soberana e independente, ou somos um apêndice da EUA/ISRAEL
TERRORISMO S/A.

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terça-feira, 18 de maio de 2010

Para analista iraniano, 'vitória da diplomacia brasileira cala a boca dos EUA'

EUA e aliados não acreditavam na diplomacia brasileira, disse analista

O acordo assinado pelo Irã nesta segunda-feira em torno de seu programa nuclear foi uma vitória da diplomacia brasileira e uma resposta aos Estados Unidos, na avaliação do analista iraniano Mohammad Marandi, da Universidade de Teerã.

"Apesar das dificuldades em conseguir o acordo, o presidente Lula arriscou sua fama internacional para conseguir intermediar uma proposta que trouxesse o governo iraniano de volta à mesa de negociações", disse Marandi à BBC Brasil.

Para o analista, o Brasil responde às críticas de outros países ocidentais, como os EUA e seus aliados, que não acreditavam que Lula e seu corpo diplomático pudessem fazer algo diferente do que já havia sido tentado.

"Lula calou a boca dos EUA e da secretária de Estado (dos EUA), Hillary Clinton, que mais de uma vez menosprezou os esforços turcos e brasileiros."

Para Marandi o Brasil teve o maior crédito, pois a Turquia não estava com o mesmo grau de otimismo em relação a um possível acordo.

"O mérito foi do Brasil, pois o país arriscou sua reputação e sofreu as maiores críticas ao se aproximar do Irã. E ainda conseguiu dar mais ânimo aos turcos em acreditar na possibilidade de se chegar a um acordo", enfatizou ele.

Proposta

O porta-voz do Ministério do Exterior do Irã, Ramin Mehmanparast, disse que o país vai enviar 1.200 kg de urânio de baixo enriquecimento (3,5%) para a Turquia em troca de combustível para um reator nuclear a ser usado em pesquisas médicas em Teerã.

O entendimento anunciado nesta segunda-feira e assinado em frente a jornalistas em Teerã tem como base a proposta da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, órgão da ONU), do final do ano passado, que previa o enriquecimento do urânio iraniano em outro país em níveis que possibilitariam sua utilização para uso civil, não militar.

Marandi salientou que ainda precisam ser conhecidos detalhes do acordo, como, por exemplo, a questão de como se dará a supervisão do transporte do urânio à Turquia e o papel da AIEA em colocar observadores.

"Sem contar que o grupo dos EUA e aliados que pressionavam por mais sanções devem ratificar o acordo para que tenha maior peso."

Israel

Poucos minutos após o anúncio do acordo, Israel criticou o Irã, afirmando que Teerã está "manipulando" o Brasil e a Turquia.

Os dois países, potências não-nucleares e membros não-permanentes do Conselho de Segurança da ONU, querem evitar as sanções.

Alguns integrantes do Conselho – principalmente os Estados Unidos - desconfiam das intenções do programa nuclear iraniano.

O Irã afirma que ele tem fins pacíficos, e que o país não pretende desenvolver armas nucleares.

Para o professor Mohammad Marandi, a vitória turca e brasileira se deu também à visão do Irã de que estes dois países são mais confiáveis que os outros do Conselho de Segurança da ONU.

"O acordo assinado hoje aconteceu porque o governo iraniano enxerga no Brasil e Turquia como dois países amigos."

Fonte: BBC Brasil

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segunda-feira, 17 de maio de 2010

STJ mantém afastamento de prefeito no Maranhão

O ex-prefeito do município de Lago Verde (MA) não deve retornar ao cargo. O Superior Tribunal de Justiça negou o pedido dele. Até fevereiro deste ano, o ex-prefeito estava em pleno exercício de sua função, mas foi afastado do comando da prefeitura por decisão do Poder Legislativo local. Ele responde a processo por infração político-administrativa.

O ex-prefeito é acusado de não prestar contas dos gastos do município, bem como de permitir procedimentos licitatórios suspeitos. Segundo a Câmara de Vereadores de Lago Verde, ele não atendeu aos pedidos de informações e convocações feitos pela Casa. Por isso, o Poder Legislativo local decidiu afastá-lo temporariamente do cargo. A alegação foi a de que esta era a melhor medida “para preservar o interesse público e facilitar a análise das contas públicas municipais, que não vinham sendo apresentadas”.

Inconformado, ele recorreu ao STJ. Argumentou que os diversos retornos e afastamentos do cargo, seis até o momento, tem provocado instabilidade pública e institucional, causando desordem no município, que a cada dia amanhece sendo governado por um gestor diferente.

Entretanto, o presidente do STJ, ministro Asfor Rocha, não acolheu os argumentos da defesa. O ministro ressaltou que as questões jurídicas de mérito do processo escapam aos limites traçados para a suspensão de liminar, de sentença e de segurança, uma vez que em tais casos só cabe analisar a possibilidade de grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.

Fonte: Consultor Jurídico

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domingo, 16 de maio de 2010

Privatizações

Para quem ainda tinha alguma dúvida:


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UAI! AÉCIO É NEVES DA CUNHA OU É KFOURY?

Aécio                                             Kfouri

Por Laerte Braga

Bem informado em matéria de trampolinagens tucanas, parte da coligação que apoia José Arruda Serra, o jornal THE GLOBE, em sua edição brasileira, O GLOBO, anuncia que o ex-governador Minas Aécio Neves da Cunha está inclinado a ceder às pressões do tucanato paulista e acabar sendo o vice de Arruda Serra.

Há cerca de dois meses, mais ou menos, o então governador de São Paulo Arruda Serra encomendou ao jornalista Juca Kfoury, um dos seus boys na mídia, algo que pudesse tirar Aécio Neves da Cunha do páreo na disputa presidencial. É que Aécio estava começando a seduzir as bases tucanas e defendia a tese de uma prévia entre os filiados do PSDB para a indicação do candidato.

Dileto servidor de Arruda Serra, parceiro de Arruda Serra nos jogos do Palmeiras, o jornalista Juca Kfoury executou o “serviço” às raias da perfeição. Em nota em sua coluna num dos jornais da grande e podre mídia brasileira, deu conta que o ex-governador de Minas, em visível estado de “alteração”, havia dado um tapa em sua namorada, num evento no Rio de Janeiro. E para fazer jus aos mimos de Arruda Serra foi mais além.

Disse que os brasileiros deveriam pensar bem antes de escolher seus candidatos para evitar a repetição de fatos como os acontecidos com a eleição de Fernando Collor de Mello em 1989.

Insinuação mais clara, mais contundente sobre o suposto uso de drogas pelo ex-governador mineiro não poderia ter aparecido na mídia que essa feita por Kfoury.

Sabedor do caráter de Arruda Serra, quer dizer nenhum, da absoluta falta de escrúpulos do governador paulista e do que viria a seguir, seja via Juca Kfoury ou outros prepostos, matadores a serviço de Arruda Serra, Aécio tirou o time de campo e anunciou que não iria disputar a convenção do seu partido, que seria candidato ao Senado e num discurso na grande BH, na inauguração do centro administrativo do estado, com Arruda Serra presente, disse alto e bom som para o paulista (vaiado desde a sua chegada a Minas) que “o meu primeiro compromisso é com Minas e com os mineiros”.

Aécio Neves da Cunha é neto do ex-presidente Tancredo de Almeida Neves, cresceu ao lado do avô e filho de Aécio da Cunha, ainda vivo, deputado por vários mandatos pelo antigo Partido Republicano, o do ex-presidente Artur Bernardes.

Mas precisa explicar a Minas Gerais qual é esse “primeiro compromisso com Minas e os mineiros”. Se é manter-se Neves da Cunha, ou virar Arruda Serra, de joelhos diante de FHC que o chamou de “moleque”, quando percebeu que o mineiro estava atrapalhando Arruda Serra e poderia, lógico, atrapalhar os “negócios” que Arruda Serra representa e dos quais FHC é patrono. O tal virado paulista.

Se o compromisso foi firmado com cuspe e retórica de político menor ou se é um negócio com selo de sobrenome?

Aécio, até agora Neves da Cunha, deve ser eleito senador por Minas Gerais com cerca de 70% dos votos segundo indicam as pesquisas e pode arrastar o ex-presidente Itamar Franco de volta ao Senado, na segunda vaga.

Com a conhecida rejeição ao ex-ministro e senador Hélio Costa (larga sempre à frente e no final manca, perde), tem chances de eleger o governador do estado, o atual chefe do executivo, o professor Anastasia, como o próprio Aécio o chama.

Nas análises do grupo de Aécio, ainda Neves da Cunha, a tarefa é simples. Basta levar as eleições para o segundo turno que Hélio Costa se enrola, se lasca, perde como perdeu duas. Ou ganha no primeiro, ou não ganha (as chances são maiores agora por conta do apoio do presidente Lula).

Como um dos pontos que serviu para que o grupo chegasse a essa conclusão, está a eleição de 2006 do atual senador Eliseu Resende. O candidato, que sozinho não ganha para síndico de prédio, estava atrás em todas as pesquisas, bem atrás e numa semana correndo Minas com o ex-ministro da ditadura, construtor propineiro da ponte Rio-Niterói, Aécio levou-o ao Senado, onde dormita em sua ineficiência absoluta.

Se isso foi possível, Eliseu não fala e anda ao mesmo tempo, eleger Anastasia que fala e anda ao mesmo tempo é um técnico competente dentro daquilo que se propõe a fazer (fazer errado é outra história, mas é competente até na corrupção) não é tão difícil assim.

Servir a cabeça em bandeja de prata para um político corrupto e sem escrúpulos como José Arruda Serra aí é outra história.

Deixa de ser Aécio Neves da Cunha, vira Aécio Kfoury, pratica suicídio político, vai terminar seus dias como Marco Maciel, uma dessas múmias que por não abrir a boca para nada dá a impressão de significar ou saber alguma coisa (quando foi ministro de Sarney e depois de Collor, Maciel teve que sair correndo tamanhas as besteiras que fez, descobriram que o silêncio era para esconder além da venalidade, a burrice).

O compromisso com Minas e os mineiros vai para o espaço, acaba sendo balela de retórica, atrela o estado aos interesses FIESP/DASLU, viramos colônia do esquema, da mesma forma que Arruda Serra vai nos transformar, se eleito (cada vez mais difícil) em colônia dos EUA.

Aécio, que continua sendo até segunda ordem Neves da Cunha, corre o risco de jogar por terra todo o prestígio construído em Minas, mesmo que a custa de um governo de fantasia.

Na hora agá vira cavalo paraguaio, sem qualquer ofensa aos paraguaios.

THE GLOBE não iria publicar a notícia assim tirada ao léu. A edição brasileira do jornal, O GLOBO, ou está armando para o mineiro, ou está pressionando tipo Juca Kfoury, ou seja chantagem pura a mando de Arruda Serra, ou o pior, o ex-governador de Minas Gerais acaba de trocar de nome.

Deixa de ser Aécio Neves da Cunha e vira Aécio Kfoury. Cãozinho amestrado de José Arruda Serra. Nesse caso vai ter que ir a Sampa e beijar as mãos de FHC (que era detestado por seu avô Tancredo. Considerava FHC um falso profeta).

E vai passar os próximos quatro anos sem mandato. Ou dois, pode ser que queria ser vereador ou prefeito em BH.

A eventual troca de nomes do ex-governador de Minas não tem nada a ver com a política antiga chamada café com leite. É cair de quatro mesmo se acontecer.

E nem é bom falar que vice em campanha é aquele negócio de agüentar o inaguentável. Tipo assim, entrevista no programa da Ana Maria Beltrão com palpites da Lúcia Hipólito. Ou uma receita para a Ana Maria Braga, coisas do gênero.

No máximo uma entrevista com Miriam Leitão, atualmente em baixa com o chefe Arruda Serra (tomou uma bronca pública por ter feito uma pergunta fora do script).

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MULHER, CRIANÇA E ÍNDIO. CIDADÃOS DE 2ª CLASSE

Por Nélio Azevedo

Nesses tempos em que uma mulher pode ser eleita para o cargo de Presidente da República, eu fico pensando que há alguns anos atrás a gente ouvia dizer que mulher, criança e indígena eram tutelados. Nenhuma lei protegia essas pessoas integralmente, assistimos indolentes aos inúmeros massacres dos nossos pobres nativos, cultural e fisicamente. Vimos as mulheres conquistando direitos e lugares antes ocupados somente por homens, elas eram tratadas como incapazes, apesar de demonstrarem na prática que isso era só mais um mito, inventado por um homem, é claro.

A criança, sempre foi vítima de maus tratos e de opressões por parte do mundo dos adultos; ela continua numa condição terrível, principalmente se ela não nasceu em um lar bem estruturado e teve acesso a uma boa educação.

Quando queimaram aquele índio Pataxó em Brasília, fizeram até brincadeiras e contaram piadas com o evento, demonstrando uma insensibilidade intensa da nossa sociedade, vista antes diante do massacre de 115 presos no Carandiru ou nos 19 de Eldorado dos Carajás.

Hoje assistimos indignados aos relatos de crianças que foram molestados sexualmente por padres e pedófilos laicos, crimes que não são mais terríveis do que os crimes praticados ao longo dos séculos passados, e, que só teve um freio na virada do ano 2000 com leis que pôs fim ao perverso trabalho infantil; mas a fábrica de menores abandonados continua ativa e já vamos para a fase da vovó de rua, numa perpetuação do absurdo iniciado quando alguns menores foram identificados como pivetes e menores de rua, todos abandonados por adultos.

A mulher brigou por mais direitos durante o século 20 inteiro, primeiro pelo direito ao voto, depois pelo direito de estudar, depois pela liberdade sexual, pela livre escolha diante da concepção, pelo direito ao trabalho e agora pelos cargos mais importantes no mundo dos negócios e na política.

Hoje vemos a diferença entre os salários dos homens e das mulheres cair e sua competência ser reconhecida por grandes corporações chefiadas por quem usa saia.

A maior conseqüência advinda dessas conquistas, talvez não tenha sido o fato de que os homens deixaram de carregar o esteio do sustento familiar sozinhos, mas, também as transformações sociais acarretadas pela saída das mulheres da segurança do lar-doce-lar e ganho a rua, lugar onde os homens e seus iguais praticam a liberdade.

Essa noção de igualdade ainda anda meio de viés, muitos homens ainda relutam em aceitar essa semelhança e permanecem dentro dos comportamentos mais retrógrados e preconceituosos, mas já vemos mudanças significativas nesse sentido, de acordo com os avanços sociais registrados.

A presença da mulher no cenário do trabalho trouxe outras conseqüências: a criação dos filhos perdeu muito e os resultados estão aí. Vivemos numa sociedade onde os jovens atropelam as fases e são jogados num mundo de compensações materiais usados para aplacar a ausência dos pais e se tornam tão suscetíveis aos encantos do consumismo que os levam tanto ao shopping quanto ao túmulo precocemente. Infelizmente vemos as estatísticas nos dizer que os jovens são campeões em mortes por tiros, acidentes de trânsito, alcoolismo e consumo de drogas pesadas e, já são o grupo que mais cresce no ranking dos contaminados com o vírus HIV.

Esse processo, talvez não tenha mais volta e teremos que nos adaptar a ele e juntar os cacos de uma sociedade combalida e montar um novo cenário, onde o papel da família tenha um peso mais significativo, onde os pais se tornem mais presentes e tenham que dar menos presentes; precisamos construir um mundo com pessoas melhores para que o mundo não sinta tanta vontade de se ver livre de tantos, como solução. Uma sociedade onde homens, mulheres, crianças sejam os ingredientes formadores da célula mais importante nesse tecido que forma essa rede que chamamos humanidade.
 

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sábado, 15 de maio de 2010

A ÚLTIMA CHANCE – A INTEGRAÇÃO LATINO AMERICANA

Por Laerte Braga

O Departamento de Estado do governo dos EUA – Ministério das Relações Exteriores – através de um dos seus porta-vozes, disse a jornalistas na quinta-feira que a visita do presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, ao Irã será a última chance do governo daquele país aceitar as regras impostas pelas grandes potências, Estados Unidos à frente, contra o seu programa nuclear.

É simples entender isso. O presidente Barack Obama não preside uma nação, ou uma federação de estados associados como pressupõe a constituição dos EUA. É uma espécie de gerente de um conglomerado que envolve grupos sionistas (judeus radicais, não haveria exagero algum dizer judeus/nazistas), empresários de setores estratégicos (armas e petróleo principalmente) e banqueiros.

O bi-partidarismo vigente nos EUA (existem mais de mil partidos regionais, de bairros, etc, mas dois com presença nacional, Democratas e Republicanos) não traz em si nenhuma contradição no que diz respeito à postura imperialista e terrorista desse conglomerado.

É só olhar, com o mínimo de atenção, o que aconteceu e acontece no Iraque, no Afeganistão, na Colômbia, como antes na Coréia, no Vietnã, na antiga Iugoslávia, ou antes ainda, na América Latina.

Nos Estados Unidos vivem 320 milhões de seres humanos. Tomando como referência uma família considerada padrão, quatro pessoas, temos 80 milhões de famílias na maior potência do mundo.

Um relatório do Departamento de Agricultura – Ministério da Agricultura – afirma que os números da fome nos EUA são maiores em 2009 que em 1985. Perto de 15% das famílias de cidadãos daquele país não têm acesso “a um abastecimento de comida adequado”. Isso significa que perto de 12 milhões de norte-americanos vivem em estado crônico de fome.

A população de Cuba é de 11 milhões de habitantes. Ninguém passa fome. Um documentário do cineasta Michael Moore mostra que, além disso, idosos e veteranos de guerra nos EUA, além de negros, latinos, asiáticos, não têm a menor assistência de saúde pública. Um dos planos do presidente Obama é diminuir esse número com um novo modelo de saúde pública. Mas, ainda assim, exclui imigrantes, mão de obra literalmente escrava.

Quando o furacão Katrina destruiu a cidade de New Orleans, importante centro cultural no país, o presidente George Bush – texano – levou 72 horas para tomar medidas de socorro e assistência às vítimas da tragédia. Em Cuba, a cidade de Holguin foi totalmente destruída pelo furacão, nenhuma casa ficou de pé e uma única morte foi registrada.

A mãe de Bush, Barbra Bush, esposa de um também ex-presidente, George Bush, chegou a declarar de forma debochada que as vítimas do Katrina em New Orleans estavam melhores nos acampamentos de emergência “pois aqui comem pelo menos três vezes por dia”.

É a síntese das elites que dirigem esse conglomerado e nem as mudanças no plano de saúde pública que Obama conseguiu aprovar no Congresso, atenuam ou mudam essa situação.

A rede de supermercados WAL-MART anunciou que vai doar dois bilhões de dólares contra a fome nos EUA. Um comunicado da empresa afirma que durante cinco anos a venda de quase 500 milhões de quilos de alimentos em suas lojas vai financiar um programa de distribuição de alimentos através da Sam’s Club, divisão de lojas especializadas em negócios atacadistas.

O anúncio foi feito por Eduardo Castro-Wright, vice-presidente da rede WAL-MART.

Uma única dessas guerras estúpidas e bárbaras calçadas em mentiras (como a das armas químicas e biológicas de Saddam Hussein), mas voltadas para o controle de petróleo, minerais estratégicos e interesses geopolíticos do império, seria o suficiente para que os doze milhões de norte-americanos saíssem da zona da miséria, da fome, por muito mais que os cinco anos do projeto da rede WAL-MART.

E é bem mais simples ainda entender isso. Nem Bush, nem Obama, nenhum deles, antes, o que está, ou os que virão, têm a menor preocupação com o problema. Não afeta aos “negócios”, pelo menos por enquanto.

A decisão do governo do Irã de ter acesso a tecnologia nuclear para fins pacíficos – nem importa que sejam para fins militares, Israel é o agressor na região e dispõe de armas nucleares fornecidas pelos EUA – transforma-se num risco não para norte-americanos, mas para o conglomerado que transformou a nação naquilo que o general – um general – Dwight Eisenhower chamou de “complexo industrial e militar”. Constatação que o escritor John dos Passos havia feito anos antes.

Ao colocar nas mãos do presidente do Brasil e sua viagem ao Irã uma pretensa negociação para que o governo de Ahmadinejad aceite as regras impostas pelos senhores do mundo, o governo de Obama, mais que isso, constrange o presidente Lula, pois não é esse o objetivo da visita de Lula.

Uma declaração feita pelo brasileiro frente à primeira-ministra da Alemanha, quando em visita àquele país e em resposta a uma declaração da senhora Merkel sobre o Irã (também tentando pressionar o Brasil) foi fulminante sobre o assunto – “para que se possa exigir que um país não tenha armas nucleares é preciso não ter armas nucleares, ter moral para isso” – .

Os Estados Unidos por sua história de potência intervencionista, imperialista, por sua postura diante do genocídio perpetrado pelo governo sionista de Israel contra o povo palestino, suas políticas golpistas e terroristas contra governos independentes, por tudo o que representa como império de um dos mais estúpidos modelos políticos e econômicos da história da humanidade, não tem moral, vale dizer fundamentos na verdade, para tentar sanções contra o Irã ou qualquer país livre do mundo (livre do jugo de Washington).

O campo de concentração de Guantánamo, as prisões secretas agora reveladas pela imprensa norte- americana (inclusive porta-aviões usados como tal), os assassinatos de líderes oposicionistas em outros países (um líder do Hamas em Dubai por agentes israelenses com passaportes falsos e confeccionados na Grã Bretanha), os seqüestros, as mortes de contingentes e contingentes de civis nas guerras que travam, toda a sorte de terrorismo travestido de defesa da liberdade e da democracia, é farsa, encobre o mais violento e brutal império – pelo poder brutal de destruição que querem manter exclusivo – de toda a trajetória da humanidade.

Nós, os povos latino-americanos, somos um alvo preferencial dos EUA. Países da América Central e da América do Sul têm importância capital para os negócios do conglomerado. O general Colin Powell, quando das articulações com o ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso para a ALCA – ASSOCIAÇÃO DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS – chamou essa parte do mundo de “mercado de um trilhão de dólares”.

Negócios, só negócios. Seres humanos nesse jogo são meros adereços.

As grandes potências da Europa hesitam no ventre da Comunidade Européia em assumir as responsabilidades por países que vivem crises econômicas decorrentes do modelo neoliberal. A perspectiva é que além da Grécia, Portugal, Espanha e Itália venham a necessitar de socorro para evitar a débacle, ao mesmo tempo em que a Bélgica, dissolvida entre duas forças populacionais – flamencos (língua holandesa) e valões (língua francesa), se desintegra como nação (é a sede da Comunidade Européia).

EUA (que inclui México e Canadá como sub-nações) e Comunidade Européia (sustentando Alemanha, Grã Bretanha e França) sobrevivem falidos na exploração de países asiáticos, latino-americanos, africanos, em políticas e guerras de terra arrasada.

São potências, maiores ou menores, que buscam pela força, pela aliança econômica e principalmente militar, manter o mundo de joelhos, submisso aos seus interesses.

O Brasil tem um papel muito maior do que se possa imaginar nesse contexto. E a sobrevivência do nosso Pais como nação soberana, independente, não depende de um porta-voz determinar (a mando de superiores evidente) que Lula seria como que um preposto a dar um ultimato ao Irã.

Não importa nem que nossos militares pensem como norte-americanos, sujeitem-se a norte-americanos (num acordo militar ultrajante para o Brasil e os brasileiros).

Ou que José Collor Arruda Serra tenha tentado privatizar a PETROBRAS em manobra de anos atrás. E o que pretende fazer agora se eleito.

Importa que a integração latino-americana, por conta de nossas histórias, nossos caminhos, nossos ideais, nossos sentimentos de liberdade, seja um fato concreto e efetivo nos próximos anos, sob pena de como o México e o Canadá, ou o Paquistão, ou a Colômbia, virarmos sub-nações, protetorados das grandes potências.

A história conta que a Inconfidência Mineira se deu como conseqüência dos altos impostos, o quinto, cobrado pela coroa portuguesa. Foi uma reação de elites, mas um movimento de independência.

Não é diferente hoje. É o quinto é do passado. EUA querem o Brasil inteiro e o Brasil é chave na América Latina.

Como? Apostam tudo em militares comandados por controle remoto a partir de Washington, elites econômicas podres e apátridas (FIESP/DASLU/CNA, etc), no latifúndio do transgênico nosso de cada dia e materializam essa aposta em José Collor Arruda Serra, funcionário da Fundação Ford, braço do império.

Eleições não vão nos levar ao paraíso. Eleições são instrumentos para conquistas efetivas de um povo, dentre elas maior participação popular no processo de decisões e isso implica em consciência da realidade.

Vivemos a escravidão da mídia controlada pelos EUA. O espetáculo da desintegração do ser humano.

A questão é de sobrevivência e um retrocesso com Arruda Serra vai nos colocar no tempo das diligências.

A própria questão nuclear. Se não houver um desarmamento de países imperialistas e detentores do poder de destruição total, não há porque, a despeito dos nossos militares em sua maioria prestarem continência à bandeira dos EUA, não buscarmos a nossa bomba atômica.

Ou somos uma nação e continuamos a ser, ou seremos de novo colônia.

Se isso acontecer, a eleição de José Collor Arruda Serra, breve nova corte com nova d. Maria a Louca, ou outra Carlota Joaquina passeando por jardins e terras nacionais enquanto carregamos liteiras para sustentar impérios.

Yes, we cant foi o slogan de Obama. “Sim nós podemos mais” é a adaptação de Arruda Serra.

Lula não vai dar a última chance ao Irã e nem pode sob pena de trair seus próprios princípios, ao que tem dito sobre o assunto. E a integração latino-americana tem que ser a nossa resposta a um império onde 12 milhões de pessoas não têm o que comer. Mas é capaz de destruir o mundo duzentas vezes se preciso for.

Ou comprar a mídia podre (GLOBO, VEJA, FOLHA DE SÃO PAULO, etc), partidos inteiros (PSDB, DEM, PPS, etc) e se fartar em elites corruptas, venais, sintetizadas na ostentação FIESP/DASLU.

É uma questão de sobrevivência.


Fonte: Grupo Cidadania Brasil

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