O Brasil tá tomando jeito
Por Nélio Azevedo
Será mesmo que o Brasil está tomando jeito de grande potência? Eu acho que sim, mesmo com todos os tropeços a que estamos sujeitos, vejo com bons olhos alguns indícios de que finalmente, estamos experimentando momentos nunca vistos nessa jovem república.
As Lojas Renner lançarão no mês de junho um cartão de crédito próprio, com o consentimento das duas gigantes Visa e Mastercard, mas sem as bandeiras da operadora.
Na mesma trilha, o Banco do Brasil e o Bradesco estão para lançar um cartão de crédito com a bandeira própria, se chamará Elo. Pode parecer que isso não tem muita importância ou que não nos afete diretamente, engano o seu; é que todo lucro auferido pelas duas vai direto para os EUA. Já imaginaram o que é isso? O dinheiro de plástico movimenta, só no Brasil, algo em torno de 500 bilhões de reais e, lançando sua bandeira e se instalando aqui a administradora, os lucros ficariam aqui e se tornariam receitas financeiras nas instituições.
Essa quebra do monopólio das operadoras nos colocaria o Brasil numa posição de vanguarda na disputa dentro do capitalismo de massa; oferecendo aos usuários de cartão uma alternativa fora desse monopólio e, com certeza abriria uma guerra de tarifas semelhantes à das companhias aéreas e operadoras de telefonia móvel. Temos uma América Latina inteira e, porque não dizer, o mundo inteiro como possíveis clientes.
Num tempo em que as aplicações em fundos de investimentos populares superam a poupança, revelando um mudança de comportamento do povo que prefere comprar papéis ou bens do que poupar no instrumento mais tradicional que é a poupança, contrariando algumas expectativas pessimistas que apregoavam um ano difícil em decorrência da crise que assolou e ainda assusta países do grupo do Euro, o país e as instituições bancárias e financeiras vão muito bem, recentemente os BB comprou o Banco da Patagônia, fincando o pé numa economia que pode vir a dar bons resultados com o fortalecimento do Mercosul.
Não sentimos nenhuma saudade dos tempos em que o Presidente brasileiro só ia à reunião do G8 com o pires na mão, na condição de pedinte e se tivesse que enfrentar uma crise como a última, desceríamos pelo ralo sem a menor condescendência e sem fazer diferença par o FMI ou outro organismo que funcionam mais como sangue-sugas do que salvadores.
Estamos tomando jeito, sim. Jeito país grande, e, o que é melhor, não somos o país do futuro, somos o país do presente.
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