Ahmadinejad diz que sua política é pacífica e que Brasil será interlocutor na América Latina
Por: Renata Giraldi e Yara Aquino
Brasília - Em tom diplomático, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou nesta segunda-feira (23) que sua política é baseada na defesa dos direitos humanos, da paz e da produção de energia nuclear para fins pacíficos. E o Brasil pode cooperar com o Irã como um interlocutor capacitado na América Latina, disse Ahmadinejad, durante declaração conjunta feita ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Itamaraty.
“A presença do Brasil pode levar ao aperfeiçoamento. Acreditamos que o Brasil pode atuar como um elo entre o Irã e a América Latina”, ressaltou Ahmadinejad.
No discurso de 17 minutos, Ahmadinejad negou as suspeitas de que o Irã esteja produzindo armas nucleares. “Os dois países [Irã e Brasil] buscam um mundo livre de armas nucleares e de destruição em massa”, disse ele. “São dois países que decidiram desempenhar um papel ativo [no cenário internacional].”
Evitando citar países e governantes estrangeiros, Ahmadinejad só mencionou lideranças internacionais – os ex-presidentes norte-americanos Bill Clinton e George W. Bush – ao reclamar do embargo econômico a que seu país é submetido pelos Estados Unidos. Também queixou-se do sofrimento causado pelos ataques provocados pelo vizinho Iraque durante o governo do ex-presidente Saddam Husseim.
“Vários países construíram [um discurso] contra o Irã sem qualquer razão”, disse Ahmadinejad. “Desejamos prosperidade e progresso a todas as nações”, completou.
Segundo Ahmadinejad, o esforço de seu governo é para assegurar uma boa qualidade de vida para todos. “Estamos procurando construir um mundo distanciado de discriminação e injustiça com fraternidade e cooperação entre as nações”, disse ele.
Fonte: Agência Brasil
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